segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

 

    Domingo VIII do Tempo Comum    
 ANO C   02/03/2025:



Tema do  8º Domingo do Tempo Comum:



Nem sempre o caminho é claro ao longo da viagem da vida. Ao longo do percurso, recebemos indicações, sugestões, orientações, propostas. Como discernir as indicações boas das indicações más, as que nos dão pistas certas e as que nos lançam por caminhos sem saída? Todos os que se apresentam como “guias” são dignos da nossa confiança? A Palavra de Deus que a liturgia deste domingo nos propõe convida-nos a refletir sobre isto.
No Evangelho Jesus põe os seus discípulos de sobreaviso contra os “guias cegos”, arrogantes e prepotentes, sedentos de protagonismo, cujo interesse está nos seus projetos pessoais e não no bem dos seus irmãos. Os caminhos que eles apontam não levam à vida. Os discípulos poderão detetar esses “falsos mestres” pelas suas ações e pelas suas palavras, que acabam por revelar os interesses inconfessáveis que escondem no coração. Se as propostas que nos apresentam não estão em linha com as propostas de Jesus, esses “guias” não devem ser escutados.
primeira leitura, na mesma linha, oferece-nos um conselho muito prático, mas também muito sábio: não julguemos as pessoas pela primeira impressão, pela forma como se apresentam ou pelas atitudes mais ou menos exuberantes que exibem: deixemo-las falar, escutemos o que dizem, pois as palavras revelam, mais tarde ou mais cedo, a verdade ou a mentira que há em cada coração.
segunda leitura traz-nos a conclusão de uma catequese de Paulo de Tarso sobre a ressurreição dos mortos. É uma temática substancialmente diferente da que aparece nas outras duas leituras deste domingo. Podemos, no entanto, dizer que a ressurreição, a vida plena, é a meta final do caminho para aqueles que se deixam guiar por Jesus e que vivem de acordo com o seu Evangelho.



ANTÓNIO DE ENTRADA Cf. Sl 17, 19-20
O Senhor veio em meu auxílio,
livrou-me da angústia e pôs-me em liberdade.
Levou-me para lugar seguro,
salvou-me porque me tem amor.



ORAÇÃO DA COLETA
Fazei, Senhor,
que os acontecimentos do mundo
decorram para nós segundo os vossos desígnios de paz
e a Igreja Vos possa servir na tranquilidade e na alegria.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I Sir 27, 5-8 (gr. 4-7)
«Não elogies ninguém antes de ele falar»

Esta primeira leitura prepara a terceira, e ambas têm carácter acentuadamente sapiencial; é assim que esta primeira leitura serve para ilustrar a última pequena parábola das três que o Evangelho nos apresenta. A palavra revela o que há de mais profundo no homem, os seus defeitos e as suas qualidades. Com três rápidas comparações, tiradas da experiência atentamente observada, esta breve leitura nos ensina os caminhos da sabedoria.


Leitura do Livro de Ben-Sirá
Quando agitamos o crivo, só ficam impurezas: assim os defeitos do homem aparecem nas suas palavras. O forno prova os vasos do oleiro e o homem é posto à prova pelos seus pensamentos. O fruto da árvore manifesta a qualidade do campo: assim as palavras do homem revelam os seus sentimentos. Não elogies ninguém antes de ele falar, porque é assim que se experimentam os homens.
Palavra do Senhor.




SALMO RESPONSORIAL Salmo 91 (92), 2-3.13-14.15-16 (R.cf. 2a)
Refrão: É bom louvar o Senhor. Repete-se

Ou: 

Refrão: É bom louvar-Vos, Senhor,
e cantar salmos ao vosso nome. Repete-se

É bom louvar o Senhor
e cantar salmos ao vosso nome, ó Altíssimo,
proclamar pela manhã a vossa bondade
e durante a noite a vossa fidelidade.
(Refrão)

O justo florescerá como a palmeira,
crescerá como o cedro do Líbano:
plantado na casa do Senhor,
florescerá nos átrios do nosso Deus.
(Refrão)

Mesmo na velhice dará o seu fruto,
cheio de seiva e de vigor,
para proclamar que o Senhor é justo:
n’Ele, que é o meu refúgio, não há iniquidade. 
(Refrão)



LEITURA II 1 Cor 15, 54-58
«Deu-nos a vitória por Jesus Cristo»

A terminar um longo capítulo sobre o mistério da ressurreição dos mortos, o Apóstolo entoa um hino de triunfo e ação de graças a Deus pela vitória pascal de Cristo e a nossa participação na mesma. Cristo, com a sua oblação na Cruz, venceu a morte para sempre, e deu-nos a graça de participarmos, nós mortais, nessa sua vitória pascal.


