segunda-feira, 29 de julho de 2024

 

    Domingo XVIII do Tempo Comum    
 ANO B  -  04/08/2024:


Tema do 18º Domingo do Tempo Comum:


O nosso caminho de todos os dias é feito, tantas vezes, entre privações e carências que nos deixam um travo de insatisfação e de desencanto. Tudo parece tão precário e insatisfatório… Quem saciará a nossa fome de Vida verdadeira e eterna? As leituras deste domingo dizem-nos: Deus sempre fará tudo para saciar a nossa fome de Vida; Ele prepara e distribui por nós o “pão” que nos alimenta no caminho e que “dura até à Vida eterna”.

Na primeira leitura conta-se como Deus distribuiu ao seu Povo o maná, o alimento diário de que o Povo necessitava para enfrentar as dificuldades da caminhada entre a terra da opressão e a terra da liberdade. Esse “pão”, além de satisfazer a fome física do Povo e de lhe permitir sobreviver no deserto, também o ajudou a crescer, a amadurecer, a superar mentalidades estreitas e egoístas, a encarar a vida com fé e confiança em Deus.

Evangelho garante-nos que Jesus é o “pão de Deus que desce do céu para dar a Vida ao mundo”. É em Jesus e através de Jesus que Deus responde à fome dos homens e lhes oferece a Vida em plenitude. Para que esse “pão” nos alcance, nos alimente e nos transforme, temos de “acreditar” em Jesus.

segunda leitura diz-nos que a adesão a Jesus implica o deixar de ser homem velho e o passar a ser homem novo. Aquele que aceita Jesus como o “pão” que dá vida e adere a Ele, passa a ser uma outra pessoa. O encontro com Cristo deve significar, para qualquer homem, uma mudança radical, um jeito completamente diferente de se situar face a Deus, face aos irmãos, face a si próprio e face ao mundo.


ANTÍFONA DE ENTRADA Sl 69, 2.6
Deus, vinde em meu auxílio, Senhor, socorrei-me e salvai-me.
Sois o meu libertador e o meu refúgio: não tardeis, Senhor.



ORAÇÃO DA COLETA
Mostrai, Senhor, a vossa imensa bondade
aos filhos que Vos imploram,
e dignai-Vos renovar e conservar os dons da vossa graça
naqueles que se gloriam
de Vos ter por seu criador e sua providência.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I Ex 16, 2-4.12-15
«Eu farei que chova para vós pão do céu»

O maná descido do céu, no tempo de Moisés, foi o alimento providencial que Deus enviou ao seu povo para o sustentar durante a travessia do deserto, a caminho da Terra Prometida. Jesus vai citar este acontecimento na terceira leitura e faz sobre ele a respectiva catequese. O maná era alimento para matar a fome corporal. Mas há fomes mais urgentes e mais exigentes, as do espírito. O maná é chamado pão do céu, só porque vinha do alto; mas do Céu virá um Pão que dará a vida que não morre: Cristo, Aquele que o Pai celeste enviará.


Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias, toda a comunidade dos filhos de Israel começou a murmurar no deserto contra Moisés e Aarão. Disseram-lhes os filhos de Israel: «Antes tivéssemos morrido às mãos do Senhor na terra do Egito, quando estávamos sentados ao pé das panelas de carne e comíamos pão até nos saciarmos. Trouxestes-nos a este deserto, para deixar morrer à fome toda esta multidão». Então o Senhor disse a Moisés: «Vou fazer que chova para vós pão do céu. O povo sairá para apanhar a quantidade necessária para cada dia. Vou assim pô-lo à prova, para ver se segue ou não a minha lei. Eu ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Vai dizer-lhes: ‘Ao cair da noite comereis carne e de manhã saciar-vos-eis de pão. Então reconhecereis que Eu sou o Senhor, vosso Deus’». Nessa tarde apareceram codornizes, que cobriram o acampamento, e na manhã seguinte havia uma camada de orvalho em volta do acampamento. Quando essa camada de orvalho se evaporou, apareceu à superfície do deserto uma substância granulosa, fina como a geada sobre a terra. Quando a viram, os filhos de Israel perguntaram uns aos outros: «Man-hu?», quer dizer: «Que é isto?», pois não sabiam o que era. Disse-lhes então Moisés: «É o pão que o Senhor vos dá em alimento».
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 77 (78), 3.4bc.23-24.25.54 (R. 24b )
Refrão: O Senhor deu-lhes o pão do céu. Repete-se

Nós ouvimos e aprendemos,
os nossos pais nos contaram
os louvores do Senhor e o seu poder
e as maravilhas que Ele realizou. 
(Refrão)

