domingo, 1 de junho de 2025

 

    Domingo de Pentecostes    -    Solenidade    
ANO C  -  08/06/2025:


Tema da Solenidade de Pentecostes:


Na
Solenidade de Pentecostes a liturgia convida-nos a olhar para o Espírito Santo e a tomar consciência da sua ação na Igreja e no mundo. Fonte inesgotável de Vida, o Espírito, transforma, renova, orienta, anima, fortalece, constrói comunidade, fomenta a unidade, transmite aos discípulos a força de se assumirem como arautos do Evangelho de Jesus.
Evangelho apresenta-nos a comunidade da Nova Aliança reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, renovada, a partir do dom do Espírito. Fortalecidos pelo Espírito que Jesus ressuscitado lhes transmite, os discípulos podem partir ao encontro do mundo para o transformar e renovar.
Na primeira leitura, o autor dos Atos dos Apóstolos apresenta-nos o Espírito Santo como a Lei Nova que orienta e anima o Povo da Nova Aliança. O Espírito faz com que homens e mulheres de todas as raças e culturas acolham a Boa Nova de Jesus e formem uma comunidade unida e fraterna, que fala a mesma língua, a do amor.
Na segunda leitura, Paulo apresenta o Espírito como fonte de Vida para a comunidade cristã. É o Espírito que concede os dons que enriquecem a comunidade e que fomenta a unidade de todos os membros. Por isso, os dons do Espírito não podem ser usados para benefício pessoal, mas devem ser postos ao serviço de todos.
 


ANTÍFONA DE ENTRADA Sb 1, 7
O Espírito do Senhor encheu a terra inteira;
Ele, que abrange o universo, conhece toda a palavra.
Aleluia.


Ou: Cf. Rm 5, 5; 8, 11


O amor de Deus foi derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que habita em nós. Aleluia.


Diz-se o Glória.



ORAÇÃO DA COLETA
Senhor nosso Deus,
que, no mistério de Pentecostes, santificais a Igreja,
dispersa entre todos os povos e nações,
derramai sobre a terra os dons do Espírito Santo,
de modo que, também hoje, se renovem nos corações dos fiéis
os prodígios realizados nos primórdios da pregação do Evangelho.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I Atos 2, 1-11
«Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar»

De harmonia com a promessa de Jesus, o Espírito Santo, manifestando a Sua presença sob os sinais sensíveis do vento e do fogo, desce sobre os Apóstolos, transforma-os totalmente e consagra-os para a missão, que Jesus lhes confiara.
Com este Batismo no Espírito Santo, nascia assim, oficialmente, a Igreja. Nesse dia, homens separados por línguas, culturas, raças e nações, começavam a reunir-se no grande Povo de Deus num movimento que só terminará com a Vinda final de Jesus.


Leitura dos Atos dos Apóstolos
Quando chegou o dia de Pentecostes, os Apóstolos estavam todos reunidos no mesmo lugar. Subitamente, fez-se ouvir, vindo do Céu, um rumor semelhante a forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde se encontravam. Viram então aparecer uma espécie de línguas de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem. Residiam em Jerusalém judeus piedosos, procedentes de todas as nações que há debaixo do céu. Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se e ficou muito admirada, pois cada qual os ouvia falar na sua própria língua. Atónitos e maravilhados, diziam: «Não são todos galileus os que estão a falar? Então, como é que os ouve cada um de nós falar na sua própria língua? Partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, vizinha de Cirene, colonos de Roma, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, ouvimo-los proclamar nas nossas línguas as maravilhas de Deus».
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 103 (104), 1ab e 24ac.29bc-30.31.34 (R. 30)
Refrão: Enviai, Senhor, o vosso Espírito
e renovai a face da terra. Repete-se

Ou: 

Refrão: Mandai, Senhor o vosso Espírito,
e renovai a terra. Repete-se


Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Como são grandes, Senhor, as vossas obras!
A terra está cheia das vossas criaturas. 
(Refrão)

Se lhes tirais o alento, morrem
e voltam ao pó donde vieram.
Se mandais o vosso espírito, retomam a vida
e renovais a face da terra. 
(Refrão)

