segunda-feira, 25 de julho de 2022


DOMINGO XVIII DO TEMPO COMUM 
 -  ANO C  -  31/07/2022:

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Tema do Domingo 18º do Tempo Comum - Ano C


A liturgia deste domingo questiona-nos acerca da atitude que assumimos face aos bens deste mundo. Sugere que eles não podem ser os deuses que dirigem a nossa vida; e convida-nos a descobrir e a amar esses outros bens que dão verdadeiro sentido à nossa existência e que nos garantem a vida em plenitude.
No Evangelho, através da “parábola do rico insensato”, Jesus denuncia a falência de uma vida voltada apenas para os bens materiais: o homem que assim procede é um “louco”, que esqueceu aquilo que, verdadeiramente, dá sentido à existência.
Na primeira leitura, temos uma reflexão do “qohélet” sobre o sem sentido de uma vida voltada para o acumular bens… Embora a reflexão do “qohélet” não vá mais além, ela constitui um patamar para partirmos à descoberta de Deus e dos seus valores e para encontramos aí o sentido último da nossa existência.
A segunda leitura convida-nos à identificação com Cristo: isso significa deixarmos os “deuses” que nos escravizam e renascermos continuamente, até que em nós se manifeste o Homem Novo, que é “imagem de Deus”.



ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 69, 2.6 
Deus, vinde em meu auxílio, 
Senhor, socorrei-me e salvai-me. 
Sois o meu libertador e o meu refúgio: não tardeis, Senhor. 


LEITURA I Co (Ecle) 1, 2; 2, 21-23 
«Que aproveita ao homem todo o seu trabalho?» 

Um sábio do povo de Deus do Antigo Testamento fez, como toda a gente, a experiência da vida; e tem sobre ela uma reflexão, talvez um pouco parecida com a que Jesus faz no Evangelho. Simplesmente, a reflexão do sábio de Israel não conseguiu chegar a descobrir o verdadeiro sentido da vida humana que Jesus veio enfim revelar. Sem a luz da revelação trazida por Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem, os outros homens, por mais homens que sejam, ficam a meio do caminho, com as suas desilusões! 

Leitura do Livro de Coelet 
Vaidade das vaidades – diz Coelet – vaidade das vaidades: tudo é vaidade. Quem trabalhou com sabedoria, ciência e êxito, tem de deixar tudo a outro que nada fez. Também isto é vaidade e grande desgraça. Mas então, que aproveita ao homem todo o seu trabalho e a ânsia com que se afadigou debaixo do sol? Na verdade, todos os seus dias são cheios de dores e os seus trabalhos cheios de cuidados e preocupações; e nem de noite o seu coração descansa. Também isto é vaidade. 
Palavra do Senhor. 


SALMO RESPONSORIAL Salmo 89 (90), 3-6.12-14.17 (R. 1) 
Refrão: Senhor, tendes sido o nosso refúgio 
através das gerações. Repete-se 

Vós reduzis o homem ao pó da terra 
e dizeis: «Voltai, filhos de Adão». 
Mil anos a vossos olhos 
são como o dia de ontem que passou 
e como uma vigília da noite. 

Vós os arrebatais como um sonho, 
como a erva que de manhã reverdece; 
de manhã floresce e viceja, 
de tarde ela murcha e seca.

Ensinai-nos a contar os nossos dias, 
para chegarmos à sabedoria do coração. 
Voltai, Senhor! Até quando... 
Tende piedade dos vossos servos.

Saciai-nos desde a manhã com a vossa bondade, 
para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias. 
Desça sobre nós a graça do Senhor nosso Deus. 
Confirmai, Senhor, a obra das nossas mãos. 


