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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

 
    Domingo VII do Tempo Comum    
 ANO C   23/02/2025:



Tema do  6º Domingo do Tempo Comum:



A liturgia deste domingo desafia-nos a pôr de lado a nossa velha lógica retributiva do “olho por olho, dente por dente”, as nossas contas de mais e de menos para classificarmos os nossos irmãos e as suas ações, e a substituir tudo isso pela lógica do amor. Só assim seremos verdadeiramente filhos do nosso Pai que está no céu.
primeira leitura apresenta-nos David, o homem de coração magnânimo. Tendo a possibilidade de eliminar Saul, o inimigo que o perseguia para o matar, David decidiu não erguer a mão contra o “ungido do Senhor”. David acreditava que a vida pertence a Deus; e só Deus tem o direito de tirar a vida a alguém.
No Evangelho Jesus define os traços fundamentais da identidade do verdadeiro discípulo. De acordo com Jesus, o “amor” – o amor gratuito, incondicional, ilimitado, sem fronteiras – está no centro dessa identidade. A grande razão pela qual Jesus convida os discípulos a perdoar, a amar os inimigos, a rezar pelos violentos e os maus, é o facto de serem filhos de um Deus que é amor. Os filhos de Deus são chamados a mostrar ao mundo, com a sua forma de viver e de amar, a bondade, a ternura e a misericórdia de Deus.
Na segunda leitura Paulo de Tarso convida-nos a encararmos a morte física como a passagem para uma nova vida, ao lado de Deus, onde continuaremos a ser nós próprios, mas sem os limites que a materialidade do nosso corpo nos impõe. Estamos destinados à comunhão com Deus, a sentarmo-nos todos à mesa do Pai. Se esse é o nosso destino final, fará sentido odiarmos os nossos irmãos enquanto andamos na terra, a caminho da casa do Pai?



ANTÍFONA DE ENTRADA Cf. Sl 12, 6
Eu confio, Senhor, na vossa bondade.
O meu coração alegra-se com a vossa salvação.
Cantarei ao Senhor por tudo o que Ele fez por mim.



ORAÇÃO DA COLETA
Concedei-nos, Deus todo-poderoso,
que, meditando continuamente nas realidades espirituais,
pratiquemos sempre, em palavras e obras,
o que Vos agrada.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I 1Sm 26, 2.7-9.12-13.22-23
«O Senhor entregou-te nas minhas mãos,
mas eu não quis atentar contra ti»

Toda a palavra da Sagrada Escritura é revelação de Deus, da primeira página até à última, mas é uma revelação gradual, progressiva, que acompanha o próprio crescimento da vida de fé do povo de Deus. O que o Evangelho há de revelar acerca de Deus e dos seus desígnios de misericórdia e salvação já, sem dúvida menos claramente, o revelara o Antigo Testamento. Assim, nesta leitura, já na atitude bondosa e pacífica de David se antecipa aquela palavra da lei nova que o Senhor há de proclamar no Evangelho: “Amai-vos uns aos outros”...


Leitura do Primeiro Livro de Samuel
Naqueles dias, Saul, rei de Israel, pôs-se a caminho e desceu ao deserto de Zif com três mil homens escolhidos de Israel, para irem em busca de David no deserto. David e Abisaí penetraram de noite no meio das tropas: Saul estava deitado a dormir no acampamento, com a lança cravada na terra à sua cabeceira; Abner e a sua gente dormia à volta dele. Então Abisaí disse a David: «Deus entregou-te hoje nas mãos o teu inimigo. Deixa que de um só golpe eu o crave na terra com a sua lança e não terei de o atingir segunda vez». Mas David respondeu a Abisaí: «Não o mates. Quem poderia estender a mão contra o ungido do Senhor e ficar impune?». David levou da cabeceira de Saul a lança e o cantil e os dois foram-se embora. Ninguém viu, ninguém soube, ninguém acordou. Todos dormiam, por causa do sono profundo que o Senhor tinha feito cair sobre eles. David passou ao lado oposto e ficou ao longe, no cimo do monte, de sorte que uma grande distância os separava. Então David exclamou: «Aqui está a lança do rei. Um dos servos venha buscá-la. O Senhor retribuirá a cada um segundo a sua justiça e fidelidade. Ele entregou-te hoje nas minhas mãos e eu não quis atentar contra o ungido do Senhor».
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 1-2.3-4.8.10.12-13 (R. 8a)
Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão. Repete-se

Ou: 

Refrão: 
Senhor, sois um Deus clemente e compassivo. Repete-se


Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
(Refrão)

Ele perdoa todos os teus pecados
e cura as tuas enfermidades;
salva da morte a tua vida
e coroa-te de graça e misericórdia.
(Refrão)