Glória a Deus para sempre!
Rejubile o Senhor nas suas obras.
Grato Lhe seja o meu canto
e eu terei alegria no Senhor. 
(Refrão)



LEITURA II 1 Cor 12, 3b-7.12-13
«Todos nós fomos batizados num só Espírito,
para formarmos um só Corpo»

O Espírito Santo é «a alma da Igreja». É Ele que dá aos Apóstolos a perfeita compreensão do Mistério Pascal e os leva a anunciar a Ressurreição a todos os homens, sem excepção. É por Ele que nós acreditamos que Jesus é Deus e essa nossa fé se mantém. É Ele que enriquece o Corpo Místico com dons e carismas, numa grande variedade de vocações, ministérios e actividades. É Ele que, ao mesmo tempo que nos distingue, dando-nos uma personalidade própria dentro da Igreja, nos põe em comunhão uns com os outros, de tal modo que a diversidade não destrói a unidade.


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Ninguém pode dizer «Jesus é o Senhor» a não ser pela ação do Espírito Santo. De facto, há diversidade de dons espirituais, mas o Espírito é o mesmo. Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Em cada um se manifestam os dons do Espírito para o bem comum. Assim como o corpo é um só e tem muitos membros e todos os membros, apesar de numerosos, constituem um só corpo, assim também sucede com Cristo¬¬. Na verdade, todos nós – judeus e gregos, escravos e homens livres – fomos batizados num só Espírito, para constituirmos um só Corpo. E a todos nos foi dado a beber um único Espírito.
Palavra do Senhor.



No ano C, em vez da leitura 1Cor 12, 3b-7.12-13, pode escolher-se a seguinte:



LEITURA II Rom 8, 8-17
«Os que são movidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus. Vós não estais sob o domínio da carne, mas do Espírito, se é verdade que o Espírito de Deus habita em vós. Mas se alguém não tem o Espírito de Cristo, não Lhe pertence. Se Cristo está em vós, embora o vosso corpo seja mortal por causa do pecado, o espírito permanece vivo por causa da justiça. E se o Espírito d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita em vós, Ele que ressuscitou Cristo Jesus de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós. Assim, irmãos, já não somos devedores à carne, para vivermos segundo a carne. Se viverdes segundo a carne, morrereis; mas se pelo espírito fizerdes morrer as obras da carne, vivereis. Porque todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Vós não recebestes um espírito de escravidão para recair no temor, mas o Espírito de adopção filial, pelo qual exclamamos: «Abá, Pai». O próprio Espírito Santo dá testemunho, em união com o nosso espírito, de que somos filhos de Deus. Se somos filhos, também somos herdeiros, herdeiros de Deus e herdeiros com Cristo; Se sofrermos com Ele, também com Ele seremos glorificados. Palavra do Senhor.




SEQUÊNCIA DE PENTECOSTES
Vinde, ó santo Espírito,
vinde, Amor ardente,
acendei na terra
vossa luz fulgente.

Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.

Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.

Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto.

Luz de santidade,
que no Céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis.

Sem a vossa força
e favor clemente,
nada há no homem
que seja inocente.

Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.

Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.

Vossos sete dons
concedei à alma
do que em Vós confia:

Virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.



ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vinde, Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do vosso amor. Refrão



EVANGELHO Jo 20, 19-23
«Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós:
Recebei o Espírito Santo»

Com a Páscoa, inicia-se a nova Criação. E, como na primeira, também agora o Espírito Santo está presente, a insuflar aos homens, mortos pelo pecado, a vida nova do Ressuscitado. Jorrando do Corpo glorificado de Cristo, em que se mantêm as cicatrizes da Paixão, o Sopro purificador e recriador do mesmo Deus, comunica-se aos Apóstolos. Apodera-se deles, a fim de que possam prolongar a obra da nova Criação, e assim a humanidade, reconciliada com Deus, conserve sempre a paz alcançada em Jesus Cristo.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos».
Palavra da salvação.


