segunda-feira, 1 de agosto de 2022

 

DOMINGO XIX DO TEMPO COMUM 
 -  ANO C  -  07/08/2022:

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Tema do Domingo 19º do Tempo Comum - Ano C


A Palavra de Deus que a liturgia de hoje nos propõe convida-nos à vigilância: o verdadeiro discípulo não vive de braços cruzados, numa existência de comodismo e resignação, mas está sempre atento e disponível para acolher o Senhor, para escutar os seus apelos e para construir o “Reino”.

A primeira leitura apresenta-nos as palavras de um “sábio” anónimo, para quem só a atenção aos valores de Deus gera vida e felicidade. A comunidade israelita – confrontada com um mundo pagão e imoral, que questiona os valores sobre os quais se constrói a comunidade do Povo de Deus – deve, portanto, ser uma comunidade “vigilante”, que consegue discernir entre os valores efémeros e os valores duradouros.
A segunda leitura apresenta Abraão e Sara, modelos de fé para os crentes de todas as épocas. Atentos aos apelos de Deus, empenhados em responder aos seus desafios, conseguiram descobrir os bens futuros nas limitações e na caducidade da vida presente. É essa atitude que o autor da Carta aos Hebreus recomenda aos crentes, em geral.
O Evangelho apresenta uma catequese sobre a vigilância. Propõe aos discípulos de todas as épocas uma atitude de espera serena e atenta do Senhor, que vem ao nosso encontro para nos libertar e para nos inserir numa dinâmica de comunhão com Deus. O verdadeiro discípulo é aquele que está sempre preparado para acolher os dons de Deus, para responder aos seus apelos e para se empenhar na construção do “Reino”.



ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 73, 20.19.22.23 
Lembrai-Vos, Senhor, da vossa aliança, 
não esqueçais para sempre a vida dos vossos fiéis. 
Levantai-Vos, Senhor, defendei a vossa causa, 
escutai a voz daqueles que Vos procuram. 



LEITURA I Sab 18, 6-9 
«Da mesma forma castigastes os adversários 
e nos cobristes de glória, chamando-nos a Vós» 

A leitura do Evangelho vai dizer-nos que devemos estar sempre de vigia, como quem guarda a casa de noite. Daí que esta primeira leitura nos recorde que foi também numa noite que o Senhor passou pelo meio do seu povo para fazer a libertação pascal, aquando da saída do Egipto. A Vigília pascal, que mantém, todos os anos, o povo de Deus em atitude de quem vigia, é o modelo da atitude que este povo e cada um de nós há-de manter até que o Senhor volte. 


Leitura do Livro da Sabedoria 
A noite em que foram mortos os primogénitos do Egipto foi dada previamente a conhecer aos nossos antepassados, para que, sabendo com certeza a que juramentos tinham dado crédito, ficassem cheios de coragem. Ela foi esperada pelo vosso povo, como salvação dos justos e perdição dos ímpios, pois da mesma forma que castigastes os adversários, nos cobristes de glória, chamando-nos para Vós. Por isso os piedosos filhos dos justos ofereciam sacrifícios em segredo e de comum acordo estabeleceram esta lei divina: que os justos seriam solidários nos bens e nos perigos; e começaram a cantar os hinos de seus antepassados. 
Palavra do Senhor. 


SALMO RESPONSORIAL Salmo 32 (33), 1.12.18-19.20.22 (R. 12b) 

Refrão: Feliz o povo que o Senhor escolheu 
para sua herança. Repete-se 

Justos, aclamai o Senhor, 
os corações rectos devem louvá-l’O. 
Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus, 
o povo que Ele escolheu para sua herança. 
(Refrão)

Os olhos do Senhor estão voltados 
para os que O temem, 
para os que esperam na sua bondade, 
para libertar da morte as suas almas 
e os alimentar no tempo da fome.
(Refrão)

A nossa alma espera o Senhor, 
Ele é o nosso amparo e protector. 
Venha sobre nós a vossa bondade, 
porque em Vós esperamos, Senhor.
(Refrão)


LEITURA II – Forma longa Hebr 11, 1-2.8-19 
«Esperava a cidade, da qual Deus é arquitecto e construtor» 

Começamos hoje a ler uma parte da Epístola aos Hebreus, em que se faz o elogio dos nossos antepassados na fé que, seguindo os passos de Abraão, caminharam fielmente para a Terra Prometida. A fé, que é resposta do homem à palavra de Deus, é sempre a luz que ilumina toda a caminhada pascal do homem deste mundo para o Pai. 

Leitura da Epístola aos Hebreus 
Irmãos: A fé é a garantia dos bens que se esperam e a certeza das realidades que não se vêem. Ela valeu aos antigos um bom testemunho. Pela fé, Abraão obedeceu ao chamamento e partiu para uma terra que viria a receber como herança; e partiu sem saber para onde ia. Pela fé, morou como estrangeiro na terra prometida, habitando em tendas, com Isaac e Jacob, herdeiros, como ele, da mesma promessa, porque esperava a cidade de sólidos fundamentos, cujo arquitecto e construtor é Deus. Pela fé, também Sara recebeu o poder de ser mãe já depois de passada a idade, porque acreditou na fidelidade d’Aquele que lho prometeu. É por isso também que de um só homem – um homem que a morte já espreitava – nasceram descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia que há na praia do mar. Todos eles morreram na fé, sem terem obtido a realização das promessas. Mas vendo-as e saudando-as de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. Aqueles que assim falam mostram claramente que procuram uma pátria. Se pensassem na pátria de onde tinham saído, teriam tempo de voltar para lá. Mas eles aspiravam a uma pátria melhor, que era a pátria celeste. E como Deus lhes tinha preparado uma cidade, não Se envergonha de Se chamar seu Deus. Pela fé, Abraão, submetido à prova, ofereceu o seu filho único Isaac, que era o depositário das promessas, como lhe tinha sido dito: «Por Isaac será assegurada a tua descendência». Ele considerava que Deus pode ressuscitar os mortos; por isso, numa espécie de prefiguração, ele recuperou o seu filho. 
Palavra do Senhor. 


