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segunda-feira, 18 de julho de 2022

 

DOMINGO XVII DO TEMPO COMUM 
 -  ANO C  -  24/07/2022:


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Tema do Domingo 17º do Tempo Comum - Ano C

 

O tema fundamental que a liturgia nos convida a reflectir, neste domingo, é o tema da oração. Ao colocar diante dos nossos olhos os exemplos de Abraão e de Jesus, a Palavra de Deus mostra-nos a importância da oração e ensina-nos a atitude que os crentes devem assumir no seu diálogo com Deus.
A primeira leitura sugere que a verdadeira oração é um diálogo “face a face”, no qual o homem – com humildade, reverência, respeito, mas também com ousadia e confiança – apresenta a Deus as suas inquietações, as suas dúvidas, os seus anseios e tenta perceber os projectos de Deus para o mundo e para os homens.
O Evangelho senta-nos no banco da “escola de oração” de Jesus. Ensina que a oração do crente deve ser um diálogo confiante de uma criança com o seu “papá”. Com Jesus, o crente é convidado a descobrir em Deus “o Pai” e a dialogar frequentemente com Ele acerca desse mundo novo que o Pai/Deus quer oferecer aos homens.
A segunda leitura, sem aludir directamente ao tema da oração, convida a fazer de Cristo a referência fundamental (neste contexto de reflexão sobre a oração, podemos dizer que Cristo tem de ser a referência e o modelo do crente que reza: quer na frequência com que se dirige ao Pai, quer na forma como dialoga com o Pai).


ANTÍFONA DE ENTRADA Cf. Sl 67, 6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.



ORAÇÃO DA COLETA
Senhor nosso Deus, protetor dos que em Vós esperam,
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir, desde já, aos bens eternos.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I Gn 18, 20-32
«Se o meu Senhor não levar a mal, falarei»

Abraão era um homem profundamente solidário com aqueles que viviam a seu lado. Não se valeu da sua condição de justo para desprezar os que não o eram. Procurou antes obter de Deus o perdão para aqueles que mereciam ser castigados. Alguém, por isso, lhe chamou “cristão antes de Cristo”. Mas maior do que a fé de Abraão é a santidade e a misericórdia de Deus, que, não suportando o pecado dos homens, está sempre pronto a ouvi-los e a perdoar-lhes, sempre que estes saibam voltar-se para Ele.


Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, disse o Senhor: «O clamor contra Sodoma e Gomorra é tão forte, o seu pecado é tão grave que Eu vou descer para verificar se o clamor que chegou até Mim corresponde inteiramente às suas obras. Se sim ou não, hei-de sabê-lo». Os homens que tinham vindo à residência de Abraão dirigiram-se então para Sodoma, enquanto o Senhor continuava junto de Abraão. Este aproximou-se e disse: «Irás destruir o justo com o pecador? Talvez haja cinquenta justos na cidade. Matá-los-ás a todos? Não perdoarás a essa cidade, por causa dos cinquenta justos que nela residem? Longe de Ti fazer tal coisa: dar a morte ao justo e ao pecador, de modo que o justo e o pecador tenham a mesma sorte! Longe de Ti! O juiz de toda a terra não fará justiça?». O Senhor respondeu-lhe: «Se encontrar em Sodoma cinquenta justos, perdoarei a toda a cidade por causa deles». Abraão insistiu: «Atrevo-me a falar ao meu Senhor, eu que não passo de pó e cinza: talvez para cinquenta justos faltem cinco. Por causa de cinco, destruirás toda a cidade?». O Senhor respondeu: «Não a destruirei se lá encontrar quarenta e cinco justos». Abraão insistiu mais uma vez: «Talvez não se encontrem nela mais de quarenta». O Senhor respondeu: «Não a destruirei em atenção a esses quarenta». Abraão disse ainda: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei mais uma vez: talvez haja lá trinta justos». O Senhor respondeu: «Não farei a destruição, se lá encontrar esses trinta». Abraão insistiu novamente: «Atrevo-me ainda a falar ao meu Senhor: talvez não se encontrem lá mais de vinte justos». O Senhor respondeu: «Não destruirei a cidade em atenção a esses vinte». Abraão prosseguiu: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei ainda esta vez: talvez lá não se encontrem senão dez». O Senhor respondeu: «Em atenção a esses dez, não destruirei a cidade».
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 137 (138), 1-3.6-8 (R. 3a)
Refrão: Quando Vos invoco,
sempre me atendeis, Senhor. Repete-se


De todo o coração, Senhor, eu Vos dou graças,
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos hei-de cantar-Vos
e adorar-Vos, voltado para o vosso templo santo.
(Refrão)