Deu suas ordens às nuvens do alto
e abriu as portas do céu;
para alimento fez chover o maná,
deu-lhes o pão do céu.
(Refrão)

O homem comeu o pão dos fortes!
Mandou-lhes comida com abundância
e introduziu-os na sua terra santa,
na montanha que a sua direita conquistou.
(Refrão)



LEITURA II Ef 4, 17.20-24
«Revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus»

Jesus Cristo, o Filho de Deus, ao fazer-Se homem, fez aparecer sobre a terra o que S. Paulo chamou o “homem novo”. Ele é a Cabeça de um Corpo novo, do qual os cristãos se tornam membros pela fé e pelo Batismo. Ele é agora o padrão por onde os outros homens poderão aferir a sua existência e a sua vida. A vida dos cristãos é também agora a vida deste Corpo místico, a vida de Cristo vivida pelos seus membros. Vida nova requer nova maneira de a viver!


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Eis o que vos digo e aconselho em nome do Senhor: Não torneis a proceder como os pagãos, que vivem na futilidade dos seus pensamentos. Não foi assim que aprendestes a conhecer a Cristo, se é que d’Ele ouvistes pregar e sobre Ele fostes instruídos, conforme a verdade que está em Jesus. É necessário abandonar a vida de outrora e pôr de parte o homem velho, corrompido por desejos enganadores. Renovai-vos pela transformação espiritual da vossa inteligência e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus na justiça e santidade verdadeiras.
Palavra do Senhor.


ALELUIA Mt 4, 4b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão



EVANGELHO Jo 6, 24-35
«Quem vem a Mim nunca mais terá fome,
quem acredita em Mim nunca mais terá sede»

Depois da multiplicação dos pães, Jesus faz um longo comentário, em que Se vai apresentando, pouco a pouco, como o verdadeiro pão da vida. Ele é o verdadeiro Moisés, ou melhor, é Aquele que realiza agora em plenitude a missão que Moisés, no Antigo Testamento, realizou como figura dos tempos de Jesus. Hoje o Senhor convida-nos a recebê-l’O, antes de mais, pela fé.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam à beira do lago, subiram todos para as barcas e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus. Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo». Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?». Respondeu-lhes Jesus: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou». Disseram-Lhe eles: «Que milagres fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas? No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: ‘Deu-lhes a comer um pão que veio do Céu’». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu. O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo». Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão». Jesus respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».
Palavra da salvação.



ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Irmãos e irmãs em Cristo: Nós, que fomos revestidos do homem novo, peçamos humildemente ao Pai celeste que nos torne dignos dessa graça, dizendo (ou: cantando), com fé: 

R. Deus omnipotente, vinde em nosso auxílio. 
Ou:  Ouvi-nos, Senhor. 
Ou: Ouvi, Senhor, o vosso povo. 

1. Pelos fiéis e pastores de todas as comunidades, para que se renovem e anunciem Jesus Cristo, como fonte de luz e santidade, oremos.     

2. Pelos que pensam demasiado nos bens do mundo, para que trabalhem não tanto pela comida que perece, mas pelo alimento que dura até à vida eterna, oremos.      

3. Pelos homens e mulheres que não são respeitados na sua fé, consciência e liberdade, para que Deus os livre das mãos dos seus perseguidores, oremos.      

4. Pelos cristãos que se uniram em matrimónio, para que manifestem, no seu modo de viver, o mistério do amor de Cristo pela Igreja, oremos.      

5. Pelos membros da nossa assembleia, para que os benefícios oferecidos pela bondade de Deus nos levem a amá-l’O com todo o nosso coração, oremos.      

(Outras intenções: lares onde o amor desapareceu; nossos fiéis defuntos...). 
Senhor, nosso Deus, que ao povo de Israel destes o maná e, na plenitude dos tempos, enviastes o vosso Filho, que nos dá o verdadeiro pão do Céu, saciai a fome e a sede que temos de Vós. Por Cristo Senhor nosso.




ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, estes dons,
que Vos oferecemos como sacrifício espiritual,
e fazei de nós mesmos
uma oblação eterna para vossa glória.
Por Cristo nosso Senhor.



ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sb 16, 20
Saciastes o vosso povo com o pão dos anjos,
destes-nos, Senhor, o pão do céu.


