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quinta-feira, 15 de maio de 2025

  

    DOMINGO VI DA PÁSCOA    
ANO C   -   25/05/2025:


Tema do 6.º Domingo do Tempo Pascal



Na liturgia do sexto domingo do tempo pascal sobressai a promessa de Jesus de acompanhar e de orientar os seus discípulos ao longo de todo o caminho histórico que eles vão percorrer. Alimentados pela Palavra de Jesus, conduzidos pelo Espírito, os discípulos caminham ao encontro da cidade perfeita, onde os espera o abraço eterno de Deus.

No Evangelho Jesus, na véspera da sua morte, despede-se dos discípulos. Diz-lhes que vai para o Pai, mas que estará sempre em comunhão com eles. O Espírito Santo que vão receber ensinará aos discípulos “todas as coisas”, recordar-lhes-á tudo o que Jesus lhes disse enquanto andou com eles, fará com que eles se mantenham em comunhão com Jesus. Dessa forma os discípulos poderão continuar no mundo o projeto de Jesus, até ao reencontro final com Ele.

primeira leitura mostra-nos a comunidade dos discípulos de Jesus a caminhar pela história e a ser confrontada com novos desafios e com novas realidades. Cumpre-se o que Jesus tinha dito: o Espírito Santo, dom de Deus, ajuda os discípulos a discernir o caminho certo, a separar o essencial do acessório, a desenhar caminhos por onde o Evangelho chegue a todos os povos da terra.

Na segunda leitura, apresenta-se mais uma vez a meta final da caminhada da Igreja: a “Jerusalém messiânica”, a cidade da luz e da paz, o Templo perfeito onde os discípulos do “Cordeiro” (Jesus) viverão em comunhão plena com Deus.
 


ANTÍFONA DE ENTRADA Cf. Is 48, 20
Anunciai com brados de alegria, proclamai aos confins da terra:
O Senhor libertou o seu povo. Aleluia.


Diz-se o Glória.



ORAÇÃO DA COLETA
Deus todo-poderoso,
concedei-nos a graça de viver dignamente estes dias de alegria,
em honra de Cristo ressuscitado,
de modo que a nossa vida corresponda sempre
aos mistérios que celebramos.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I Atos 15, 1-2.22-29
«O Espírito Santo e nós decidimos não vos impor mais nenhuma obrigação, além destas que são necessárias»

Em Jerusalém, no seu primeiro Concílio, a Igreja, assistida do Espírito Santo, reafirma a liberdade, que Cristo nos trouxe, ao decidir admitir no seu seio os convertidos do paganismo, sem terem de se sujeitar às prescrições da lei mosaica.
Animada pelo Espírito Santo, que inspira as suas decisões e sustenta a sua actividade missionária, a Igreja aparece-nos assim, desde os seus primeiros dias, como uma comunidade sem fronteiras, aberta a todos os homens, de qualquer raça ou cultura unida no amor e na fidelidade ao Colégio Apostólico.


Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, alguns homens que desceram da Judeia ensinavam aos irmãos de Antioquia: «Se não receberdes a circuncisão, segundo a Lei de Moisés, não podereis salvar-vos». Isto provocou muita agitação e uma discussão intensa que Paulo e Barnabé tiveram com eles. Então decidiram que Paulo e Barnabé e mais alguns discípulos subissem a Jerusalém, para tratarem dessa questão com os Apóstolos e os anciãos. Os Apóstolos e os anciãos, de acordo com toda a Igreja, decidiram escolher alguns irmãos e mandá-los a Antioquia com Barnabé e Paulo. Eram Judas, a quem chamavam Barsabás, e Silas, homens de autoridade entre os irmãos. Mandaram por eles esta carta: «Os Apóstolos e os anciãos, irmãos vossos, saúdam os irmãos de origem pagã residentes em Antioquia, na Síria e na Cilícia. Tendo sabido que, sem nossa autorização, alguns dos nossos vos foram inquietar, perturbando as vossas almas com as suas palavras, resolvemos, de comum acordo, escolher delegados para vo-los enviarmos, juntamente com os nossos queridos Barnabé e Paulo, homens que expuseram a sua vida pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso vos mandamos Judas e Silas, que vos transmitirão de viva voz as nossas decisões. O Espírito Santo e nós decidimos não vos impor mais nenhuma obrigação, além destas que são indispensáveis: abster-vos da carne imolada aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e das relações imorais. Procedereis bem, evitando tudo isso. Adeus».
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 66 (67), 2-3.5.6.8 (R. 4)
Refrão: Louvado sejais, Senhor, pelos povos de toda a terra. Repete-se


Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os vossos caminhos
e entre os povos a vossa salvação. 
(Refrão)


Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações 
sobre a terra.
(Refrão)


Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu louvor aos confins da terra.
(Refrão)



LEITURA II Ap 21, 10-14.22-23
«Mostrou-me a cidade santa, que descia do Céu»

A Igreja é a nova Jerusalém, alicerçada sobre a fé dos Apóstolos, na qual se reunirão, chamados por Cristo Ressuscitado, os homens dos quatro cantos da terra, para viverem em comunhão perfeita com Deus e com os irmãos.
S. João contemplou-a em todo o seu esplendor e perfeição. Contudo, ela está ainda a caminhar, na humildade e na dor ao longo dos séculos, na esperança de resplandecer de glória, quando chegar a plenitude dos tempos. A nova Jerusalém está ainda em construção e cada um de nós é uma pedra viva dessa morada de Deus, pedra trabalhada pelo Espírito Santo, recebido no Batismo e no Crisma.


Leitura do Livro do Apocalipse
Um Anjo transportou-me em espírito ao cimo de uma alta montanha e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém, que descia do Céu, da presença de Deus, resplandecente da glória de Deus. O seu esplendor era como o de uma pedra preciosíssima, como uma pedra de jaspe cristalino. Tinha uma grande e alta muralha, com doze portas e, junto delas, doze Anjos; tinha também nomes gravados, os nomes das doze tribos dos filhos de Israel: três portas a nascente, três portas ao norte, três portas ao sul e três portas a poente. A muralha da cidade tinha na base doze reforços salientes e neles doze nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro. Na cidade não vi nenhum templo, porque o seu templo é o Senhor Deus omnipotente e o Cordeiro. A cidade não precisa da luz do sol nem da lua, porque a glória de Deus a ilumina e a sua lâmpada é o Cordeiro.
Palavra do Senhor.


Em vez da leitura precedente pode utilizar-se a seguinte:


LEITURA II Ap 22, 12-14.16-17.20
«Vem, Senhor Jesus»


Leitura do Livro do Apocalipse
Eu, João, ouvi uma voz que me dizia: «Eis que venho em breve e trago comigo a recompensa, para dar a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ómega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Felizes os que lavam as suas vestes, para terem direito à árvore da vida e poderem entrar, pelas portas, na cidade. Eu, Jesus, enviei o meu Anjo para vos dar testemunho no que diz respeito às Igrejas. Eu sou o rebento da descendência de David, a estrela brilhante da manhã». O Espírito e a Esposa dizem: «Vem!». E aquele que ouvir diga: «Vem!». Quem tem sede, venha; e quem a deseja, receba de graça a água da vida. Aquele que dá testemunho destas coisas diz: «Sim, Eu venho em breve». Amen! Vem, Senhor Jesus!
Palavra do Senhor.



ALELUIA Jo 14, 23
Refrão: Aleluia. Repete-se
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra.
Meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada. Refrão



EVANGELHO Jo 14, 23-29
«O Espírito Santo vos recordará tudo o que Eu vos disse»

Ao terminar o primeiro discurso de despedida, após a Ceia, Jesus promete aos Seus discípulos o Espírito Santo, que lhes fará compreender, perfeitamente, a Sua mensagem, os ajudará a viver o Evangelho em todas as circunstâncias e os manterá em comunhão com Deus e os irmãos, de modo a gozarem sempre aquela paz, que em si encerra todos os bens messiânicos.
Seguros da presença do Espírito Santo na Igreja e nas suas almas, os cristãos podem, portanto, manter-se confiantes e alegres, por maiores que sejam as transformações por que passe a sociedade e por maiores que sejam as dificuldades que a Igreja conheça.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quem Me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou. Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse. Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. Ouvistes que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis».
Palavra da salvação.


Em vez do Evangelho precedente pode utilizar-se o seguinte com o respectivo aleluia.



ALELUIA cf. Jo 14, 18
Refrão: Aleluia. Repete-se
Não vos deixarei órfãos, diz o Senhor:
vou partir, mas virei de novo e alegrar-se-á o vosso coração. Refrão



EVANGELHO Jo 17, 20-26
«Sejam consumados na unidade»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai santo, não peço somente por eles, mas também por aqueles que vão acreditar em Mim por meio da sua palavra, para que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me enviaste. Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste, para que sejam um, como Nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que sejam consumados na unidade e o mundo reconheça que Tu Me enviaste e que os amaste como a Mim. Pai, quero que onde Eu estou, também estejam comigo os que Me deste, para que vejam a minha glória, a glória que Me deste, por Me teres amado antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes reconheceram que Tu Me enviaste. Dei-lhes a conhecer o teu nome e dá-lo-ei a conhecer, para que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu esteja neles».
Palavra da salvação.


Diz-se o Credo.


ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Irmãs e irmãos: Oremos a Deus, nosso Pai, para que nos envie a sua paz e o seu Espírito e nos ensine a permanecer no seu amor, dizendo (ou: cantando), com fé: 

R. Mandai, Senhor, o vosso Espírito. 
Ou: Ouvi-nos, Senhor. 
Ou: Abençoai, Senhor, a vossa Igreja.
 
1. Pela Igreja, templo santo de Deus vivo, esposa de Cristo, resplandecente de beleza e de graça, que ensina aos homens o caminho da verdade, oremos. 
2. Pelo Papa N., pelos bispos, presbíteros e diáconos, pelos fiéis que dão testemunho do Evangelho e pelos que estão atentos à voz do Espírito, oremos. 
3. Pelos que lutam pela paz em toda a terra, pelos que acreditam que ela é possível e por aqueles que a imploram sem cessar, oremos. 
4. Pelos que guardam a palavra de Jesus, por todos os que O amam e O adoram e por aqueles que se perturbam e têm medo, oremos. 
5. Pelos que acreditam que a violência pode ser vencida, pelos que buscam a paz de Cristo e a dão aos outros e por todos aqueles que a não têm, oremos. 
(Outras intenções: todas as mães; jovens que casaram há um ano ...). Deus fiel e cheio de misericórdia, que prometestes vir habitar com o vosso Filho no coração dos que guardam a sua palavra, dai-nos a graça de nos sentirmos, desde agora, cidadãos da nova Jerusalém, cidade santa. Por Cristo, nosso Senhor.
 


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Subam à vossa presença, Senhor,
as nossas orações e as nossas ofertas,
de modo que, purificados pela vossa graça,
possamos participar dignamente nos sacramentos da vossa misericórdia.
Por Cristo nosso Senhor.


Prefácio Pascal I-V.



ANTÍFONA DA COMUNHÃO Cf. Jo 14, 15-16
Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que vos mando, diz o Senhor.
Eu pedirei ao Pai e Ele vos dará o Espírito Santo,
que permanecerá convosco para sempre. Aleluia.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso e eterno,
que, em Cristo ressuscitado, nos renovais para a vida eterna,
multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal
e infundi em nossos corações a força do alimento que nos salva.
Por Cristo nosso Senhor.

Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene.

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