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Quando este nosso corpo corruptível se tornar incorruptível e este nosso corpo mortal se tornar imortal, então se realizará a palavra da Escritura: «A morte foi absorvida na vitória. Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão?». O aguilhão da morte é o pecado e a força do pecado é a Lei. Mas dêmos graças a Deus, que nos dá a vitória por Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, caríssimos irmãos, permanecei firmes e inabaláveis, cada vez mais diligentes na obra do Senhor, sabendo que o vosso esforço não é inútil no Senhor.
Palavra do Senhor.



ALELUIA Flp 2, 15d.16a
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vós brilhais como estrelas no mundo,
ostentando a palavra da vida. Refrão.



EVANGELHO Lc 6, 39-45
«A boca fala do que transborda do coração»

Em três breves parábolas o Senhor ensina-nos o caminho da sabedoria: o cego a guiar outro cego, o argueiro e a trave na vista e a árvore que se pode reconhecer pelo fruto. Todas elas conduzem ao que um salmo chama a “sabedoria do coração” (Sl 89), e esta irá revelar-se nas palavras que são na boca o eco do que vai no coração do homem.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos a seguinte parábola: «Poderá um cego guiar outro cego? Não cairão os dois nalguma cova? O discípulo não é superior ao mestre, mas todo o discípulo perfeito deverá ser como o seu mestre. Porque vês o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua? Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o argueiro que tens na vista’, se tu não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão. Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto: não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas das sarças. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, da sua maldade tira o mal; pois a boca fala do que transborda do coração».
Palavra da salvação.


ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Caríssimos irmãos e irmãs: Oremos, com toda a confiança, a Deus Pai, que nos oferece a vitória sobre a morte em Jesus Cristo, seu Filho e Senhor nosso, e supliquemos, dizendo (ou: cantando): 

R. Deus omnipotente, vinde em nosso auxílio. 
Ou: Ouvi-nos, Senhor. 
Ou: Ouvi, Senhor, o vosso povo. 

1. Pela nossa Diocese e cada uma das suas paróquias, pelos seus fiéis, catecúmenos e crianças e por todos os pais cristãos e seus filhos, oremos. 
2. Pelas virgens e monges de vida contemplativa, pelos religiosos e religiosas de vida activa e pelos acólitos, leitores e catequistas, oremos. 
3. Pelos homens condutores de outros homens, pelos que se dedicam às artes e à comunicação oral ou escrita e pelos que tomam as grandes decisões, oremos. 
4. Pelos que nasceram cegos e têm fé, pelos que vêem bem, mas não acreditam, e pelos que vêem mal os seus defeitos, oremos. 
5. Pelos membros da nossa assembleia celebrante, pelos que do seu coração só tiram bem e pelos que sentem prazer em fazer mal, oremos. 
(Outras intenções: trabalhadores do campo e frutos da terra...). Senhor,nosso Deus, curai o coração de todos os homens, para que o seu olhar seja perfeito, a sua palavra, verdadeira, e as suas acções, dignas e rectas. Por Cristo Senhor nosso.



ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que nos concedeis estes dons que Vos oferecemos
e nos atribuís o mérito do oferecimento,
nós Vos suplicamos:
o que nos dais como fonte de mérito
nos obtenha o prémio da felicidade eterna.
Por Cristo nosso Senhor.



ANTÍFONA DA COMUNHÃO Cf. Sl 12, 6
Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez,
exaltarei o nome do Senhor, cantarei hinos ao Altíssimo.

Ou: Cf. Mt 28, 20

Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos, diz o Senhor.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciais com os vossos dons sagrados,
concedei-nos, por este sacramento,
com que nos alimentais na vida presente,
a comunhão convosco na vida eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

 
    Domingo VII do Tempo Comum    
 ANO C   23/02/2025:



Tema do  6º Domingo do Tempo Comum:



A liturgia deste domingo desafia-nos a pôr de lado a nossa velha lógica retributiva do “olho por olho, dente por dente”, as nossas contas de mais e de menos para classificarmos os nossos irmãos e as suas ações, e a substituir tudo isso pela lógica do amor. Só assim seremos verdadeiramente filhos do nosso Pai que está no céu.
primeira leitura apresenta-nos David, o homem de coração magnânimo. Tendo a possibilidade de eliminar Saul, o inimigo que o perseguia para o matar, David decidiu não erguer a mão contra o “ungido do Senhor”. David acreditava que a vida pertence a Deus; e só Deus tem o direito de tirar a vida a alguém.
No Evangelho Jesus define os traços fundamentais da identidade do verdadeiro discípulo. De acordo com Jesus, o “amor” – o amor gratuito, incondicional, ilimitado, sem fronteiras – está no centro dessa identidade. A grande razão pela qual Jesus convida os discípulos a perdoar, a amar os inimigos, a rezar pelos violentos e os maus, é o facto de serem filhos de um Deus que é amor. Os filhos de Deus são chamados a mostrar ao mundo, com a sua forma de viver e de amar, a bondade, a ternura e a misericórdia de Deus.
Na segunda leitura Paulo de Tarso convida-nos a encararmos a morte física como a passagem para uma nova vida, ao lado de Deus, onde continuaremos a ser nós próprios, mas sem os limites que a materialidade do nosso corpo nos impõe. Estamos destinados à comunhão com Deus, a sentarmo-nos todos à mesa do Pai. Se esse é o nosso destino final, fará sentido odiarmos os nossos irmãos enquanto andamos na terra, a caminho da casa do Pai?



ANTÍFONA DE ENTRADA Cf. Sl 12, 6
Eu confio, Senhor, na vossa bondade.
O meu coração alegra-se com a vossa salvação.
Cantarei ao Senhor por tudo o que Ele fez por mim.



ORAÇÃO DA COLETA
Concedei-nos, Deus todo-poderoso,
que, meditando continuamente nas realidades espirituais,
pratiquemos sempre, em palavras e obras,
o que Vos agrada.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I 1Sm 26, 2.7-9.12-13.22-23
«O Senhor entregou-te nas minhas mãos,
mas eu não quis atentar contra ti»

Toda a palavra da Sagrada Escritura é revelação de Deus, da primeira página até à última, mas é uma revelação gradual, progressiva, que acompanha o próprio crescimento da vida de fé do povo de Deus. O que o Evangelho há de revelar acerca de Deus e dos seus desígnios de misericórdia e salvação já, sem dúvida menos claramente, o revelara o Antigo Testamento. Assim, nesta leitura, já na atitude bondosa e pacífica de David se antecipa aquela palavra da lei nova que o Senhor há de proclamar no Evangelho: “Amai-vos uns aos outros”...


Leitura do Primeiro Livro de Samuel
Naqueles dias, Saul, rei de Israel, pôs-se a caminho e desceu ao deserto de Zif com três mil homens escolhidos de Israel, para irem em busca de David no deserto. David e Abisaí penetraram de noite no meio das tropas: Saul estava deitado a dormir no acampamento, com a lança cravada na terra à sua cabeceira; Abner e a sua gente dormia à volta dele. Então Abisaí disse a David: «Deus entregou-te hoje nas mãos o teu inimigo. Deixa que de um só golpe eu o crave na terra com a sua lança e não terei de o atingir segunda vez». Mas David respondeu a Abisaí: «Não o mates. Quem poderia estender a mão contra o ungido do Senhor e ficar impune?». David levou da cabeceira de Saul a lança e o cantil e os dois foram-se embora. Ninguém viu, ninguém soube, ninguém acordou. Todos dormiam, por causa do sono profundo que o Senhor tinha feito cair sobre eles. David passou ao lado oposto e ficou ao longe, no cimo do monte, de sorte que uma grande distância os separava. Então David exclamou: «Aqui está a lança do rei. Um dos servos venha buscá-la. O Senhor retribuirá a cada um segundo a sua justiça e fidelidade. Ele entregou-te hoje nas minhas mãos e eu não quis atentar contra o ungido do Senhor».
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 1-2.3-4.8.10.12-13 (R. 8a)
Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão. Repete-se

Ou: 

Refrão: 
Senhor, sois um Deus clemente e compassivo. Repete-se


Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
(Refrão)

Ele perdoa todos os teus pecados
e cura as tuas enfermidades;
salva da morte a tua vida
e coroa-te de graça e misericórdia.
(Refrão)

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade;
não nos tratou segundo os nossos pecados,
nem nos castigou segundo as nossas culpas.
(Refrão)

Como o Oriente dista do Ocidente,
assim Ele afasta de nós os nossos pecados;
como um pai se compadece dos seus filhos,
assim o Senhor Se compadece dos que O temem. 
(Refrão)



LEITURA II 1 Cor 15, 45-49
«Assim como trazemos em nós a imagem do homem terreno,
procuremos também trazer em nós a imagem do homem celeste»

Continuando a expor a doutrina sobre a ressurreição, o Apóstolo estabelece o confronto entre o primeiro homem da primeira criação, Adão, de quem nascem todos os mortais, e o novo Adão, Cristo, o Primeiro da nova humanidade dos filhos de Deus, que vivem para Deus da vida imortal de Cristo ressuscitado.