Ou: Cf. Jo 6, 35


Eu sou o pão da vida, diz o Senhor.
Quem vem a Mim nunca mais terá fome,
quem crê em Mim nunca mais terá sede.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos renovais com o pão do céu,
protegei-nos sempre com o vosso auxílio,
fortalecei-nos todos os dias da nossa vida
e tornai-nos dignos da redenção eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

 

domingo, 21 de julho de 2024

 

    Domingo XVII do Tempo Comum    
 ANO B  -  28/07/2024:


Tema do 17º Domingo do Tempo Comum:


A liturgia do 17.º domingo Comum dá-nos conta da preocupação de Deus em saciar a “fome” de todos os seus filhos e filhas. Convida-nos a ver os bens que Deus põe à nossa disposição como dons para todos; propõe que abramos os nossos corações à partilha, à fraternidade, à responsabilidade pela “fome” dos nossos irmãos.

Na primeira leitura, o profeta Eliseu manda distribuir pelas pessoas que o rodeiam os pães que lhe foram oferecidos. O “profeta” é um sinal vivo de Deus no mundo dos homens. O seu gesto é uma lição de Deus: ensina a partilha, a generosidade, a solidariedade.

No Evangelho, Jesus oferece aos discípulos e à multidão o “sinal” da multiplicação dos pães e dos peixes. O seu gesto “abre os olhos” dos discípulos e fá-los perceber que só a lógica da partilha, da gratuidade, do dom generoso, do serviço humilde podem multiplicar o “pão” que sacia a “fome” do mundo. É esta lógica que permite passar da escravidão dos bens à liberdade do amor; é esta lógica que fará nascer um mundo mais humano, mais solidário, mais fraterno.

Na segunda leitura, Paulo lembra aos crentes algumas exigências da vida cristã. Recomenda-lhes, especialmente, a humildade, a mansidão e a paciência: são atitudes que não se coadunam com esquemas de egoísmo, de orgulho, de autossuficiência, de preconceito em relação aos irmãos.

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Cf. Sl 67, 6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.



ORAÇÃO DA COLETA
Senhor nosso Deus, protetor dos que em Vós esperam,
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir, desde já, aos bens eternos.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I 2 Reis 4, 42-44
«Comerão e ainda há de sobrar»

A liturgia continua em si a mesma linha de pensamento e até de ação da Sagrada Escritura. Assim, hoje, faz-nos ler duas passagens semelhantes, uma do Antigo, outra do Novo Testamento: duas multiplicações do pão. Em ambas se pode ver o mesmo dedo de Deus, amigo dos homens, capaz de lhes dar o alimento de que precisam, e, ao mesmo tempo, em ambas se manifesta que é Ele quem está sempre nos gestos e nas palavras dos que atuam e falam em seu nome.


Leitura do Segundo Livro dos Reis
Naqueles dias, veio um homem da povoação de Baal-Salisa e trouxe a Eliseu, o homem de Deus, pão feito com os primeiros frutos da colheita. Eram vinte pães de cevada e trigo novo no seu alforge. Eliseu disse: «Dá-os a comer a essa gente». O servo respondeu: «Como posso com isto dar de comer a cem pessoas?». Eliseu insistiu: «Dá-os a comer a essa gente, porque assim fala o Senhor: ‘Comerão e ainda há de sobrar’». Deu-lhos e eles comeram, e ainda sobrou, segundo a palavra do Senhor.
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 144 (145), 10-11.15-16.17-18 (R. cf. 16)
Refrão: Abris, Senhor, as vossas mãos
e saciais a nossa fome. Repete-se

Graças Vos deem, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos. 
(Refrão)

Todos têm os olhos postos em Vós,
e a seu tempo lhes dais o alimento.
Abris as vossas mãos
e todos saciais generosamente.
(Refrão)

O Senhor é justo em todos os seus caminhos
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.
(Refrão)



LEITURA II Ef 4, 1-6
«Um só Corpo, um só Senhor, uma só fé, um só Batismo»

Durante alguns domingos, sete, vamos ler a Epístola aos Efésios. É uma carta maravilhosa, escrita, como algumas outras, da prisão, e em que se aprofunda, de maneira particular, o mistério de Cristo e a vida vivida segundo esse mistério. Hoje insiste-se na unidade que deve reinar entre os cristãos, unidade não apenas de fora, mas de coração, porque todos somos um só, participantes da unidade de Deus, que d’Ele nos vem por Cristo.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Eu, prisioneiro pela causa do Senhor, recomendo-vos que vos comporteis segundo a maneira de viver a que fostes chamados: procedei com toda a humildade, mansidão e paciência; suportai-vos uns aos outros com caridade; empenhai-vos em manter a unidade de espírito pelo vínculo da paz. Há um só Corpo e um só Espírito, como há uma só esperança na vida a que fostes chamados. Há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua em todos e em todos Se encontra.
Palavra do Senhor.