LEITURA II – Forma breve Hebr 11, 1-2.8-12 
«Esperava a cidade, da qual Deus é arquitecto e construtor» 

Leitura da Epístola aos Hebreus 
Irmãos: A fé é a garantia dos bens que se esperam e a certeza das realidades que não se vêem. Ela valeu aos antigos um bom testemunho. Pela fé, Abraão obedeceu ao chamamento e partiu para uma terra que viria a receber como herança; e partiu sem saber para onde ia. Pela fé, morou como estrangeiro na terra prometida, habitando em tendas, com Isaac e Jacob, herdeiros, como ele, da mesma promessa, porque esperava a cidade de sólidos fundamentos, cujo arquitecto e construtor é Deus. Pela fé, também Sara recebeu o poder de ser mãe já depois de passada a idade, porque acreditou na fidelidade d’Aquele que lho prometeu. É por isso também que de um só homem – um homem que a morte já espreitava – nasceram descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia que há na praia do mar. 
Palavra do Senhor. 



ALELUIA Mt 24, 42a.44 
Refrão: Aleluia. Repete-se 
Vigiai e estai preparados, 
porque na hora em que não pensais 
virá o Filho do homem. Refrão 


EVANGELHO – Forma longa Lc 12, 32-48 
«Estai vós também preparados» 

Na continuação do espírito da primeira leitura, também esta leitura evangélica nos coloca como que em atitude de vigília pascal: sobre esta Terra, esperamos e aguardamos o Senhor, que virá. Celebrando o mistério pascal em cada Eucaristia, não recordamos apenas os acontecimentos pascais do passado, mas nós próprios nos colocamos em atitude espiritual de vigília, como, de maneira mais significativa, o fazemos, uma vez por ano, na noite santa da Páscoa. A atitude contínua da Igreja é a de vigília. 


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não temas, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o reino. Vendei o que possuís e dai-o em esmola. Fazei bolsas que não envelheçam, um tesouro inesgotável nos Céus, onde o ladrão não chega nem a traça rói. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará o vosso coração. Tende os rins cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que esperam o seu senhor ao voltar do casamento, para lhe abrirem logo a porta, quando chegar e bater. Felizes esses servos, que o senhor, ao chegar, encontrar vigilantes. Em verdade vos digo: cingir-se-á e mandará que se sentem à mesa e, passando diante deles, os servirá. Se vier à meia-noite ou de madrugada, felizes serão se assim os encontrar. Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não o deixaria arrombar a sua casa. Estai vós também preparados, porque na hora em que não pensais virá o Filho do homem». Disse Pedro a Jesus: «Senhor, é para nós que dizes esta parábola, ou também para todos os outros?». O Senhor respondeu: «Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor estabelecerá à frente da sua casa, para dar devidamente a cada um a sua ração de trigo? Feliz o servo a quem o senhor, ao chegar, encontrar assim ocupado. Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens. Mas se aquele servo disser consigo mesmo: ‘O meu senhor tarda em vir’, e começar a bater em servos e servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo chegará no dia em que menos espera e a horas que ele não sabe; ele o expulsará e fará que tenha a sorte dos infiéis. O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou ou não cumpriu a sua vontade, levará muitas vergastadas. Aquele, porém, que, sem a conhecer, tenha feito acções que mereçam vergastadas, levará apenas algumas. A quem muito foi dado, muito será exigido; a quem muito foi confiado, mais se lhe pedirá». 
Palavra da salvação. 


ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Caríssimos cristãos: Oremos, em nome de toda a humanidade, ao Senhor, nosso Deus e nosso Pai, dizendo (ou: cantando), com toda a confiança:
 
R. Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia. 
Ou: Senhor, socorrei-nos e salvai-nos. 
Ou: Ouvi, Senhor, a oração do vosso povo.
 
1. Pela santa Igreja católica, pequeno rebanho de Cristo, para que o Senhor a proteja em toda a terra e a mantenha pobre, vigilante e servidora, oremos. 

2. Pelos homens que governam as nações, para que estejam ao serviço dos mais pobres a quem falta o pão de cada dia, oremos. 

3. Pelos Judeus, Muçulmanos e Cristãos, para que a fé que professam no Deus único os ensine a ser bons e a perdoar, oremos.
 
4. Pelos que trabalham no campo e dele vivem, para que o Senhor lhes dê tempos favoráveis, colheitas abundantes e o dom da paz, oremos.
 
5. Por todos nós aqui presentes em assembleia, para que Deus nos converta à sua Palavra e nos perdoe todos os pecados, oremos. 

(Outras intenções: os que proclamam os direitos de Deus e dos homens...). 
Senhor, nosso Deus, que nos mandais esperar a vossa vinda ocupados em ser bons administradores, não permitais que os nossos corações se afastem da riqueza verdadeira que sois Vós. Por Cristo Senhor nosso.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor,
os dons que Vós mesmo concedestes à vossa Igreja
e transformai-os, com o vosso poder,
em sacramento da nossa salvação.
Por Cristo nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 147,12.14 
Louva, Jerusalém, o Senhor, 
que te saciou com a flor da farinha. 

Ou Jo 6, 52 

O pão que Eu vos darei, diz o Senhor, 
é a minha carne pela vida do mundo. 


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO 
Nós Vos pedimos, Senhor, 
que a comunhão do vosso sacramento nos salve 
e nos confirme na luz da vossa verdade. 
Por Nosso Senhor.

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