No ano C, em vez do Evangelho Jo 20, 19-23, pode escolher-se o seguinte:




EVANGELHO Jo 14, 15-16.23a-26
«O Espírito Santo vos ensinará tudo»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos. E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Paráclito, para estar sempre convosco. Quem Me ama guardará a minha palavra, e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai, que Me enviou. Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse». Palavra da salvação.



Diz-se o Credo.


ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Caríssimos cristãos: Imploremos a Deus nosso Pai que envie o Espírito Santo sobre a Igreja, para confirmar a sua renovação pascal, dizendo (ou: cantando), com alegria: 
R. Mandai, Senhor, o vosso Espírito. 
Ou: Abençoai, Senhor, a vossa Igreja. 
Ou: Ouvi, Senhor, o vosso povo. 
1. Pela santa Igreja de Deus, para que, cheia dos dons do Espírito Santo, seja reunida e confirmada na unidade, oremos. 
2. Pelo Papa N., pelo nosso Bispo, seu presbitério e diáconos, para que Deus lhes conceda em abundância o espírito de sabedoria e de santidade, oremos. 
3. Pelos responsáveis políticos dos povos, para que promovam a solidariedade entre as nações e a justa distribuição dos bens em toda a terra, oremos. 
4. Pelos que são vítimas da fraqueza humana e dos extravios do próprio coração, para que o Espírito do Senhor os ilumine, oremos. 
5. Pelo povo de Deus aqui reunido e pelos fiéis da nossa Diocese, para que o Espírito nos faça crescer na caridade, oremos. 
(Outras intenções: Nossa Senhora; os que receberam a Confirmação...). 
Deus eterno e omnipotente, que, na manhã do Pentecostes, enviastes o Espírito Santo sobre os Apóstolos, tornai-nos, como eles, testemunhas do Evangelho, para proclamarmos, com alegria, as vossas maravilhas. Por Cristo, nosso Senhor.
 


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que o Espírito Santo, segundo a promessa do vosso Filho,
nos revele plenamente o mistério deste sacrifício
e nos faça conhecer toda a verdade.
Por Cristo nosso Senhor.



Prefácio O mistério de Pentecostes
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte.
Hoje manifestastes a plenitude do mistério pascal
e sobre os filhos de adoção,
unidos em comunhão admirável ao vosso Filho unigénito,
derramastes o Espírito Santo,
que, no princípio da Igreja nascente,
revelou o conhecimento de Deus a todos os povos da terra
e uniu a diversidade das línguas na profissão duma só fé.
Por isso, na plenitude da alegria pascal,
exultam os homens por toda a terra
e, com os anjos e todos os coros celestes,
proclamam a vossa glória,
dizendo (cantando) numa só voz:
Santo, Santo, Santo.

No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai benignamente, Senhor próprios. Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.



ANTÍFONA DA COMUNHÃO At 2, 4.11
Todos ficaram cheios do Espírito Santo
e proclamavam as maravilhas de Deus. Aleluia.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus,
que concedeis com abundância à vossa Igreja os dons sagrados,
conservai nela a graça que lhe destes,
para que floresça sempre em nós o dom do Espírito Santo
e o alimento espiritual que recebemos
nos faça progredir no caminho da salvação.
Por Cristo nosso Senhor.


Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene.


Na despedida do povo, o diácono ou o próprio sacerdote diz:
Ide em paz e o Senhor vos acompanhe. Aleluia. Aleluia.

O povo responde: Graças a Deus. Aleluia. Aleluia.


Terminado o Tempo Pascal, apaga-se o círio pascal, que convém levar para o batistério e conservá-lo aí com a devida reverência, para que, na celebração do Batismo, se acenda na sua chama a vela dos batizados.

Na segunda-feira depois de Pentecostes celebra-se a memória de santa Maria, Mãe da Igreja.