ALELUIA Lc 7, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se
Apareceu entre nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo. Refrão



EVANGELHO Jo 6, 1-15
«Distribuiu-os e comeram quanto quiseram»

A multiplicação dos pães situa-se próximo da Páscoa. Hoje lemos o fato; nos dias seguintes ouviremos o comentário, a catequese que o próprio Senhor Jesus fará deste fato. Mas a multiplicação dos pães e dos peixes é apresentada nos termos da celebração eucarística. Depois da catequese sobre o Batismo na fala com Nicodemos, depois da referência constante ao Espírito Santo, começamos hoje a catequese sobre a Eucaristia. Estamos no ambiente da iniciação cristã.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus partiu para o outro lado do mar da Galileia, ou de Tiberíades. Seguia-O numerosa multidão, por ver os milagres que Ele realizava nos doentes. Jesus subiu a um monte e sentou-Se aí com os seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Erguendo os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?». Dizia isto para o experimentar, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Respondeu-Lhe Filipe: «Duzentos denários de pão não chegam para dar um bocadinho a cada um». Disse-Lhe um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro: «Está aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?». Jesus respondeu: «Mandai-os sentar». Havia muita erva naquele lugar e os homens sentaram-se em número de uns cinco mil. Então, Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, fazendo o mesmo com os peixes; e comeram quanto quiseram. Quando ficaram saciados, Jesus disse aos discípulos: «Recolhei os bocados que sobraram, para que nada se perca». Recolheram-nos e encheram doze cestos com os bocados dos cinco pães de cevada que sobraram aos que tinham comido. Quando viram o milagre que Jesus fizera, aqueles homens começaram a dizer: «Este é, na verdade, o Profeta que estava para vir ao mundo». Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei, retirou-Se novamente, sozinho, para o monte.
Palavra da salvação.



ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Irmãos e irmãs: Oremos com fé a Deus Pai por intermédio de Jesus Cristo nosso Salvador, pelas necessidades de todos os homens, dizendo (ou: cantando), cheios de confiança: 

R. Abençoai, Senhor, o vosso povo. 
Ou: Ouvi, Senhor, a nossa oração. 
Ou: Pela vossa misericórdia, ouvi-nos, Senhor. 


1. Pelo nosso Bispo N., pelos presbíteros e diáconos, pelos acólitos, leitores e catequistas e pelos fiéis que servem a Igreja, oremos.      

2. Por Pelo progresso espiritual de todos os povos, pelo desenvolvimento material dos cidadãos e pela justa distribuição das riquezas, oremos.
    
3. Pelos que têm fome de pão e de esperança, pelos que repartem os seus bens com os mais pobres e pelos que estendem a mão aos que caíram, oremos.     

4. Pelos que estão a sofrer pela sua fé, pelos que se empenham em viver em paz com todos, pelos presos, pelos doentes e pelos defuntos, oremos.     

5. Por todos nós que escutámos a Palavra, por aqueles que vão comungar o Pão da vida e pelos defuntos da nossa comunidade, oremos.

(Outras intenções: emigrantes e famílias em férias; defuntos...). 
Deus de infinita bondade, que abris as vossas mãos e saciais a nossa fome, fazei-nos repartir, com quem o não tem, o pão que sobeja em nossas mesas. Por Cristo Senhor nosso.




ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Cristo nosso Senhor.



ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sl 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor, e não esqueças os seus benefícios.

Ou: Mt 5, 7-8

Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento,
memorial perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

 

segunda-feira, 15 de julho de 2024

  

    Domingo XVI do Tempo Comum    
 ANO B  -  21/07/2024:


Tema do 16º Domingo do Tempo Comum:



A liturgia do 16.º domingo comum fala-nos do carinho de Deus pelas “ovelhas sem pastor”. Diz-nos que Deus olha com amor de pai e de mãe para aqueles homens e mulheres que vivem desorientados e à deriva, os que não têm quem os guie, defenda e alimente. No coração e na preocupação de Deus esses ocupam um lugar bem especial.

Na primeira leitura, pela voz do profeta Jeremias, Deus condena os “pastores” indignos, aqueles que usam o “rebanho” que lhes foi confiado para concretizar os seus próprios projetos pessoais; e, paralelamente, anuncia que vai, Ele próprio, tomar conta do seu “rebanho”, assegurando-lhe a Vida em abundância.

O Evangelho conta-nos como é que Jesus responde à fome de Vida e de esperança daqueles que o procuram. “Profundamente comovido” com o desnorte das “ovelhas perdidas” que correm atrás d’Ele pelas vilas e aldeias da Galileia, Jesus oferece-lhes a Boa notícia do Reino e do projeto humanizador que Deus tem para o mundo e para os homens. A missão de Jesus também é a missão dos discípulos. Para a concretizar, estes devem manter uma estreita comunhão com Jesus.

Na segunda leitura Paulo, dirigindo-se aos cristãos de Éfeso, fala-lhes do desígnio salvador de Deus. Esse desígnio abrange todos os filhos e filhas de Deus, sem distinção de raças, de etnias, de diferenças sociais ou culturais, de experiências religiosas. Deus a todos quer salvar, a todos quer reunir à sua volta. Reunidos na família de Deus, todos os que acolhem o convite à salvação são agora irmãos, unidos pelo amor.


ANTÍFONA DE ENTRADA Sl 53, 6.8
Deus vem em meu auxílio, o Senhor sustenta a minha vida.
De todo o coração Vos oferecerei sacrifícios,
cantando a glória do vosso nome.


ORAÇÃO DA COLETA
Sede propício, Senhor, aos vossos servos
e multiplicai neles os dons da vossa graça,
para que, fervorosos na fé, esperança e caridade,
perseverem na fiel observância dos vossos mandamentos.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.




LEITURA I Jr 23, 1-6
«Reunirei o resto das minhas ovelhas
e dar-lhes-ei pastores»

No Evangelho, Jesus vai revelar-Se cheio de compaixão pela multidão, que é como um rebanho sem pastor. Mas já desde o Antigo Testamento Deus Se tinha revelado como bom Pastor do seu povo. Os cuidados do pastor pelo seu rebanho são uma boa comparação que nos pode fazer compreender o amor com que Deus Se preocupa com os homens e deseja que eles encontrem os verdadeiros caminhos da vida e o verdadeiro alimento que os há de sustentar nesses caminhos. E logo se anuncia um “rebento justo”, um “verdadeiro rei”, o Messias futuro que Se há de um dia apresentar como o “Bom Pastor”, Nosso Senhor Jesus Cristo.


Leitura do Livro de Jeremias
Diz o Senhor: «Ai dos pastores que perdem e dispersam as ovelhas do meu rebanho!». Por isso, assim fala o Senhor, Deus de Israel, aos pastores que apascentam o meu povo: «Dispersastes as minhas ovelhas e as escorraçastes, sem terdes cuidado delas. Vou ocupar-Me de vós e castigar-vos, pedir-vos contas das vossas más ações – oráculo do Senhor. Eu mesmo reunirei o resto das minhas ovelhas de todas as terras onde se dispersaram e as farei voltar às suas pastagens, para que cresçam e se multipliquem. Dar-lhes-ei pastores que as apascentem e não mais terão medo nem sobressalto; nem se perderá nenhuma delas – oráculo do Senhor. Dias virão, diz o Senhor, em que farei surgir para David um rebento justo. Será um verdadeiro rei e governará com sabedoria; há de exercer no país o direito e a justiça. Nos seus dias, Judá será salvo e Israel viverá em segurança. Este será o seu nome: ‘O Senhor é a nossa justiça’».
Palavra do Senhor.




SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 1)
Refrão: O Senhor é meu pastor:
nada me faltará. Repete-se

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.
(Refrão)

Ele me guia por sendas direitas por amor
do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo
me enchem de confiança.
(Refrão)

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça,
e o meu cálice transborda.
(Refrão)

A bondade e a graça hão de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre. 
(Refrão)




LEITURA II Ef 2, 13-18
«Ele é a nossa paz, que fez de uns e outros um só povo»

Continuando a expor o plano de Deus sobre o mundo, S. Paulo mostra como Jesus fez a união de todos os homens por meio da sua Cruz, em particular, a união entre o povo de Deus do Antigo Testamento e o do Novo Testamento. Nem são rigorosamente dois povos, mas dois momentos do mesmo povo em que se manifesta a continuação e o desenvolvimento do mesmo e único plano divino de levar todos os homens, de todos os tempos, à unidade do Corpo que tem Cristo por cabeça e pastor.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Foi em Cristo Jesus que vós, outrora longe de Deus, vos aproximastes d’Ele, graças ao sangue de Cristo. Cristo é, de fato, a nossa paz. Foi Ele que fez de judeus e gregos um só povo e derrubou o muro da inimizade que os separava, anulando, pela imolação do seu corpo, a Lei de Moisés com as suas prescrições e decretos. E assim, de uns e outros, Ele fez em Si próprio um só homem novo, estabelecendo a paz. Pela cruz reconciliou com Deus uns e outros, reunidos num só Corpo, levando em Si próprio a morte à inimizade. Cristo veio anunciar a boa nova da paz, paz para vós, que estáveis longe, e paz para aqueles que estavam perto. Por Ele, uns e outros podemos aproximar-nos do Pai, num só Espírito.
Palavra do Senhor.



ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia. Repete-se
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
Refrão




EVANGELHO Mc 6, 30-34
«Eram como ovelhas sem pastor»

Sem a palavra de Deus os homens não encontram a união, são como ovelhas tresmalhadas de um rebanho a que falta o pastor. Jesus, ao contemplar a multidão que O seguia, mas que não era ainda a sua Igreja, sente por ela grande compaixão e vai-lhes dando o pão da palavra de Deus: “começou a ensinar-lhes muitas coisas”.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, os Apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-Lhe tudo o que tinham feito e ensinado. Então Jesus disse-lhes: «Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco». De fato, havia sempre tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer. Partiram, então, de barco para um lugar isolado, sem mais ninguém. Vendo-os afastar-se, muitos perceberam para onde iam; e, de todas as cidades, acorreram a pé para aquele lugar e chegaram lá primeiro que eles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-Se de toda aquela gente, porque eram como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.
Palavra da salvação.



ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Oremos, irmãs e irmãos, para que a Igreja e os povos da terra escutem e sigam o verdadeiro pastor, que quer salvar todos os homens, dizendo (ou: cantando), com fé: 

R. Cristo, ouvi-nos. Cristo, atendei-nos. 
Ou: Jesus Cristo, ouvi-nos. 
Ou: Ouvi-nos, ó Rei da eterna glória. 

1. Para que a Igreja santa, nossa mãe, glorifique o nome de Jesus, o seu Pastor, e anuncie em toda a parte o Evangelho, oremos. 
2. Para que os governantes e as autoridades exerçam com justiça as suas funções e velem pelo bem de todo o povo, oremos. 
3. Para que Jesus, o Mestre que sabe instruir, Se compadeça das multidões que O não conhecem e venha ensinar-lhes a verdade, oremos. 
4. Para que o mundo novo inaugurado por Cristo, sem classes, sem divisões e sem fronteiras, seja a meta para onde caminhe a humanidade, oremos. 
5. Para que as nossas comunidades (paroquiais) vivam em união com os pastores que Deus lhes deu, os amparem, com eles trabalhem e por eles rezem, oremos. 

(Outras intenções: os que vão ter férias e os que nunca as tiveram; os nossos defuntos...). 
Senhor Jesus Cristo, nós Vos pedimos por todos os pastores, para que sejam dignos de Vós, e pelas ovelhas do rebanho que lhes confiastes, para que tenham fome das vossas palavras. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. 


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que levastes à plenitude os sacrifícios da Antiga Lei
no único sacrifício de Cristo,
aceitai e santificai esta oblação dos vossos fiéis,
como outrora abençoastes a oblação de Abel;
e fazei que os dons oferecidos em vossa honra por cada um de nós
sirvam para a salvação de todos.
Por Cristo nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Cf. Sl 110, 4-5
O Senhor misericordioso e compassivo
instituiu o memorial das suas maravilhas,
deu sustento àqueles que O temem.


Ou: Cf. Ap 3, 20


Eu estou à porta e chamo, diz o Senhor.
Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta,
entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo,
que saciastes nestes divinos mistérios,
e fazei-nos passar da antiga condição do pecado
à vida nova da graça.
Por Cristo nosso Senhor.

 

segunda-feira, 8 de julho de 2024

 

    Domingo XV do Tempo Comum    
 ANO B  -  14/07/2024:


Tema do 15º Domingo do Tempo Comum:


A liturgia do 15.º Domingo do Tempo Comum mostra-nos como é que se concretiza a intervenção de Deus no mundo e na história humana. Ele chama homens e mulheres e, através deles, indica caminhos, corrige os passos mal andados, transforma o mundo, deixa-nos uma oferta de salvação e de Vida. Os seus “enviados” são arautos e sinais da bondade e do amor de Deus no mundo dos homens.

primeira leitura mostra-nos um profeta chamado Amós a atuar, em nome de Deus, no santuário real de Betel. Convocado e enviado por Deus, Amós denuncia um culto vazio e estéril, refém de interesses políticos e aliado da injustiça, que não liberta nem salva. Coerente e livre, sem cedências a compromissos rasteiros, Amós é “voz” de Deus que ecoa no mundo e questiona os homens.