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade;
não nos tratou segundo os nossos pecados,
nem nos castigou segundo as nossas culpas.
(Refrão)

Como o Oriente dista do Ocidente,
assim Ele afasta de nós os nossos pecados;
como um pai se compadece dos seus filhos,
assim o Senhor Se compadece dos que O temem. 
(Refrão)



LEITURA II 1 Cor 15, 45-49
«Assim como trazemos em nós a imagem do homem terreno,
procuremos também trazer em nós a imagem do homem celeste»

Continuando a expor a doutrina sobre a ressurreição, o Apóstolo estabelece o confronto entre o primeiro homem da primeira criação, Adão, de quem nascem todos os mortais, e o novo Adão, Cristo, o Primeiro da nova humanidade dos filhos de Deus, que vivem para Deus da vida imortal de Cristo ressuscitado.


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: O primeiro homem, Adão, foi criado como um ser vivo; o último Adão tornou-se um espírito que dá vida. O primeiro não foi o espiritual, mas o natural; depois é que veio o espiritual. O primeiro homem, tirado da terra, é terreno; o segundo homem veio do Céu. O homem que veio da terra é o modelo dos homens terrenos; o homem que veio do Céu é o modelo dos homens celestes. E assim como trouxemos em nós a imagem do homem terreno, traremos também em nós a imagem do homem celeste.
Palavra do Senhor.



ALELUIA Jo 13, 34
Refrão: Aleluia. Repete-se
Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor:
amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei. Refrão



EVANGELHO Lc 6, 27-38
«Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso»

O comportamento do discípulo de Cristo é a resposta ao que o Mestre tem para com ele, que todo se resume na palavra: “Amai-vos como Eu vos amei”. Mas, por sua vez, a atitude de Jesus para com os homens é a manifestação da atitude do coração do Pai, de quem Ele, Jesus, é a imagem perfeita, encarnada no meio dos homens. Esta imitação que somos chamados a realizar não é alguma coisa que fazemos de fora e de longe, mas como membros que somos do próprio Cristo, o Filho de Deus, no qual também nós somos filhos do Pai celeste, “filhos no Filho”.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus falou aos seus discípulos, dizendo: «Digo-vos a vós que Me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos injuriam. A quem te bater numa face, apresenta-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, deixa-lhe também a túnica. Dá a todo aquele que te pedir e ao que levar o que é teu, não o reclames. Como quereis que os outros vos façam, fazei-lho vós também. Se amais aqueles que vos amam, que agradecimento mereceis? Também os pecadores amam aqueles que os amam. Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo. E se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto. Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. Então será grande a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, que é bom até para os ingratos e os maus. Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco».
Palavra da salvação.



ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Oremos, irmãos e irmãs, ao Pai do Céu, que é misericordioso para com todos, e abramos o nosso coração às dimensões daquela oração que Jesus nos ensinou, suplicando (ou: cantando), humildemente: 

R. Abençoai, Senhor, o vosso povo. 
Ou: Senhor, socorrei-nos e salvai-nos. 
Ou: Pela vossa misericórdia, ouvi-nos, Senhor. 

1. Pela santa Igreja que se estende pelo mundo inteiro, para que, vencendo a tentação de julgar e condenar, manifeste sempre e em tudo a misericórdia de Jesus, oremos. 

2. Pelos crentes de todas as religiões da terra, para que amem aqueles que os não amam e perdoem àqueles que os perseguem, oremos. 

3. Pelos povos e países mais pobres, para que as nações mais poderosas deste mundo respeitem os seus direitos e destinos, oremos. 

4. Pelos homens violentos, como Saul, e pelos pacíficos, como David, para que não se deixem dominar pela vingança, oremos. 

5. Pelos membros da nossa assembleia, para que, por palavras e por obras, perdoem e façam o bem que agrada a Deus, oremos. 

(Outras intenções: grupos cristãos da comunidade paroquial; defuntos...). 
Senhor, nosso Deus, ensinai-nos a compreender as palavras do vosso Filho e a seguir o seu exemplo, para que o vosso amor em nós acolha todos os homens como irmãos. Por Cristo Senhor nosso.



ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que celebremos dignamente estes divinos mistérios,
de modo que os dons oferecidos para vossa glória
sejam para nós fonte de salvação eterna.
Por Cristo nosso Senhor.



ANTÍFONA DE ENTRADA Sl 9, 2-3
Cantarei todas as vossas maravilhas.
Quero alegrar-me e exultar em Vós.
Cantarei ao vosso nome, ó Altíssimo.

Ou: Cf. Jo 11, 27

Senhor, eu creio que sois Cristo, Filho de Deus vivo,
o Salvador do mundo.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Deus todo-poderoso,
que este sacramento de salvação
seja para nós penhor seguro de vida eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

 


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