Nos lugares em que há o costume de afluírem em grande número os fiéis para participarem na Missa na terça-feira depois de Pentecostes, pode dizer-se a Missa do Domingo de Pentecostes ou a Missa votiva do Espírito Santo


terça-feira, 27 de maio de 2025

 

   Domingo VII da Páscoa - Ascensão do Senhor   
ANO C  -  01/06/2025:


Tema da Solenidade da Ascensão do Senhor:



A
Solenidade da Ascensão de Jesus mostra, antes de mais, qual é a meta final do nosso caminho: a comunhão com Deus, a Vida definitiva. Mas, além disso, lembra aos discípulos de Jesus que, enquanto caminham na terra, têm a responsabilidade de continuar a obra de Jesus e de dar testemunho da salvação de Deus.
No Evangelho, Jesus ressuscitado despede-se dos discípulos e passa-lhes o testemunho. Os discípulos, formados na “escola” de Jesus, têm como missão levar o Evangelho a todas as nações, anunciar a todos os homens e mulheres o amor e a misericórdia de Deus. Não estarão sozinhos: Jesus vai enviar-lhes, como ajuda, o “prometido do Pai”, a “força do alto, o Espírito Santo. Esse Espírito dar-lhes-á a força necessária para enfrentar os obstáculos e ajudá-los-á a discernir os caminhos que devem percorrer.
A primeira leitura, repete a mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter comunicado aos homens o projeto do Pai, entrou na Vida definitiva da comunhão com Deus, a mesma vida que espera todos os que percorrem o “caminho” que Jesus percorreu. Os discípulos, testemunhas da partida de Jesus, não podem ficar a olhar para o céu; mas têm de ir para o meio dos homens, seus irmãos, continuar o projeto de Jesus.
A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da “esperança” a que foram chamados: a Vida plena de comunhão com Deus. É essa “esperança” que ilumina o horizonte daqueles que fazem parte da Igreja, o “corpo” do qual Cristo é a “cabeça”.



ANTÍFONA DE ENTRADA Cf. At 1, 11

Homens da Galileia, porque estais a olhar para o céu?
Como vistes Jesus subir ao céu, assim há de vir na sua glória. Aleluia.


Diz-se o Glória.



ORAÇÃO DA COLETA
Deus todo-poderoso,
fazei-nos exultar em santa alegria e em filial ação de graças,
porque a ascensão de Cristo, vosso Filho, é a nossa esperança:
tendo-nos precedido na glória, como nossa Cabeça,
para aí nos chama, como membros do seu Corpo.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

Ou:

Nós Vos suplicamos, Deus todo-poderoso,
que, assim como acreditamos
que o vosso Filho unigénito, nosso Redentor,
hoje subiu aos céus,
assim também nós habitemos em espírito nas moradas celestes.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I Atos 1, 1-11

«Elevou-Se à vista deles»

Depois da Ascensão, Jesus deixa de estar visivelmente presente num determinado lugar da terra. No entanto, Ele, que permanece eternamente vivo «depois da Sua Paixão», continuará sempre presente no meio de nós. A Ascensão inaugura o tempo da Igreja, na qual, de futuro, o céu e a terra se vão encontrar.
Na Igreja, embora não O vejamos fisicamente, temos a possibilidade de viver de Cristo e com Cristo. Na Igreja, pelos Seus Apóstolos, testemunhas da Ressurreição, anunciadores do perdão e da vida divina, portadores da força do Espírito, Jesus continua hoje a Sua obra de Salvação.


Leitura dos Atos dos Apóstolos
No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar, desde o princípio até ao dia em que foi elevado ao Céu, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera. Foi também a eles que, depois da sua paixão, Se apresentou vivo com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do reino de Deus. Um dia em que estava com eles à mesa, mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, «da qual – disse Ele – Me ouvistes falar. Na verdade, João baptizou com água; vós, porém, sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias». Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?». Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade; mas recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra». Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos. E estando de olhar fito no Céu, enquanto Jesus Se afastava, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco, que disseram: «Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu? Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu».
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 46 (47), 2-3.6-7.8-9 (R. 6)
Refrão: Por entre aclamações e ao som da trombeta,
ergue-Se Deus, o Senhor.
Repete-se

Ou: 

Refrão: Ergue-Se Deus, o Senhor,
em júbilo e ao som da trombeta.
Repete-se


Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria,
porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível,
o Rei soberano de toda a terra. 
(Refrão)


Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso Rei, cantai.
(Refrão)


Deus é Rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado.
(Refrão)


LEITURA II Ef 1, 17-23

«Colocou-O à sua direita nos Céus»

Com a Sua Ascensão, Jesus foi plenamente glorificado pelo Pai, que O fez sentar à Sua direita, Lhe deu todo o poder, O constituiu Chefe do novo Povo de Deus e Senhor de todo o universo.
Vivendo agora junto do Pai, Jesus não pertence, porém, ao passado, nem está separado de nós, como se habitasse alturas inacessíveis. É d’Ele que jorra, continuamente, sobre o imenso Corpo, que é a Igreja, a vida nova, recebida no Batismo, para desabrochar, em toda a sua força e beleza, no Céu.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e de revelação para O conhecerdes plenamente e ilumine os olhos do vosso coração, para compreenderdes a esperança a que fostes chamados, os tesouros de glória da sua herança entre os santos e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os crentes. Assim o mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em Cristo, que Ele ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus, acima de todo o Principado, Poder, Virtude e Soberania, acima de todo o nome que é pronunciado, não só neste mundo, mas também no mundo que há de vir. Tudo submeteu aos seus pés e pô-l’O acima de todas as coisas como Cabeça de toda a Igreja, que é o seu Corpo, a plenitude d’Aquele que preenche tudo em todos.
Palavra do Senhor.



ALELUIA Mt 28, 19a.20b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Ide e ensinai todos os povos, diz o Senhor:
Eu estou sempre convosco
até ao fim dos tempos. Refrão




EVANGELHO Lc 24, 46-53
«Enquanto os abençoava, foi elevado ao Céu»

A glorificação de Jesus começou na manhã de Páscoa, quando, triunfando do pecado e da morte, nos alcançou a vida plena. Porém, a subida de Jesus ao Céu, descrita de modo humano, de harmonia com a concepção antiga do universo, é a posse definitiva e total da glória, que já Lhe pertencia, pela Paixão e Ressurreição.
A glorificação de Jesus é também a glorificação da humanidade. Com efeito, pelo perdão dos pecados, prometido a todos os povos, nós participamos da vida do Ressuscitado, tornamo-nos membros do Seu Corpo místico, destinados à mesma glória da Cabeça. Reconfortados por esta certeza, fortificados pelo Espírito Santo, colaboremos para que a obra de Cristo atinja todos os homens.


Conclusão do santo Evangelho segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos com a força do alto». Depois Jesus levou os discípulos até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu. Eles prostraram-se diante de Jesus, e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria. E estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus.
Palavra da salvação.

Diz-se o Credo.


ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Caríssimos fiéis: No dia em que o Senhor Jesus subiu ao Céu, invoquemos a sua intercessão pelos homens e mulheres do mundo inteiro, dizendo (ou: cantando), com alegria: 

R. Cristo, elevado ao Céu, ouvi-nos. 
Ou: Cristo, ouvi-nos. Cristo, atendei-nos. 
Ou: Mediador dos homens, escutai-nos. 

1. Pelos pastores da Igreja enviados por Jesus a anunciar o Evangelho em toda a parte, para que vivam animados pelo Espírito Santo, oremos. 

2. Pelos que buscam a Deus olhando o Céu, para que O reconheçam também na terra nos mais pobres e nos que choram ou estão sós, oremos. 

3. Pelos homens que não conhecem a Cristo, para que a luz da fé os ilumine e recebam o Baptismo no Espírito Santo, oremos. 

4. Pelos esposos cristãos e pelos seus lares, para que sejam um sinal do amor de Deus e uma escola do Evangelho para seus filhos, oremos. 

5. Por todos nós aqui reunidos em assembleia, para que Jesus nos chame um dia a contemplar a glória eterna do Pai onde Ele habita, oremos. 

(Outras intenções: meios de comunicação social; jornalistas...). 
Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, escutai as nossas súplicas, e fazei-nos desejar as moradas eternas, onde viveis e intercedeis por nós. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. 
 