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: O primeiro homem, Adão, foi criado como um ser vivo; o último Adão tornou-se um espírito que dá vida. O primeiro não foi o espiritual, mas o natural; depois é que veio o espiritual. O primeiro homem, tirado da terra, é terreno; o segundo homem veio do Céu. O homem que veio da terra é o modelo dos homens terrenos; o homem que veio do Céu é o modelo dos homens celestes. E assim como trouxemos em nós a imagem do homem terreno, traremos também em nós a imagem do homem celeste.
Palavra do Senhor.



ALELUIA Jo 13, 34
Refrão: Aleluia. Repete-se
Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor:
amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei. Refrão



EVANGELHO Lc 6, 27-38
«Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso»

O comportamento do discípulo de Cristo é a resposta ao que o Mestre tem para com ele, que todo se resume na palavra: “Amai-vos como Eu vos amei”. Mas, por sua vez, a atitude de Jesus para com os homens é a manifestação da atitude do coração do Pai, de quem Ele, Jesus, é a imagem perfeita, encarnada no meio dos homens. Esta imitação que somos chamados a realizar não é alguma coisa que fazemos de fora e de longe, mas como membros que somos do próprio Cristo, o Filho de Deus, no qual também nós somos filhos do Pai celeste, “filhos no Filho”.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus falou aos seus discípulos, dizendo: «Digo-vos a vós que Me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos injuriam. A quem te bater numa face, apresenta-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, deixa-lhe também a túnica. Dá a todo aquele que te pedir e ao que levar o que é teu, não o reclames. Como quereis que os outros vos façam, fazei-lho vós também. Se amais aqueles que vos amam, que agradecimento mereceis? Também os pecadores amam aqueles que os amam. Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo. E se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto. Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. Então será grande a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, que é bom até para os ingratos e os maus. Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco».
Palavra da salvação.



ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Oremos, irmãos e irmãs, ao Pai do Céu, que é misericordioso para com todos, e abramos o nosso coração às dimensões daquela oração que Jesus nos ensinou, suplicando (ou: cantando), humildemente: 

R. Abençoai, Senhor, o vosso povo. 
Ou: Senhor, socorrei-nos e salvai-nos. 
Ou: Pela vossa misericórdia, ouvi-nos, Senhor. 

1. Pela santa Igreja que se estende pelo mundo inteiro, para que, vencendo a tentação de julgar e condenar, manifeste sempre e em tudo a misericórdia de Jesus, oremos. 

2. Pelos crentes de todas as religiões da terra, para que amem aqueles que os não amam e perdoem àqueles que os perseguem, oremos. 

3. Pelos povos e países mais pobres, para que as nações mais poderosas deste mundo respeitem os seus direitos e destinos, oremos. 

4. Pelos homens violentos, como Saul, e pelos pacíficos, como David, para que não se deixem dominar pela vingança, oremos. 

5. Pelos membros da nossa assembleia, para que, por palavras e por obras, perdoem e façam o bem que agrada a Deus, oremos. 

(Outras intenções: grupos cristãos da comunidade paroquial; defuntos...). 
Senhor, nosso Deus, ensinai-nos a compreender as palavras do vosso Filho e a seguir o seu exemplo, para que o vosso amor em nós acolha todos os homens como irmãos. Por Cristo Senhor nosso.



ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que celebremos dignamente estes divinos mistérios,
de modo que os dons oferecidos para vossa glória
sejam para nós fonte de salvação eterna.
Por Cristo nosso Senhor.



ANTÍFONA DE ENTRADA Sl 9, 2-3
Cantarei todas as vossas maravilhas.
Quero alegrar-me e exultar em Vós.
Cantarei ao vosso nome, ó Altíssimo.

Ou: Cf. Jo 11, 27

Senhor, eu creio que sois Cristo, Filho de Deus vivo,
o Salvador do mundo.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Deus todo-poderoso,
que este sacramento de salvação
seja para nós penhor seguro de vida eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

 


domingo, 9 de fevereiro de 2025

    Domingo VI do Tempo Comum    
 ANO C   16/02/2025:


Tema do  6º Domingo do Tempo Comum:

A Palavra de Deus que nos é proposta neste sexto domingo comum fala-nos de opções, de escolhas acertadas para construir uma vida com sentido. De um lado está o caminho que Deus propõe; do outro está o caminho que nos é apontado pela lógica dos homens. O caminho que Deus aponta parece um caminho “improvável” e obriga-nos frequentemente a navegar contra a corrente; mas é, garantidamente, o caminho que nos leva à vida verdadeira.

Na primeira leitura o profeta Jeremias garante que, se apostarmos tudo em realidades humanas e efémeras estaremos a desperdiçar a nossa existência; mas se colocarmos a nossa esperança em Deus e aceitarmos viver de acordo com as indicações de Deus, encontraremos vida em abundância e felicidade sem fim.

No Evangelho Jesus mostra aos discípulos e à multidão como chegar à felicidade verdadeira. O caminho que Ele aponta – o das “bem-aventuranças” – contradiz absolutamente a lógica humana e inverte completamente a nossa escala de valores; mas apresenta-se com o selo de garantia do próprio Deus. De acordo com Jesus, é o caminho para um mundo mais humano, mais fraterno e mais feliz.

Na segunda leitura Paulo, dirigindo-se aos cristãos de Corinto – e aos crentes de todos os lugares e tempos – convida-os a acreditar na ressurreição e a viver de olhos postos no mundo que há de vir. Se esse for o nosso horizonte, saberemos que as coisas deste mundo são passageiras e não devem ser a prioridade da nossa vida.


ANTÍFONA DE ENTRADA Cf. Sl 30, 3-4
Sede a rocha do meu refúgio, Senhor,
e a fortaleza da minha salvação.
Para glória do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.



ORAÇÃO DA COLETA
Senhor nosso Deus,
que prometestes estar presente
nos corações retos e sinceros,
ajudai-nos, com a vossa graça, a viver de tal modo
que mereçamos ser vossa morada.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I Jr 17, 5-8
«Maldito quem confia no homem;
bendito quem confia no Senhor»

A vida do crente em Deus, e mais ainda do crente em Jesus Cristo, é orientada por uma sabedoria mais do que humana. Já desde o Antigo Testamento que esta sabedoria orientou os membros do povo da Aliança. Guiado, por ela, o homem pode distinguir sempre diante de si dois caminhos: o que lhe é apontado pela luz que vem de Deus e que a Deus conduz, e o que é iluminado só pelas luzes que vêm dos homens e que, por isso, não pode levar mais longe do que o horizonte do mesmo homem. O que segue por este último caminho será maldito, enquanto que o que envereda pelo primeiro será feliz e abençoado.


Leitura do Livro de Jeremias
Eis o que diz o Senhor: «Maldito quem confia no homem e põe na carne toda a sua esperança, afastando o seu coração do Senhor. Será como o cardo na estepe, que nem percebe quando chega a felicidade: habitará na aridez do deserto, terra salobre, onde ninguém habita. Bendito quem confia no Senhor e põe no Senhor a sua esperança. É como a árvore plantada à beira da água, que estende as suas raízes para a corrente: nada tem a temer quando vem o calor e a sua folhagem mantém-se sempre verde; em ano de estiagem não se inquieta e não deixa de produzir os seus frutos».
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 1, 1-2.3.4.6 (R. Salmo 39, 5a)
Refrão: Feliz o homem que pôs a sua esperança no Senhor. Repete-se

Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor,
e nela medita dia e noite. 
(Refrão)

É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido.
(Refrão)

Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição.
(Refrão)



LEITURA II 1Cor 15, 12.16-20
«Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé»

A ressurreição é um artigo da fé cristã, expressamente proclamado no Credo. A ressurreição dos homens é consequência imediata da ressurreição do Senhor. Se Ele ressuscitou, os que n’Ele creem e esperam, os que, por isso, estão em Cristo, também com Ele ressuscitarão. A Eucaristia, como aliás todos os sacramentos, celebra, em última análise, o mistério da Morte do Senhor, que, por ela, passou à vida do Ressuscitado. É este afinal o mistério da Páscoa cristã.


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Se pregamos que Cristo ressuscitou dos mortos, porque dizem alguns no meio de vós que não há ressurreição dos mortos? Se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, ainda estais nos vossos pecados; e assim, os que morreram em Cristo pereceram também. Se é só para a vida presente que temos posta em Cristo a nossa esperança, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas não. Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram.
Palavra do Senhor.



ALELUIA Lc 6, 23ab
Refrão: Aleluia. Repete-se
Alegrai-vos e exultai, diz o Senhor,
porque é grande no Céu a vossa recompensa. Refrão



EVANGELHO Lc 6, 17.20-26
«Bem-aventurados os pobres.
Ai de vós, os ricos»

A perspectiva dos dois caminhos, já apontada no Antigo Testamento, é retomada, e com muito mais clareza, por Jesus. São as célebres “Bem-aventuranças”, que S. Lucas resume em quatro, contrapondo-lhes, em compensação, outras tantas “maldições”. É este um jeito literário, frequente também nos salmos, de expor uma ideia, primeiro afirmativamente, depois negando o ponto de visa oposto. Aqui a ideia resulta clara: o ideal do Reino dos céus não se rege por critérios terrenos. É preciso aceitar os critérios de Deus.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus desceu do monte, na companhia dos Apóstolos, e deteve-Se num sítio plano, com numerosos discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e Sidónia. Erguendo então os olhos para os discípulos, disse: Bem-aventurados vós, os pobres, porque é vosso o reino de Deus. Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem e insultarem e proscreverem o vosso nome como infame, por causa do Filho do homem. Alegrai-vos e exultai nesse dia, porque é grande no Céu a vossa recompensa. Era assim que os seus antepassados tratavam os profetas. Mas ai de vós, os ricos, porque já recebestes a vossa consolação. Ai de vós, que agora estais saciados, porque haveis de ter fome. Ai de vós, que rides agora, porque haveis de entristecer-vos e chorar. Ai de vós, quando todos os homens vos elogiarem. Era assim que os seus antepassados tratavam os falsos profetas.
Palavra da salvação.



ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Irmãos e irmãs caríssimos: Invoquemos Jesus Cristo, que prometeu a bem-aventurança aos que têm fome e sede de justiça, e digamos (ou: e cantemos), confiantes: 

R. Cristo, ouvi-nos. Cristo, atendei-nos. 
Ou: Jesus Cristo, ouvi-nos. 
Ou: Ouvi-nos, ó Rei da eterna glória. 

1. Pelo nosso Bispo N. e pelos presbíteros e diáconos, para que, no fervor da fé e do testemunho, anunciem que Jesus ressuscitou dos mortos, oremos. 

2. Pelos pobres, para que o Senhor lhes dê esperança, e pelos ricos, para que lhes converta o coração e lhes dê gosto de repartir com quem não tem, oremos. 

3. Pelos que têm fome, para que encontrem o pão de cada dia, e pelos que vivem na abundância, para que tenham fome de Deus e da sua justiça, oremos. 

4. Pelos que choram enquanto vivem neste mundo, para que o Senhor os console no seu amor, e pelos que riem, para que lhes purifique os sentimentos, oremos. 

5. Pelos que são rejeitados e insultados, para que Jesus os una à sua Paixão, e lhes revele o mistério da sua Cruz gloriosa, oremos. 

(Outras intenções: crianças que vão comungar este ano pela primeira vez...). 
Senhor Jesus Cristo, que quisestes experimentar a perseguição e a pobreza, a fome, a incompreensão e a dor, dai-nos a graça de sentir a força da vossa ressurreição e ensinai-nos a falar da felicidade que a todos prometeis. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. 



ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

Concedei, Senhor, que estes dons sagrados
nos purifiquem e renovem,
para que, obedecendo sempre à vossa vontade,
alcancemos a recompensa eterna.
Por Cristo nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sl 77, 29-30
O Senhor deu-lhes o pão do céu:
comeram e ficaram saciados.

Ou: Jo 3, 16

Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão do céu,
fazei que busquemos sempre
aquelas realidades que nos dão a verdadeira vida.
Por Cristo nosso Senhor.
 


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

     

    Domingo V do Tempo Comum    
 ANO C  -  09/02/2025:


Tema do  5º Domingo do Tempo Comum:


A liturgia deste domingo fala-nos de “vocação”. Lembra-nos que Deus conta connosco para concretizar o seu projeto de salvação para o mundo e para os homens. Desafia-nos a responder com generosidade ao chamamento de Deus.

primeira leitura traz-nos a descrição plástica do chamamento de um profeta – Isaías. Enquanto dialoga com Deus, Isaías apercebe-se de que Deus tem planos para ele. Apesar de se sentir frágil e indigno, Isaías abraça o convite de Deus e responde, com toda a convicção: “eis-me aqui: podeis enviar-me”. A resposta de Isaías poderia muito bem ser o modelo da nossa resposta ao Deus que chama.

No Evangelho, Lucas oferece-nos uma imagem do “barco de Simão Pedro”, metáfora da comunidade cristã. Jesus está lá, sentado a ensinar todos aqueles que se dispõem a escutá-l’O. Os que viajam nesse barco devem orientar-se pela Palavra e pelas indicações de Jesus. O Mestre quer entregar-lhes uma missão: serem “pescadores de homens”. Eles são chamados a trabalhar com Jesus na libertação de todos os homens e mulheres afogados no sofrimento sem sentido.

Na segunda leitura, São Paulo fala-nos da ressurreição de Cristo, uma realidade que nos abre perspetivas novas e que nos permite encarar a vida com esperança. Recorda-nos que somos chamados – como o próprio Paulo foi – a acreditarmos e a sermos testemunhas da vida nova que brota de Jesus e da sua proposta.


ANTÍFONA DE ENTRADA Sl 94, 6-7
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus.



ORAÇÃO DA COLETA
Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família;
e, porque só em Vós põe a sua confiança,
defendei-a sempre com a vossa proteção.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.




LEITURA I Is 6, 1-2a.3-8
«Eis-me aqui: podeis enviar-me»

Esta leitura apresenta a vocação de Isaías e a sua missão, para introduzir a missão dos Apóstolos, de que falará o Evangelho. A vocação e a missão vêm de Deus, são dom seu. Em presença de tais dons, ao homem compete simplesmente responder e deixar-se enviar, porque a obra a que é enviado é toda de Deus. Foi por isso que o profeta começou por sentir-se envolvido em sinais da presença e da santidade de Deus. E ao reconhecer que Deus o chamava, respondeu a esse chamamento e deixou-se enviar para a missão a que Deus o destinava.


Leitura do Livro de Isaías
No ano em que morreu Ozias, rei de Judá, vi o Senhor, sentado num trono alto e sublime; a fímbria do seu manto enchia o templo. À sua volta estavam serafins de pé, que tinham seis asas cada um e clamavam alternadamente, dizendo: «Santo, santo, santo é o Senhor do Universo. A sua glória enche toda a terra!». Com estes brados as portas oscilavam nos seus gonzos e o templo enchia-se de fumo. Então exclamei: «Ai de mim, que estou perdido, porque sou um homem de lábios impuros, moro no meio de um povo de lábios impuros e os meus olhos viram o Rei, Senhor do Universo». Um dos serafins voou ao meu encontro, tendo na mão um carvão ardente que tirara do altar com uma tenaz. Tocou-me com ele na boca e disse-me: «Isto tocou os teus lábios: desapareceu o teu pecado, foi perdoada a tua culpa». Ouvi então a voz do Senhor, que dizia: «Quem enviarei? Quem irá por nós?». Eu respondi: «Eis-me aqui: podeis enviar-me».
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 137 (138), 1-2a.2bc-3.4-5.7c-8 (R. 1c)
Refrão: Na presença dos Anjos,
eu Vos louvarei, Senhor. Repete-se

De todo o coração, Senhor, eu Vos dou graças,
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos Vos hei de cantar
e Vos adorarei, voltado para o vosso templo santo.
(Refrão)

Hei de louvar o vosso nome
pela vossa bondade e fidelidade,
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma.
(Refrão)

Todos os reis da terra Vos hão de louvar, Senhor,
quando ouvirem as palavras da vossa boca.
Celebrarão os caminhos do Senhor,
porque é grande a glória do Senhor.
(Refrão)

A vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos. 
(Refrão)



LEITURA II – Forma longa 1 Cor 15, 1-11
«É assim que pregamos e foi assim que acreditastes»

Os cristãos de Corinto, cidade grega de ambiente pagão, deviam sentir a atitude negativa dos grupos no meio dos quais viviam, em relação à ressurreição dos mortos, que até os próprios Judeus só lentamente foram admitindo. Para os cristãos, a morte e a ressurreição de Cristo constitui a base e o fundamento da sua fé. Ao afirmar o mistério pascal de Cristo, S. Paulo apresenta o núcleo central da profissão de fé da Igreja, o “Credo”.


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Recordo-vos, irmãos, o Evangelho que vos anunciei e que recebestes, no qual permaneceis e pelo qual sereis salvos, se o conservais como eu vo-lo anunciei; aliás teríeis abraçado a fé em vão. Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Em seguida apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maior parte ainda vive, enquanto alguns já faleceram. Posteriormente apareceu a Tiago e depois a todos os Apóstolos. Em último lugar, apareceu-me também a mim, como o abortivo. Porque eu sou o menor dos Apóstolos e não sou digno de ser chamado Apóstolo, por ter perseguido a Igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou aquilo que sou e a graça que Ele me deu não foi inútil. Pelo contrário, tenho trabalhado mais que todos eles, não eu, mas a graça de Deus, que está comigo. Por conseguinte, tanto eu como eles, é assim que pregamos; e foi assim que vós acreditastes.
Palavra do Senhor.



LEITURA II – Forma breve 1 Cor 15, 3-8.11
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios

Irmãos: Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Em seguida apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maior parte ainda vive, enquanto alguns já faleceram. Posteriormente apareceu a Tiago e depois a todos os Apóstolos. Em último lugar, apareceu-me também a mim, como o abortivo. Tanto eu como eles, é assim que pregamos e foi assim que vós acreditastes.
Palavra do Senhor.



ALELUIA Mt 4, 19
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vinde comigo, diz o Senhor,
e farei de vós pescadores de homens. Refrão



EVANGELHO Lc 5, 1-11
«Deixaram tudo e seguiram Jesus»

A disponibilidade verificada no profeta Isaías, vemo-la agora nos Apóstolos. É o Senhor que os envia, mas eles, por seu lado, deixam-se enviar. A obra de Deus está também nas mãos dos homens, porque Deus os quer associar a Si na obra de salvação. É, no fundo, a lei que nasce do mistério da Encarnação: Deus no homem e o homem em Deus. E a única atitude possível para o homem a quem Deus chama e envia é responder como Isaías: “Eis-me aqui”, e como Pedro: “Já que o dizes, lançarei as redes”.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, estava a multidão aglomerada em volta de Jesus, para ouvir a palavra de Deus. Ele encontrava-Se na margem do lago de Genesaré e viu dois barcos estacionados no lago. Os pescadores tinham deixado os barcos e estavam a lavar as redes. Jesus subiu para um barco, que era de Simão, e pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. Depois sentou-Se e do barco pôs-Se a ensinar a multidão. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo e lançai as redes para a pesca». Respondeu-Lhe Simão: «Mestre, andámos na faina toda a noite e não apanhámos nada. Mas, já que o dizes, lançarei as redes». Eles assim fizeram e apanharam tão grande quantidade de peixes que as redes começavam a romper-se. Fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para os virem ajudar; eles vieram e encheram ambos os barcos, de tal modo que quase se afundavam. Ao ver o sucedido, Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus e disse-Lhe: «Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador». Na verdade, o temor tinha-se apoderado dele e de todos os seus companheiros, por causa da pesca realizada. Isto mesmo sucedeu a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não temas. Daqui em diante serás pescador de homens». Tendo conduzido os barcos para terra, eles deixaram tudo e seguiram Jesus.
Palavra da salvação.




ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Caríssimos fiéis: Oremos ao Senhor do universo, para que dê aos que escutam os apóstolos deste tempo um coração aberto à sua mensagem, e peçamos (ou: e cantemos) fervorosamente: 

R. Escutai, Senhor, a oração do vosso povo. 
Ou: Mostrai-nos, Senhor, o vosso amor. 
Ou: Pela vossa misericórdia, ouvi-nos Senhor. 

1. Pelos bispos e pelos párocos do mundo inteiro, pelas Igrejas particulares e paróquias a que presidem e pelos fiéis que com eles trabalham mais de perto, oremos. 

2. Pelos responsáveis no governo das nações, pelos que promovem a prosperidade dos povos e pelos que defendem os direitos dos homens, oremos. 

3. Pelos leigos que vivem em matrimónio, pelos jovens que se preparam para o casamento e pelos lares que já não têm amor, oremos. 

4. Pelas irmãs religiosas de clausura, pelas jovens consagradas ao Senhor e pelas crianças que gostam de Jesus, oremos. 

5. Pelos membros da nossa assembleia dominical, pelos outros cristãos desta Paróquia e pelos homens e mulheres que não têm fé, oremos. 

(Outras intenções: vocações ao ministério ordenado; nossos defuntos...). E scutai, Senhor, as nossas orações e enchei-nos da vossa graça, para proclamarmos que só Vós sois Santo e nos colocarmos inteiramente ao serviço do Evangelho. Por Cristo Senhor nosso.



ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que criastes o pão e o vinho para auxílio da nossa fraqueza
concedei que eles se tornem para nós
sacramento de vida eterna.
Por Cristo nosso Senhor.



ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sl 106, 8-9
Dêmos graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens,
porque Ele deu de beber aos que tinham sede
e saciou os que tinham fome.


Ou: Mt 5, 5-6


Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus,
que nos fizestes participantes do mesmo pão e do mesmo cálice,
concedei que, unidos na alegria e no amor de Cristo,
dêmos fruto abundante para a salvação do mundo.
Por Cristo nosso Senhor.