Hei-de louvar o vosso nome
pela vossa bondade e fidelidade,
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma. 
(Refrão)

O Senhor é excelso e olha para o humilde,
ao soberbo conhece-o de longe.
No meio da tribulação Vós me conservais a vida,
Vós me ajudais contra os meus inimigos.
(Refrão)

A vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos.
(Refrão)



LEITURA II Col 2, 12-14
«Deus fez que, unidos a Cristo, voltásseis à vida
e perdoou todas as faltas»

No baptismo, os cristãos são associados à morte e à ressurreição de Cristo; por isso, nenhum poder do mal triunfará deles, se guardarem sempre a sua condição de baptizados e, como tais, chamados à santidade. Foi para nos tornar participantes da santidade de Deus, que o Senhor Jesus Cristo Se entregou à morte sobre a cruz e nos libertou da morte eterna.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
Irmãos: Sepultados com Cristo no baptismo, também com Ele fostes ressuscitados pela fé que tivestes no poder de Deus que O ressuscitou dos mortos. Quando estáveis mortos nos vossos pecados e na incircuncisão da vossa carne, Deus fez que voltásseis à vida com Cristo e perdoou-nos todas as nossas faltas. Anulou o documento da nossa dívida, com as suas disposições contra nós; suprimiu-o, cravando-o na cruz.
Palavra do Senhor.



ALELUIA Rom 8, 15bc
Refrão: Aleluia. Repete-se
Recebestes o espírito de adopção filial;
nele clamamos: «Abá, ó Pai». Refrão



EVANGELHO Lc 11, 1-13
«Pedi e dar-se-vos-á»

Jesus dá vários ensinamentos aos discípulos sobre a oração: ensina-lhes o “Pai-Nosso”, que é o modelo de toda a oração; convida-os a implorar de Deus, com persistência, o auxílio para as suas necessidades; exorta-os a dirigirem-se ao Pai com toda a confiança.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, estava Jesus em oração em certo lugar. Ao terminar, disse-Lhe um dos discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João Baptista ensinou também os seus discípulos». Disse-lhes Jesus: «Quando orardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso reino; dai-nos em cada dia o pão da nossa subsistência; perdoai-nos os nossos pecados, porque também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixeis cair em tentação’». Disse-lhes ainda: «Se algum de vós tiver um amigo, poderá ter de ir a sua casa à meia-noite, para lhe dizer: ‘Amigo, empresta-me três pães, porque chegou de viagem um dos meus amigos e não tenho nada para lhe dar’. Ele poderá responder lá de dentro: ‘Não me incomodes; a porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados e não posso levantar-me para te dar os pães’. Eu vos digo: Se ele não se levantar por ser amigo, ao menos, por causa da sua insistência, levantar-se-á para lhe dar tudo aquilo de que precisa. Também vos digo: Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque quem pede recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta, abrir-se-á. Se um de vós for pai e um filho lhe pedir peixe, em vez de peixe dar-lhe-á uma serpente? E se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á um escorpião? Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedem!».
Palavra da salvação.



ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Irmãs e irmãos: Supliquemos a Deus Pai todo-poderoso que inspire a nossa oração, para Lhe pedirmos o que convém, e digamos (ou: e cantemos), com humildade: 

R. Abençoai, Senhor, o vosso povo. 
Ou: Ouvi, Senhor, a nossa oração. 
Ou: Pela vossa misericórdia, ouvi-nos, Senhor. 

1. Pelo Santo Padre, o Papa N (Francisco), pelos bispos e ministros sagrados e por todo o povo redimido por Cristo, oremos. 

2. Pelos que tomam a defesa dos mais fracos, pelos que crêem na misericórdia de Deus, pelos justos e por todos os pecadores, oremos. 

3. Pelas mulheres a quem roubaram a dignidade, por todos os homens a quem negam os seus direitos e pelos que sofrem pelo nome de Jesus, oremos. 

4. Pelos que batem à porta dos amigos, pelos que põem a esperança só em Deus e por aqueles que não encontram quem os ajude, oremos. 

5. Por todos nós aqui presentes em assembleia, pelos baptizados da nossa Diocese e pelos defuntos da nossa comunidade (paroquial), oremos. 

(Outras intenções: emigrantes e famílias em férias; defuntos...). 
Suba até Vós, Senhor, a oração universal dos vossos filhos pelas necessidades de todos os homens, e desça sobre nós a vossa bênção e a graça da eterna salvação. Por Cristo Senhor nosso.




ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Cristo nosso Senhor.



ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sl 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor, e não esqueças os seus benefícios.

Ou: Mt 5, 7-8

Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento,
memorial perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

 

 

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