Evangelho mostra Jesus a enviar doze dos seus discípulos em missão. Essa missão – que está no prolongamento da própria missão de Jesus – consiste em anunciar o Reino de Deus e em lutar contra tudo aquilo que ameaça a Vida e a felicidade dos homens. Os enviados de Jesus como arautos de um mundo novo, devem evitar tudo o que pode atrasar ou condicionar a missão que lhes foi confiada.

segunda leitura, a pretexto de nos apresentar “o mistério” da salvação, recorda-nos que pertencemos a Deus e fomos destinados para o seu serviço. Somos, portanto, convidados a acolher os projetos que Deus tem para nós e para o mundo, e a concretizá-los com verdade, fidelidade e radicalidade.


ANTÍFONA DE ENTRADA Cf. Sl 16, 15
Eu venho, Senhor, à vossa presença:
ficarei saciado ao contemplar a vossa glória.




ORAÇÃO DA COLETA
Senhor nosso Deus,
que mostrais aos errantes a luz da vossa verdade
para poderem voltar ao bom caminho,
concedei a quantos se declaram cristãos
que, rejeitando tudo o que é indigno deste nome,
sigam fielmente as exigências da sua fé.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I Amós 7, 12-15
«Vai, profeta, ao meu povo»

O Evangelho vai apresentar-nos hoje Jesus a chamar e a enviar os doze Apóstolos. Por seu lado esta primeira leitura quer fazer-nos compreender, desde já, que o Senhor chama e envia como Lhe apraz, quem Ele quer; esse será o seu enviado, o seu mensageiro, que é preciso acolher e escutar como tal. Por ele, é Deus quem falará. E nenhum mal-entendido ou incompreensão podem ser obstáculo à presença e à palavra do enviado de Deus.


Leitura da Profecia de Amós
Naqueles dias, Amasias, sacerdote de Betel, disse a Amós: «Vai-te daqui, vidente. Foge para a terra de Judá. Aí ganharás o pão com as tuas profecias. Mas não continues a profetizar aqui em Betel, que é o santuário real, o templo do reino». Amós respondeu a Amasias: «Eu não era profeta, nem filho de profeta. Era pastor de gado e cultivava sicómoros. Foi o Senhor que me tirou da guarda do rebanho e me disse: ‘Vai profetizar ao meu povo de Israel’».
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 84 (85), 9ab-10.11-12.13-14 (R. 8)
Refrão: Mostrai-nos, Senhor, o vosso amor
e dai-nos a vossa salvação. Repete-se


Ou: 


Refrão: Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia. Repete-se


Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem.
A sua salvação está perto dos que O temem
e a sua glória habitará na nossa terra. 
(Refrão)

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu.
(Refrão)

O Senhor dará ainda o que é bom,
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.
(Refrão)



LEITURA II – Forma longa Ef 1, 3-14
«Ele nos escolheu, em Cristo, antes da criação do mundo»

A epístola aos Efésios, talvez a mais bela de S. Paulo, revela-nos o plano de Deus sobre o mundo. A contemplação deste plano deslumbrava o Apóstolo, e esse deslumbramento, canta-o ele num verdadeiro hino, que constitui a leitura de hoje. Esse plano de Deus consiste em fazer dos homens seus filhos por Jesus Cristo, e constituir Cristo cabeça e centro da unidade de todo o universo.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto dos Céus nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo. N’Ele nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, em caridade, na sua presença. Ele nos predestinou, conforme a benevolência da sua vontade, a fim de sermos seus filhos adotivos, por Jesus Cristo, para louvor da sua glória e da graça que derramou sobre nós, por seu amado Filho. N’Ele, pelo seu sangue, temos a redenção e a remissão dos pecados. Segundo a riqueza da sua graça, que Ele nos concedeu em abundância, com plena sabedoria e inteligência, deu-nos a conhecer o mistério da sua vontade, o desígnio de benevolência n’Ele de antemão estabelecido, para se realizar na plenitude dos tempos: instaurar todas as coisas em Cristo, tudo o que há nos Céus e na terra. Em Cristo fomos constituídos herdeiros, por termos sido predestinados, segundo os desígnios d’Aquele que tudo realiza conforme a decisão da sua vontade, para sermos um hino de louvor da sua glória, nós que desde o começo esperámos em Cristo. Foi n’Ele que vós também, depois de ouvirdes a palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação, abraçastes a fé e fostes marcados pelo Espírito Santo. E o Espírito Santo prometido é o penhor da nossa herança, para a redenção do povo que Deus adquiriu para louvor da sua glória.
Palavra do Senhor.