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Oração sobre as oblatas
Recebei, Senhor, o sacrifício que Vos oferecemos,
ao celebrar a admirável ascensão do vosso Filho,
e, por esta sagrada permuta de dons,
fazei que nos elevemos às realidades do céu.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio I ou II da Ascensão do Senhor.

No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai benignamente, Senhor próprios. Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.




ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. Aleluia.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso e eterno,
que, durante a nossa vida sobre a terra,
nos fazeis saborear os mistérios divinos,
despertai em nós os desejos da pátria celeste,
onde já se encontra convosco, em Cristo,
a nossa natureza humana.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene.


quinta-feira, 15 de maio de 2025

  

    DOMINGO VI DA PÁSCOA    
ANO C   -   25/05/2025:


Tema do 6.º Domingo do Tempo Pascal



Na liturgia do sexto domingo do tempo pascal sobressai a promessa de Jesus de acompanhar e de orientar os seus discípulos ao longo de todo o caminho histórico que eles vão percorrer. Alimentados pela Palavra de Jesus, conduzidos pelo Espírito, os discípulos caminham ao encontro da cidade perfeita, onde os espera o abraço eterno de Deus.

No Evangelho Jesus, na véspera da sua morte, despede-se dos discípulos. Diz-lhes que vai para o Pai, mas que estará sempre em comunhão com eles. O Espírito Santo que vão receber ensinará aos discípulos “todas as coisas”, recordar-lhes-á tudo o que Jesus lhes disse enquanto andou com eles, fará com que eles se mantenham em comunhão com Jesus. Dessa forma os discípulos poderão continuar no mundo o projeto de Jesus, até ao reencontro final com Ele.

primeira leitura mostra-nos a comunidade dos discípulos de Jesus a caminhar pela história e a ser confrontada com novos desafios e com novas realidades. Cumpre-se o que Jesus tinha dito: o Espírito Santo, dom de Deus, ajuda os discípulos a discernir o caminho certo, a separar o essencial do acessório, a desenhar caminhos por onde o Evangelho chegue a todos os povos da terra.

Na segunda leitura, apresenta-se mais uma vez a meta final da caminhada da Igreja: a “Jerusalém messiânica”, a cidade da luz e da paz, o Templo perfeito onde os discípulos do “Cordeiro” (Jesus) viverão em comunhão plena com Deus.
 


ANTÍFONA DE ENTRADA Cf. Is 48, 20
Anunciai com brados de alegria, proclamai aos confins da terra:
O Senhor libertou o seu povo. Aleluia.


Diz-se o Glória.



ORAÇÃO DA COLETA
Deus todo-poderoso,
concedei-nos a graça de viver dignamente estes dias de alegria,
em honra de Cristo ressuscitado,
de modo que a nossa vida corresponda sempre
aos mistérios que celebramos.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I Atos 15, 1-2.22-29
«O Espírito Santo e nós decidimos não vos impor mais nenhuma obrigação, além destas que são necessárias»

Em Jerusalém, no seu primeiro Concílio, a Igreja, assistida do Espírito Santo, reafirma a liberdade, que Cristo nos trouxe, ao decidir admitir no seu seio os convertidos do paganismo, sem terem de se sujeitar às prescrições da lei mosaica.
Animada pelo Espírito Santo, que inspira as suas decisões e sustenta a sua actividade missionária, a Igreja aparece-nos assim, desde os seus primeiros dias, como uma comunidade sem fronteiras, aberta a todos os homens, de qualquer raça ou cultura unida no amor e na fidelidade ao Colégio Apostólico.


Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, alguns homens que desceram da Judeia ensinavam aos irmãos de Antioquia: «Se não receberdes a circuncisão, segundo a Lei de Moisés, não podereis salvar-vos». Isto provocou muita agitação e uma discussão intensa que Paulo e Barnabé tiveram com eles. Então decidiram que Paulo e Barnabé e mais alguns discípulos subissem a Jerusalém, para tratarem dessa questão com os Apóstolos e os anciãos. Os Apóstolos e os anciãos, de acordo com toda a Igreja, decidiram escolher alguns irmãos e mandá-los a Antioquia com Barnabé e Paulo. Eram Judas, a quem chamavam Barsabás, e Silas, homens de autoridade entre os irmãos. Mandaram por eles esta carta: «Os Apóstolos e os anciãos, irmãos vossos, saúdam os irmãos de origem pagã residentes em Antioquia, na Síria e na Cilícia. Tendo sabido que, sem nossa autorização, alguns dos nossos vos foram inquietar, perturbando as vossas almas com as suas palavras, resolvemos, de comum acordo, escolher delegados para vo-los enviarmos, juntamente com os nossos queridos Barnabé e Paulo, homens que expuseram a sua vida pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso vos mandamos Judas e Silas, que vos transmitirão de viva voz as nossas decisões. O Espírito Santo e nós decidimos não vos impor mais nenhuma obrigação, além destas que são indispensáveis: abster-vos da carne imolada aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e das relações imorais. Procedereis bem, evitando tudo isso. Adeus».
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 66 (67), 2-3.5.6.8 (R. 4)
Refrão: Louvado sejais, Senhor, pelos povos de toda a terra. Repete-se


Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os vossos caminhos
e entre os povos a vossa salvação. 
(Refrão)


Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações 
sobre a terra.
(Refrão)


Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu louvor aos confins da terra.
(Refrão)



LEITURA II Ap 21, 10-14.22-23
«Mostrou-me a cidade santa, que descia do Céu»

A Igreja é a nova Jerusalém, alicerçada sobre a fé dos Apóstolos, na qual se reunirão, chamados por Cristo Ressuscitado, os homens dos quatro cantos da terra, para viverem em comunhão perfeita com Deus e com os irmãos.
S. João contemplou-a em todo o seu esplendor e perfeição. Contudo, ela está ainda a caminhar, na humildade e na dor ao longo dos séculos, na esperança de resplandecer de glória, quando chegar a plenitude dos tempos. A nova Jerusalém está ainda em construção e cada um de nós é uma pedra viva dessa morada de Deus, pedra trabalhada pelo Espírito Santo, recebido no Batismo e no Crisma.


Leitura do Livro do Apocalipse
Um Anjo transportou-me em espírito ao cimo de uma alta montanha e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém, que descia do Céu, da presença de Deus, resplandecente da glória de Deus. O seu esplendor era como o de uma pedra preciosíssima, como uma pedra de jaspe cristalino. Tinha uma grande e alta muralha, com doze portas e, junto delas, doze Anjos; tinha também nomes gravados, os nomes das doze tribos dos filhos de Israel: três portas a nascente, três portas ao norte, três portas ao sul e três portas a poente. A muralha da cidade tinha na base doze reforços salientes e neles doze nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro. Na cidade não vi nenhum templo, porque o seu templo é o Senhor Deus omnipotente e o Cordeiro. A cidade não precisa da luz do sol nem da lua, porque a glória de Deus a ilumina e a sua lâmpada é o Cordeiro.
Palavra do Senhor.


Em vez da leitura precedente pode utilizar-se a seguinte:


LEITURA II Ap 22, 12-14.16-17.20
«Vem, Senhor Jesus»


Leitura do Livro do Apocalipse
Eu, João, ouvi uma voz que me dizia: «Eis que venho em breve e trago comigo a recompensa, para dar a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ómega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Felizes os que lavam as suas vestes, para terem direito à árvore da vida e poderem entrar, pelas portas, na cidade. Eu, Jesus, enviei o meu Anjo para vos dar testemunho no que diz respeito às Igrejas. Eu sou o rebento da descendência de David, a estrela brilhante da manhã». O Espírito e a Esposa dizem: «Vem!». E aquele que ouvir diga: «Vem!». Quem tem sede, venha; e quem a deseja, receba de graça a água da vida. Aquele que dá testemunho destas coisas diz: «Sim, Eu venho em breve». Amen! Vem, Senhor Jesus!
Palavra do Senhor.