LEITURA II Col 3, 1-5.9-11 
«Aspirai às coisas do alto, onde está Cristo» 

O cristão é o homem pascal, aquele que, pela fé e pelo baptismo, sacramento da fé, passou com Cristo da morte à vida, deste mundo para o Pai. E como tal há-de viver, mesmo ainda na terra. Renovados por esta novidade pascal, fruto da Páscoa do Senhor, os baptizados são como uma nova criação, vivendo todos da mesma vida, a vida de Cristo que a todos torna participantes do mesmo Corpo de Cristo. 


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses 
Irmãos: Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. Porque vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, também vós vos manifestareis com Ele na glória. Portanto, fazei morrer o que em vós é terreno: imoralidade, impureza, paixões, maus desejos e avareza, que é uma idolatria. Não mintais uns aos outros, vós que vos despojastes do homem velho com as suas acções e vos revestistes do homem novo, que, para alcançar a verdadeira ciência, se vai renovando à imagem do seu Criador. Aí não há grego ou judeu, circunciso ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre; o que há é Cristo, que é tudo e está em todos. 
Palavra do Senhor. 


ALELUIA Mt 5, 3 
Refrão: Aleluia. Repete-se 
Bem-aventurados os pobres em espírito, 
porque deles é o reino dos Céus. Refrão 


EVANGELHO Lc 12, 13-21 
«O que preparaste, para quem será?» 

Jesus não olha para o mundo e a vida com a amargura do sábio de Israel (primeira leitura). Mas, através de uma meditação austera, faz-nos compreender que não é no espírito de ganância, pelo qual todos, ricos e pobres, somos tantas vezes levados, que está o verdadeiro sentido da vida, mas em cada um “se tornar rico aos olhos de Deus.” 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 
Naquele tempo, alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo». Jesus respondeu-lhe: «Amigo, quem Me fez juiz ou árbitro das vossas partilhas?». Depois disse aos presentes: «Vede bem, guardai-vos de toda a avareza: a vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens». E disse-lhes esta parábola: «O campo dum homem rico tinha produzido excelente colheita. Ele pensou consigo: ‘Que hei-de fazer, pois não tenho onde guardar a minha colheita? Vou fazer assim: Deitarei abaixo os meus celeiros para construir outros maiores, onde guardarei todo o meu trigo e os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: Minha alma, tens muitos bens em depósito para longos anos. Descansa, come, bebe, regala-te’. Mas Deus respondeu-lhe: ‘Insensato! Esta noite terás de entregar a tua alma. O que preparaste, para quem será?’. Assim acontece a quem acumula para si, em vez de se tornar rico aos olhos de Deus». 
Palavra da salvação. 



ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Irmãos e irmãs em Cristo: Nós, que andamos muito ocupados com a vida e com os bens deste mundo, elevemos os olhos para o Pai do Céu e supliquemos, dizendo (ou: cantando):
 
R. Deus omnipotente, vinde em nosso auxílio. 
Ou: Ouvi-nos, Senhor. 
Ou: Ouvi, Senhor, o vosso povo. 

1. Por todos os bispos, presbíteros e diáconos, e pelos que exercem algum ministério na Igreja, para que imitem a Cristo, que Se fez servo, oremos.
 
2. Pelos homens do trabalho e da ciência, para que descubram que sem Deus tudo é vaidade e nada valem os cuidados e as fadigas, oremos.
 
3. Por todos aqueles que possuem muitos bens, para que não prendam a eles o coração, mas se tornem ricos aos olhos de Deus, oremos.
 
4. Por aqueles a quem Cristo revestiu do homem novo, para que façam morrer em si tudo o que é velho e aspirem sempre aos bens do alto, oremos.
 
5. Pela nossa comunidade e por esta assembleia, para que sejamos abertos e acolhedores para com todos, sem distinção de raça, nacionalidade ou religião, oremos. 

(Outras intenções: lares onde o amor desapareceu; nossos fiéis defuntos ...). 
Senhor, Deus do universo, concedei aos homens e às mulheres de toda a terra a graça de não se deixarem dominar pelo desejo imoderado das riquezas, a fim de caminharem para Vós, único bem verdadeiro. Por Cristo Senhor nosso.



ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, estes dons,
que Vos oferecemos como sacrifício espiritual,
e fazei de nós mesmos
uma oblação eterna para vossa glória.
Por Cristo nosso Senhor.



ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sab 16, 20 
Saciastes o vosso povo com o pão dos Anjos, 
destes-nos, Senhor, o pão do Céu. 

Ou Jo 6, 35 ~

Eu sou o pão da vida, diz o Senhor. 
Quem vem a Mim nunca mais terá fome, 
quem crê em Mim nunca mais terá sede. 


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO 
Senhor, que nos renovais com o pão do Céu, 
protegei-nos sempre com o vosso auxílio, 
fortalecei-nos todos os dias da nossa vida 
e tornai-nos dignos da redenção eterna. 

segunda-feira, 18 de julho de 2022

 

DOMINGO XVII DO TEMPO COMUM 
 -  ANO C  -  24/07/2022:


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Tema do Domingo 17º do Tempo Comum - Ano C

 

O tema fundamental que a liturgia nos convida a reflectir, neste domingo, é o tema da oração. Ao colocar diante dos nossos olhos os exemplos de Abraão e de Jesus, a Palavra de Deus mostra-nos a importância da oração e ensina-nos a atitude que os crentes devem assumir no seu diálogo com Deus.
A primeira leitura sugere que a verdadeira oração é um diálogo “face a face”, no qual o homem – com humildade, reverência, respeito, mas também com ousadia e confiança – apresenta a Deus as suas inquietações, as suas dúvidas, os seus anseios e tenta perceber os projectos de Deus para o mundo e para os homens.
O Evangelho senta-nos no banco da “escola de oração” de Jesus. Ensina que a oração do crente deve ser um diálogo confiante de uma criança com o seu “papá”. Com Jesus, o crente é convidado a descobrir em Deus “o Pai” e a dialogar frequentemente com Ele acerca desse mundo novo que o Pai/Deus quer oferecer aos homens.
A segunda leitura, sem aludir directamente ao tema da oração, convida a fazer de Cristo a referência fundamental (neste contexto de reflexão sobre a oração, podemos dizer que Cristo tem de ser a referência e o modelo do crente que reza: quer na frequência com que se dirige ao Pai, quer na forma como dialoga com o Pai).


ANTÍFONA DE ENTRADA Cf. Sl 67, 6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.



ORAÇÃO DA COLETA
Senhor nosso Deus, protetor dos que em Vós esperam,
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir, desde já, aos bens eternos.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I Gn 18, 20-32
«Se o meu Senhor não levar a mal, falarei»

Abraão era um homem profundamente solidário com aqueles que viviam a seu lado. Não se valeu da sua condição de justo para desprezar os que não o eram. Procurou antes obter de Deus o perdão para aqueles que mereciam ser castigados. Alguém, por isso, lhe chamou “cristão antes de Cristo”. Mas maior do que a fé de Abraão é a santidade e a misericórdia de Deus, que, não suportando o pecado dos homens, está sempre pronto a ouvi-los e a perdoar-lhes, sempre que estes saibam voltar-se para Ele.


Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, disse o Senhor: «O clamor contra Sodoma e Gomorra é tão forte, o seu pecado é tão grave que Eu vou descer para verificar se o clamor que chegou até Mim corresponde inteiramente às suas obras. Se sim ou não, hei-de sabê-lo». Os homens que tinham vindo à residência de Abraão dirigiram-se então para Sodoma, enquanto o Senhor continuava junto de Abraão. Este aproximou-se e disse: «Irás destruir o justo com o pecador? Talvez haja cinquenta justos na cidade. Matá-los-ás a todos? Não perdoarás a essa cidade, por causa dos cinquenta justos que nela residem? Longe de Ti fazer tal coisa: dar a morte ao justo e ao pecador, de modo que o justo e o pecador tenham a mesma sorte! Longe de Ti! O juiz de toda a terra não fará justiça?». O Senhor respondeu-lhe: «Se encontrar em Sodoma cinquenta justos, perdoarei a toda a cidade por causa deles». Abraão insistiu: «Atrevo-me a falar ao meu Senhor, eu que não passo de pó e cinza: talvez para cinquenta justos faltem cinco. Por causa de cinco, destruirás toda a cidade?». O Senhor respondeu: «Não a destruirei se lá encontrar quarenta e cinco justos». Abraão insistiu mais uma vez: «Talvez não se encontrem nela mais de quarenta». O Senhor respondeu: «Não a destruirei em atenção a esses quarenta». Abraão disse ainda: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei mais uma vez: talvez haja lá trinta justos». O Senhor respondeu: «Não farei a destruição, se lá encontrar esses trinta». Abraão insistiu novamente: «Atrevo-me ainda a falar ao meu Senhor: talvez não se encontrem lá mais de vinte justos». O Senhor respondeu: «Não destruirei a cidade em atenção a esses vinte». Abraão prosseguiu: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei ainda esta vez: talvez lá não se encontrem senão dez». O Senhor respondeu: «Em atenção a esses dez, não destruirei a cidade».
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 137 (138), 1-3.6-8 (R. 3a)
Refrão: Quando Vos invoco,
sempre me atendeis, Senhor. Repete-se


De todo o coração, Senhor, eu Vos dou graças,
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos hei-de cantar-Vos
e adorar-Vos, voltado para o vosso templo santo.
(Refrão)

Hei-de louvar o vosso nome
pela vossa bondade e fidelidade,
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma. 
(Refrão)

O Senhor é excelso e olha para o humilde,
ao soberbo conhece-o de longe.
No meio da tribulação Vós me conservais a vida,
Vós me ajudais contra os meus inimigos.
(Refrão)

A vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos.
(Refrão)



LEITURA II Col 2, 12-14
«Deus fez que, unidos a Cristo, voltásseis à vida
e perdoou todas as faltas»

No baptismo, os cristãos são associados à morte e à ressurreição de Cristo; por isso, nenhum poder do mal triunfará deles, se guardarem sempre a sua condição de baptizados e, como tais, chamados à santidade. Foi para nos tornar participantes da santidade de Deus, que o Senhor Jesus Cristo Se entregou à morte sobre a cruz e nos libertou da morte eterna.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
Irmãos: Sepultados com Cristo no baptismo, também com Ele fostes ressuscitados pela fé que tivestes no poder de Deus que O ressuscitou dos mortos. Quando estáveis mortos nos vossos pecados e na incircuncisão da vossa carne, Deus fez que voltásseis à vida com Cristo e perdoou-nos todas as nossas faltas. Anulou o documento da nossa dívida, com as suas disposições contra nós; suprimiu-o, cravando-o na cruz.
Palavra do Senhor.



ALELUIA Rom 8, 15bc
Refrão: Aleluia. Repete-se
Recebestes o espírito de adopção filial;
nele clamamos: «Abá, ó Pai». Refrão



EVANGELHO Lc 11, 1-13
«Pedi e dar-se-vos-á»

Jesus dá vários ensinamentos aos discípulos sobre a oração: ensina-lhes o “Pai-Nosso”, que é o modelo de toda a oração; convida-os a implorar de Deus, com persistência, o auxílio para as suas necessidades; exorta-os a dirigirem-se ao Pai com toda a confiança.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, estava Jesus em oração em certo lugar. Ao terminar, disse-Lhe um dos discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João Baptista ensinou também os seus discípulos». Disse-lhes Jesus: «Quando orardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso reino; dai-nos em cada dia o pão da nossa subsistência; perdoai-nos os nossos pecados, porque também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixeis cair em tentação’». Disse-lhes ainda: «Se algum de vós tiver um amigo, poderá ter de ir a sua casa à meia-noite, para lhe dizer: ‘Amigo, empresta-me três pães, porque chegou de viagem um dos meus amigos e não tenho nada para lhe dar’. Ele poderá responder lá de dentro: ‘Não me incomodes; a porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados e não posso levantar-me para te dar os pães’. Eu vos digo: Se ele não se levantar por ser amigo, ao menos, por causa da sua insistência, levantar-se-á para lhe dar tudo aquilo de que precisa. Também vos digo: Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque quem pede recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta, abrir-se-á. Se um de vós for pai e um filho lhe pedir peixe, em vez de peixe dar-lhe-á uma serpente? E se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á um escorpião? Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedem!».
Palavra da salvação.



ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Irmãs e irmãos: Supliquemos a Deus Pai todo-poderoso que inspire a nossa oração, para Lhe pedirmos o que convém, e digamos (ou: e cantemos), com humildade: 

R. Abençoai, Senhor, o vosso povo. 
Ou: Ouvi, Senhor, a nossa oração. 
Ou: Pela vossa misericórdia, ouvi-nos, Senhor. 

1. Pelo Santo Padre, o Papa N (Francisco), pelos bispos e ministros sagrados e por todo o povo redimido por Cristo, oremos. 

2. Pelos que tomam a defesa dos mais fracos, pelos que crêem na misericórdia de Deus, pelos justos e por todos os pecadores, oremos. 

3. Pelas mulheres a quem roubaram a dignidade, por todos os homens a quem negam os seus direitos e pelos que sofrem pelo nome de Jesus, oremos. 

4. Pelos que batem à porta dos amigos, pelos que põem a esperança só em Deus e por aqueles que não encontram quem os ajude, oremos. 

5. Por todos nós aqui presentes em assembleia, pelos baptizados da nossa Diocese e pelos defuntos da nossa comunidade (paroquial), oremos. 

(Outras intenções: emigrantes e famílias em férias; defuntos...). 
Suba até Vós, Senhor, a oração universal dos vossos filhos pelas necessidades de todos os homens, e desça sobre nós a vossa bênção e a graça da eterna salvação. Por Cristo Senhor nosso.




ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Cristo nosso Senhor.



ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sl 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor, e não esqueças os seus benefícios.

Ou: Mt 5, 7-8

Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento,
memorial perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

 

 

domingo, 10 de julho de 2022

 

DOMINGO XVI DO TEMPO COMUM 
 -  ANO C  -  17/07/2022:


"Marta, andas muito inquieta... Maria escolheu a melhor parte!..."


Tema do Domingo 16º do Tempo Comum - Ano C



As leituras deste domingo convidam-nos a reflectir o tema da hospitalidade e do acolhimento. Sugerem, sobretudo, que a existência cristã é o acolhimento de Deus e das suas propostas; e que a acção (ainda que em favor dos irmãos) tem de partir de um verdadeiro encontro com Jesus e da escuta da Palavra de Jesus. É isso que permite encontrar o sentido da nossa acção e da nossa missão.
A primeira leitura propõe-nos a figura patriarcal de Abraão. Nessa figura apresenta-se o modelo do homem que está atento a quem passa, que partilha tudo o que tem com o irmão que se atravessa no seu caminho e que encontra no hóspede que entra na sua tenda a figura do próprio Deus. Sugere-se, em consequência, que Deus não pode deixar de recompensar quem assim procede.
No Evangelho, apresenta-se um outro quadro de hospitalidade e de acolhimento de Deus. Mas sugere-se que, para o cristão, acolher Deus na sua casa não é tanto embarcar num activismo desenfreado, mas sentar-se aos pés de Jesus, escutar as propostas que, n’Ele, o Pai nos faz e acolher a sua Palavra.
A segunda leitura apresenta-nos a figura de um apóstolo (Paulo), para quem Cristo, as suas palavras e as suas propostas são a referência fundamental, o universo à volta do qual se constrói toda a vida. Para Paulo, o que é necessário é “acolher Cristo” e construir toda a vida à volta dos seus valores. É isso que é preponderante na experiência cristã.



ANTÍFONA DE ENTRADA Sl 53, 6.8
Deus vem em meu auxílio, o Senhor sustenta a minha vida.
De todo o coração Vos oferecerei sacrifícios,
cantando a glória do vosso nome.



ORAÇÃO SOBRE A COLETA

Sede propício, Senhor, aos vossos servos
e multiplicai neles os dons da vossa graça,
para que, fervorosos na fé, esperança e caridade,
perseverem na fiel observância dos vossos mandamentos.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.





LEITURA I Gen 18, 1-10a
«Senhor, não passeis sem parar em casa do vosso servo»

A hospitalidade de Abraão mereceu-lhe acolher em sua casa o próprio Senhor Deus, e d’Ele ouvir a promessa de um filho, que viria a ser o transmissor das promessas e da aliança de Deus ao seu povo. A hospitalidade de Abraão é, ao mesmo tempo, sinal de caridade, de confiança, de paz. E o Deus da paz respondeu-lhe generosamente.


Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, o Senhor apareceu a Abraão junto do carvalho de Mambré. Abraão estava sentado à entrada da sua tenda, no maior calor do dia. Ergueu os olhos e viu três homens de pé diante dele. Logo que os viu, deixou a entrada da tenda e correu ao seu encontro; prostrou-se por terra e disse: «Meu Senhor, se agradei aos vossos olhos, não passeis adiante sem parar em casa do vosso servo. Mandarei vir água, para que possais lavar os pés e descansar debaixo desta árvore. Vou buscar um bocado de pão, para restaurardes as forças antes de continuardes o vosso caminho, pois não foi em vão que passastes diante da casa do vosso servo». Eles responderam: «Faz como disseste». Abraão apressou-se a ir à tenda onde estava Sara e disse-lhe: «Toma depressa três medidas de flor da farinha, amassa-a e coze uns pães no borralho». Abraão correu ao rebanho e escolheu um vitelo tenro e bom e entregou-o a um servo que se apressou a prepará-lo. Trouxe manteiga e leite e o vitelo já pronto e colocou-o diante deles; e, enquanto comiam, ficou de pé junto deles debaixo da árvore. Depois eles disseram-lhe: «Onde está Sara, tua esposa?». Abraão respondeu: «Está ali na tenda». E um deles disse: «Passarei novamente pela tua casa daqui a um ano e então Sara tua esposa terá um filho».
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 14 (15), 2-3a.3cd-4ab.5 (R. 1a)
Refrão: Quem habitará, Senhor, no vosso santuário? Repete-se

Ou:

Refrão: Ensinai-nos, Senhor:
quem habitará em vossa casa? Repete-se


O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia.
(Refrão)


O que não faz mal ao seu próximo,
nem ultraja o seu semelhante,
o que tem por desprezível o ímpio,
mas estima os que temem o Senhor.
(Refrão)


O que não falta ao juramento mesmo em seu prejuízo
e não empresta dinheiro com usura,
nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado. 
(Refrão)



LEITURA II Col 1, 24-28
«O mistério oculto ao longo dos séculos
e agora manifestado aos seus santos»


Apesar de escrever da prisão, o apóstolo exulta de alegria ao ver como Cristo Se torna conhecido entre os pagãos e os leva a penetrarem no mistério divino do qual Cristo é a revelação aos homens. Todos os tempos anteriores a Cristo se encaminhavam para Ele, e agora, depois d’Ele, é à luz de Cristo que tudo pode ser compreendido. Ele próprio é o mistério de Deus revelado aos homens, que assim, de pagãos, se tornam cristãos, discípulos e membros de Cristo.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
Irmãos: Agora alegro-me com os sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta à paixão de Cristo, em benefício do seu corpo que é a Igreja. Dela me tornei ministro, em virtude do cargo que Deus me confiou a vosso respeito, isto é, anunciar-vos em plenitude a palavra de Deus, o mistério que ficou oculto ao longo dos séculos e que foi agora manifestado aos seus santos. Deus quis dar-lhes a conhecer em que consiste, entre os gentios, a glória inestimável deste mistério: Cristo no meio de vós, esperança da glória. E nós O anunciamos, advertindo todos os homens e instruindo-os em toda a sabedoria, a fim de os apresentarmos todos perfeitos em Cristo.
Palavra do Senhor.




ALELUIA cf. Lc 8, 15
Refrão: Aleluia. Repete-se
Felizes os que recebem a palavra de Deus
de coração sincero e generoso
e produzem fruto pela perseverança Refrão




EVANGELHO Lc 10, 38-42
«Marta recebeu Jesus em sua casa.
Maria escolheu a melhor parte»


O que Abraão ouviu da boca do estranho peregrino que passava à sua porta, escuta-o agora Marta da boca do próprio Filho de Deus, hóspede na casa das duas irmãs. O Senhor é o mesmo, e as suas repetidas visitas aos homens testemunham que Ele é Aquele que é chamado Fiel, cuja aliança com os homens é eterna, e da qual o testemunho máximo é a Encarnação redentora de seu próprio Filho, Jesus Cristo, nosso Salvador.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus entrou em certa povoação e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa. Ela tinha uma irmã chamada Maria, que, sentada aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço. Interveio então e disse: «Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe que venha ajudar-me». O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas, quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada».
Palavra da salvação.




ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Caríssimos fiéis: Como Maria, irmã de Lázaro, sentada aos pés de Jesus, instruídos pelo que aprendemos, façamos subir ao Céu as nossas súplicas, dizendo (ou: cantando), confiantes:

R. Ouvi-nos, Senhor. 
Ou: Pela vossa misericórdia, salvai-nos, Senhor. 
Ou: Senhor, nosso refúgio, ouvi-nos. 

1. Para que nas dioceses e paróquias de todo o mundo os anunciadores do Evangelho deixem Cristo falar nas suas palavras, oremos. 

2. Para que sejam vencidas em toda a parte a ignorância, a discriminação e as desigualdades, e se fortaleça a cultura, a concórdia e a amizade, oremos. 

3. Para que os homens saibam acolher, como Abraão, os que vêm até eles com fome e sede e acreditem que o Senhor Se esconde em cada pobre, oremos. 

4. Para que Deus proteja os que viajam, reconduza ao seu lar os emigrantes, alivie o sofrimento dos enfermos e salve os moribundos, oremos. 

5. Para que o Espírito Santo nos faça compreender o que é completar em nós próprios o que falta à Paixão de Jesus Cristo, oremos. 

(Outras intenções: os que vão ter férias e os que nunca as tiveram; os nossos defuntos...). 
C oncedei, Senhor, a cada homem a graça de Vos servir nos mais pobres e fazei que os cristãos do mundo inteiro, à semelhança de Maria, irmã de Marta, saibam escutar a palavra de Jesus. Ele que vive e reina por todos os séculos dos séculos.

RAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que levastes à plenitude os sacrifícios da Antiga Lei
no único sacrifício de Cristo,
aceitai e santificai esta oblação dos vossos fiéis,
como outrora abençoastes a oblação de Abel;
e fazei que os dons oferecidos em vossa honra por cada um de nós
sirvam para a salvação de todos.
Por Cristo nosso Senhor.



ANTÍFONA DA COMUNÃO Cf. Sl 110, 4-5
O Senhor misericordioso e compassivo
instituiu o memorial das suas maravilhas,
deu sustento àqueles que O temem.


Ou: Cf. Ap 3, 20

Eu estou à porta e chamo, diz o Senhor.
Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta,
entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo.




ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo,
que saciastes nestes divinos mistérios,
e fazei-nos passar da antiga condição do pecado
à vida nova da graça.
Por Cristo nosso Senhor.