LEITURA II – Forma breve Ef 1, 3-10
«Escolheu-nos, em Cristo, antes da criação do mundo»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto dos Céus nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo. N’Ele nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, em caridade, na sua presença. Ele nos predestinou, conforme a benevolência da sua vontade, a fim de sermos seus filhos adotivos, por Jesus Cristo, para louvor da sua glória e da graça que derramou sobre nós, por seu amado Filho. N’Ele, pelo seu sangue, temos a redenção e a remissão dos pecados. Segundo a riqueza da sua graça, que Ele nos concedeu em abundância, com plena sabedoria e inteligência, deu-nos a conhecer o mistério da sua vontade, o desígnio de benevolência n’Ele de antemão estabelecido, para se realizar na plenitude dos tempos: instaurar todas as coisas em Cristo, tudo o que há nos Céus e na terra.
Palavra do Senhor.



ALELUIA cf. Ef 1, 17-18
Refrão: Aleluia. Repete-se
Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
ilumine os olhos do nosso coração,
para sabermos a que esperança fomos chamados. Refrão



EVANGELHO Mc 6, 7-13
«Começou a enviá-los»

A missão dos Apóstolos é puro dom do Senhor; Ele escolhe os que quer, e envia-os a anunciar uma mensagem de salvação que vem d’Ele, o Salvador. E de tal maneira eles anunciam uma mensagem que não é sua, mas de Jesus, que não deverão ir apoiados em seguranças humanas, mas somente no dom do Senhor que os envia.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus chamou os doze Apóstolos e começou a enviá-los dois a dois. Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros e ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser o bastão: nem pão, nem alforge, nem dinheiro; que fossem calçados com sandálias, e não levassem duas túnicas. Disse-lhes também: «Quando entrardes em alguma casa, ficai nela até partirdes dali. E se não fordes recebidos em alguma localidade, se os habitantes não vos ouvirem, ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés como testemunho contra eles». Os Apóstolos partiram e pregaram o arrependimento, expulsaram muitos demónios, ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos.
Palavra da salvação.



ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Irmãs e irmãos: Supliquemos a Deus Pai que nos mostre a sua misericórdia e dê a salvação à santa Igreja, dizendo (ou: cantando), de coração sincero: 

R. Escutai, Senhor, a oração do vosso povo. 
Ou: Mostrai-nos, Senhor, o vosso amor. 
Ou: Deus omnipotente, vinde em nosso auxílio. 

1. Pelo Papa N., e por todos os bispos, presbíteros e diáconos, para que celebrem os mistérios de Jesus Cristo com alegria e fervor sempre renovados, oremos.  

2. Pelos apóstolos que Jesus continua a enviar, para que, sem alforge nem dinheiro, anunciem o arrependimento e a paz, oremos.    

3. Pelos que têm fome e pelos doentes, pelos rejeitados e por todos os que sofrem, para que encontrem alívio junto de Deus e dos homens, oremos.    

4. Por todos aqueles que Deus abençoou e escolheu, e pelos que chamou à fé e marcou pelo Espírito, para que sejam santos e irrepreensíveis na sua presença, oremos.    

5. Por todos nós aqui reunidos em assembleia, para que Deus nos conceda o perdão dos pecados e a vontade de cumprir os mandamentos, oremos.    

(Outras intenções: enfermos que receberam a santa Unção; vocações...). 
Senhor, nosso Deus e nosso Pai, que nos destes a conhecer a vossa vontade de renovar todas as coisas em Cristo, iluminai os olhos do nosso coração, para sabermos a que esperança fomos chamados. Por Cristo Senhor nosso.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons da vossa Igreja em oração
e concedei aos fiéis que os vão receber
a graça de crescerem na santidade.
Por Cristo nosso Senhor.



ANTÍFONA DA COMUNHÃO Cf. Sl 83, 4-5
As aves do céu encontram abrigo
e as andorinhas um ninho para os seus filhos, junto dos vossos altares,
Senhor dos Exércitos, meu Rei e meu Deus.
Felizes os que moram em vossa casa
e a toda a hora cantam os vossos louvores.


Ou: Cf. Jo 6, 57


Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue
permanece em Mim e Eu nele, diz o Senhor.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentais à vossa mesa santa,
humildemente Vos suplicamos:
sempre que celebramos estes mistérios,
aumentai em nós os frutos da salvação.
Por Cristo nosso Senhor.