ALELUIA Jo 14, 23
Refrão: Aleluia. Repete-se
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra.
Meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada. Refrão



EVANGELHO Jo 14, 23-29
«O Espírito Santo vos recordará tudo o que Eu vos disse»

Ao terminar o primeiro discurso de despedida, após a Ceia, Jesus promete aos Seus discípulos o Espírito Santo, que lhes fará compreender, perfeitamente, a Sua mensagem, os ajudará a viver o Evangelho em todas as circunstâncias e os manterá em comunhão com Deus e os irmãos, de modo a gozarem sempre aquela paz, que em si encerra todos os bens messiânicos.
Seguros da presença do Espírito Santo na Igreja e nas suas almas, os cristãos podem, portanto, manter-se confiantes e alegres, por maiores que sejam as transformações por que passe a sociedade e por maiores que sejam as dificuldades que a Igreja conheça.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quem Me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou. Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse. Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. Ouvistes que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis».
Palavra da salvação.


Em vez do Evangelho precedente pode utilizar-se o seguinte com o respectivo aleluia.



ALELUIA cf. Jo 14, 18
Refrão: Aleluia. Repete-se
Não vos deixarei órfãos, diz o Senhor:
vou partir, mas virei de novo e alegrar-se-á o vosso coração. Refrão



EVANGELHO Jo 17, 20-26
«Sejam consumados na unidade»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai santo, não peço somente por eles, mas também por aqueles que vão acreditar em Mim por meio da sua palavra, para que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me enviaste. Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste, para que sejam um, como Nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que sejam consumados na unidade e o mundo reconheça que Tu Me enviaste e que os amaste como a Mim. Pai, quero que onde Eu estou, também estejam comigo os que Me deste, para que vejam a minha glória, a glória que Me deste, por Me teres amado antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes reconheceram que Tu Me enviaste. Dei-lhes a conhecer o teu nome e dá-lo-ei a conhecer, para que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu esteja neles».
Palavra da salvação.


Diz-se o Credo.


ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Irmãs e irmãos: Oremos a Deus, nosso Pai, para que nos envie a sua paz e o seu Espírito e nos ensine a permanecer no seu amor, dizendo (ou: cantando), com fé: 

R. Mandai, Senhor, o vosso Espírito. 
Ou: Ouvi-nos, Senhor. 
Ou: Abençoai, Senhor, a vossa Igreja.
 
1. Pela Igreja, templo santo de Deus vivo, esposa de Cristo, resplandecente de beleza e de graça, que ensina aos homens o caminho da verdade, oremos. 
2. Pelo Papa N., pelos bispos, presbíteros e diáconos, pelos fiéis que dão testemunho do Evangelho e pelos que estão atentos à voz do Espírito, oremos. 
3. Pelos que lutam pela paz em toda a terra, pelos que acreditam que ela é possível e por aqueles que a imploram sem cessar, oremos. 
4. Pelos que guardam a palavra de Jesus, por todos os que O amam e O adoram e por aqueles que se perturbam e têm medo, oremos. 
5. Pelos que acreditam que a violência pode ser vencida, pelos que buscam a paz de Cristo e a dão aos outros e por todos aqueles que a não têm, oremos. 
(Outras intenções: todas as mães; jovens que casaram há um ano ...). Deus fiel e cheio de misericórdia, que prometestes vir habitar com o vosso Filho no coração dos que guardam a sua palavra, dai-nos a graça de nos sentirmos, desde agora, cidadãos da nova Jerusalém, cidade santa. Por Cristo, nosso Senhor.
 


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Subam à vossa presença, Senhor,
as nossas orações e as nossas ofertas,
de modo que, purificados pela vossa graça,
possamos participar dignamente nos sacramentos da vossa misericórdia.
Por Cristo nosso Senhor.


Prefácio Pascal I-V.



ANTÍFONA DA COMUNHÃO Cf. Jo 14, 15-16
Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que vos mando, diz o Senhor.
Eu pedirei ao Pai e Ele vos dará o Espírito Santo,
que permanecerá convosco para sempre. Aleluia.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso e eterno,
que, em Cristo ressuscitado, nos renovais para a vida eterna,
multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal
e infundi em nossos corações a força do alimento que nos salva.
Por Cristo nosso Senhor.

Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene.