DOMINGO IV do ADVENTO
ANO C - 22/12/2024:
Tema do 4º Domingo do Advento:
Nesta última etapa do “caminho do advento”, a liturgia desvela um pouco mais a identidade do menino que vem de Deus e que os homens esperam ansiosamente. Ele entra no mundo pela porta da humildade e da simplicidade; mas é “o Senhor” da história, o rei-Pastor que há de guiar-nos aos campos eternos onde há Vida em abundância.
Na primeira leitura o profeta Miqueias deixa aos habitantes de Judá um convite à esperança. Promete a esse povo humilhado, angustiado, com futuro incerto, que Deus lhe vai enviar um rei novo, humilde e bom, que inaugurará uma era de prosperidade, de justiça e de harmonia. Como pastor de Judá, ele deixar-se-á guiar pelas indicações de Deus; e será, para todos os que o esperam, “a paz”.
No Evangelho duas mulheres, grávidas de esperança, convidam-nos a centrar a nossa atenção no menino que está para chegar e a acolhê-lo convenientemente: com o mesmo amor, com a mesma alegria, com a mesma gratidão, com o mesmo espanto que elas sentiram diante da visita de Jesus. Jesus é – dizem-nos elas – o centro da história da salvação, a realização plena das promessas de Deus, o “Senhor” da história que vestiu a nossa humanidade para nos trazer a paz.
Na segunda leitura, um “mestre” cristão do séc. I oferece-nos a chave de leitura para entendermos a vida de Jesus: desde que Ele “entrou” no mundo, dispôs-se a pôr a sua vida ao serviço do plano de Deus, numa obediência total e numa entrega absoluta à vontade do Pai. É assim que são chamados a viver todos aqueles que se dispõem a acolher Jesus e a segui-l’O.
ANTÍFONA DE ENTRADA Is 45, 8Desça o orvalho do alto dos céus e as nuvens chovam o Justo.Abra-se a terra e germine o Salvador.
Não se diz o Glória.
ORAÇÃO DA COLETAInfundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas,para que nós que, pela anunciação do anjo,conhecemos a encarnação de Cristo, vosso Filho,pela sua paixão e morte na cruzalcancemos a glória da ressurreição.Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deuse convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Miq 5, 1-4a«De ti sairá Aquele que há de reinar sobre Israel»
Completando a profecia de Isaías sobre o «Emanuel» (Deus connosco), o profeta Miqueias, seu contemporâneo, anuncia o lugar do nascimento do Messias Salvador e descreve a Sua missão.Será na cidade davídica de Belém, cujo sobrenome Efrata exprime a fecundidade messiânica, que dará à luz Aquela que será a Mãe do Salvador. Aí nascerá o Rei futuro, que será Pastor do Seu Povo. Com o Seu nascimento, não só trará a Paz, reunindo os filhos de Deus dispersos, como Ele mesmo será a Paz. O Seu nascimento, com efeito, significa a presença de Deus no mundo, o fim do afastamento de Deus com o pecado e a reunificação universal dos irmãos.
Leitura da Profecia de MiqueiasEis o que diz o Senhor: «De ti, Belém-Efratá, pequena entre as cidades de Judá, de ti sairá aquele que há de reinar sobre Israel. As suas origens remontam aos tempos de outrora, aos dias mais antigos. Por isso Deus os abandonará até à altura em que der à luz aquela que há de ser mãe. Então voltará para os filhos de Israel o resto dos seus irmãos. Ele se levantará para apascentar o seu rebanho pelo poder do Senhor, pelo nome glorioso do Senhor, seu Deus. Viver-se-á em segurança, porque ele será exaltado até aos confins da terra. Ele será a paz».Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 79 (80), 2ac.3b.15-16.18-19 (R.4)Refrão: Senhor nosso Deus, fazei-nos voltar,mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos. Repete-se
Ou:
Refrão: Mostrai-nos, Senhor, o vosso rosto e seremos salvos. Repete-se
Pastor de Israel, escutai,Vós estais sobre os Querubins, aparecei.Despertai o vosso podere vinde em nosso auxílio. (Refrão)
Deus dos Exércitos, vinde de novo,olhai dos céus e vede, visitai esta vinha;protegei a cepa que a vossa mão direita plantou,o rebento que fortalecestes para Vós.(Refrão)
Estendei a mão sobre o homem que escolhestes,sobre o filho do homem que para Vós criastes.Nunca mais nos apartaremos de Vós,fazei-nos viver e invocaremos o vosso nome.(Refrão)
LEITURA II Hebr 10, 5-10«Eu venho para fazer a vossa vontade»
A entrada de Jesus no mundo está orientada para o drama da Cruz e o triunfo da Páscoa. O mistério da Encarnação é inseparável do mistério da Redenção. O esplendor da Páscoa ilumina já a aurora do Natal.O Filho de Deus, preexistente na natureza divina, desde o momento da Sua entrada no mundo pela Encarnação oferece-Se como vítima. E esta oblação divina e humana santifica e salva desde esse momento, virtualmente, unida à sua expressão prática na oblação da Cruz.Ao assumir a nossa condição humana, para a salvar, aceita os desígnios de Deus sobre Ele e ensina-nos a viver a vida como realização quotidiana da Vontade de Deus, na santificação interior, pela obediência e o amor.
Leitura da Epístola aos HebreusIrmãos: Ao entrar no mundo, Cristo disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, mas formaste-Me um corpo. Não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado. Então Eu disse: ‘Eis-Me aqui; no livro sagrado está escrito a meu respeito: Eu venho, ó Deus, para fazer a tua vontade’». Primeiro disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado». E no entanto, eles são oferecidos segundo a Lei. Depois acrescenta: «Eis-Me aqui: Eu venho para fazer a tua vontade». Assim aboliu o primeiro culto para estabelecer o segundo. É em virtude dessa vontade que nós fomos santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita de uma vez para sempre.Palavra do Senhor.
ALELUIA Mt 1, 38Refrão: Aleluia. Repete-seEis a escrava do Senhor:faça-se em mim segundo a vossa palavra. Refrão
EVANGELHO Lc 1, 39-45«Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»
As intervenções de Deus na História da Salvação são, por vezes, designadas como «visitas» do Senhor ao Seu povo. A última intervenção de Deus, com a Encarnação, é também para S. Lucas uma «visita» do Senhor aos Seus (Lc. 1, 68; 7, 16), sendo a família do Precursor a primeira a participar dela e a beneficiar.Maria aparece intimamente unida a esta «visita» do Senhor ao Seu povo. Ela é, na verdade, a morada de Deus entre os homens, a nova Arca da Aliança, perante a qual, João, ungido pelo Espírito que repousa sobre o Messias, exulta de alegria, à semelhança de David (2 S. 6, 2-16). Em Maria concretiza-se, de algum modo, o encontro de Deus com a humanidade. Ela inicia a era messiânica. É a mulher que assegura ao seu povo a vitória absoluta sobre o pecado e o mal (a saudação de Isabel lembra a que foi dirigida a Judite, após a vitória sobre os seus inimigos).Esta união continuará no prolongamento da «visita» do Senhor a todos os homens, que é a vida da Igreja.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São LucasNaqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».Palavra da salvação.
Diz-se o Credo.
ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)Irmãos e irmãs: Nós, que aguardamos a vinda de Cristo, imploremos, para a Igreja e para o mundo, os dons que só o Pai lhes pode dar, dizendo (ou: cantando), humildemente:
R. Ouvi-nos, Senhor. Ou: Cristo ouvi-nos, Cristo atendei-nos. Ou: Senhor, venha a nós o vosso reino.
1. Pelos bispos, presbíteros e diáconos, para que guardem uma fidelidade irrepreensível e levem os fiéis a progredir na santidade, oremos.
2. Pelos que, pela dor e desilusão, já não esperam nada nem ninguém, para que acreditem nas promessas do Senhor, oremos.
3. Pelos que vivem na indiferença para com Deus e pelos que deixaram embriagar-se pela vida, para que o dia do Senhor os não surpreenda, oremos.
4. Pela humanidade, para que progrida na justiça, pelos que sofrem, para que Deus os alivie, e pelos que morrem, para que ressuscitem para a Vida, oremos.
5. Pelos membros da nossa assembleia, para que, no convívio de uns com os outros, o Senhor nos faça crescer na caridade, oremos.
(Outras intenções: grandes problemas mundiais; catecúmenos...). Senhor, nosso Deus, que nos prometeis a paz e a felicidade, guardai-nos vigilantes na oração e atentos aos sinais anunciadores da vinda do vosso Filho Jesus Cristo. Ele que vive e reina por todos os séculos dos séculos.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATASAceitai, Senhor, os dons que trazemos ao vosso altare santificai-os com o mesmo Espíritoque, pelo poder da sua graça,fecundou o seio da Virgem santa Maria.Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio II ou II-A do Advento.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Is 7, 14A Virgem conceberá e dará à luz um filho.O seu nome será Emanuel, Deus-connosco.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃOTendo recebido, neste sacramento, o penhor da redenção eterna,nós Vos pedimos, Senhor:quanto mais se aproxima a festa da nossa salvação,tanto mais cresça em nós o fervorpara celebrarmos dignamente o mistério do Natal do vosso Filho.Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene.
Nesta última etapa do “caminho do advento”, a liturgia desvela um pouco mais a identidade do menino que vem de Deus e que os homens esperam ansiosamente. Ele entra no mundo pela porta da humildade e da simplicidade; mas é “o Senhor” da história, o rei-Pastor que há de guiar-nos aos campos eternos onde há Vida em abundância.
Na primeira leitura o profeta Miqueias deixa aos habitantes de Judá um convite à esperança. Promete a esse povo humilhado, angustiado, com futuro incerto, que Deus lhe vai enviar um rei novo, humilde e bom, que inaugurará uma era de prosperidade, de justiça e de harmonia. Como pastor de Judá, ele deixar-se-á guiar pelas indicações de Deus; e será, para todos os que o esperam, “a paz”.
No Evangelho duas mulheres, grávidas de esperança, convidam-nos a centrar a nossa atenção no menino que está para chegar e a acolhê-lo convenientemente: com o mesmo amor, com a mesma alegria, com a mesma gratidão, com o mesmo espanto que elas sentiram diante da visita de Jesus. Jesus é – dizem-nos elas – o centro da história da salvação, a realização plena das promessas de Deus, o “Senhor” da história que vestiu a nossa humanidade para nos trazer a paz.
Na segunda leitura, um “mestre” cristão do séc. I oferece-nos a chave de leitura para entendermos a vida de Jesus: desde que Ele “entrou” no mundo, dispôs-se a pôr a sua vida ao serviço do plano de Deus, numa obediência total e numa entrega absoluta à vontade do Pai. É assim que são chamados a viver todos aqueles que se dispõem a acolher Jesus e a segui-l’O.
Na primeira leitura o profeta Miqueias deixa aos habitantes de Judá um convite à esperança. Promete a esse povo humilhado, angustiado, com futuro incerto, que Deus lhe vai enviar um rei novo, humilde e bom, que inaugurará uma era de prosperidade, de justiça e de harmonia. Como pastor de Judá, ele deixar-se-á guiar pelas indicações de Deus; e será, para todos os que o esperam, “a paz”.
No Evangelho duas mulheres, grávidas de esperança, convidam-nos a centrar a nossa atenção no menino que está para chegar e a acolhê-lo convenientemente: com o mesmo amor, com a mesma alegria, com a mesma gratidão, com o mesmo espanto que elas sentiram diante da visita de Jesus. Jesus é – dizem-nos elas – o centro da história da salvação, a realização plena das promessas de Deus, o “Senhor” da história que vestiu a nossa humanidade para nos trazer a paz.
Na segunda leitura, um “mestre” cristão do séc. I oferece-nos a chave de leitura para entendermos a vida de Jesus: desde que Ele “entrou” no mundo, dispôs-se a pôr a sua vida ao serviço do plano de Deus, numa obediência total e numa entrega absoluta à vontade do Pai. É assim que são chamados a viver todos aqueles que se dispõem a acolher Jesus e a segui-l’O.
ANTÍFONA DE ENTRADA Is 45, 8
Desça o orvalho do alto dos céus e as nuvens chovam o Justo.
Abra-se a terra e germine o Salvador.
Não se diz o Glória.
ORAÇÃO DA COLETA
Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas,
para que nós que, pela anunciação do anjo,
conhecemos a encarnação de Cristo, vosso Filho,
pela sua paixão e morte na cruz
alcancemos a glória da ressurreição.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Miq 5, 1-4a
«De ti sairá Aquele que há de reinar sobre Israel»
Completando a profecia de Isaías sobre o «Emanuel» (Deus connosco), o profeta Miqueias, seu contemporâneo, anuncia o lugar do nascimento do Messias Salvador e descreve a Sua missão.
Será na cidade davídica de Belém, cujo sobrenome Efrata exprime a fecundidade messiânica, que dará à luz Aquela que será a Mãe do Salvador. Aí nascerá o Rei futuro, que será Pastor do Seu Povo. Com o Seu nascimento, não só trará a Paz, reunindo os filhos de Deus dispersos, como Ele mesmo será a Paz. O Seu nascimento, com efeito, significa a presença de Deus no mundo, o fim do afastamento de Deus com o pecado e a reunificação universal dos irmãos.
Leitura da Profecia de Miqueias
Eis o que diz o Senhor: «De ti, Belém-Efratá, pequena entre as cidades de Judá, de ti sairá aquele que há de reinar sobre Israel. As suas origens remontam aos tempos de outrora, aos dias mais antigos. Por isso Deus os abandonará até à altura em que der à luz aquela que há de ser mãe. Então voltará para os filhos de Israel o resto dos seus irmãos. Ele se levantará para apascentar o seu rebanho pelo poder do Senhor, pelo nome glorioso do Senhor, seu Deus. Viver-se-á em segurança, porque ele será exaltado até aos confins da terra. Ele será a paz».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 79 (80), 2ac.3b.15-16.18-19 (R.4)
Refrão: Senhor nosso Deus, fazei-nos voltar,
mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos. Repete-se
Ou:
Refrão: Mostrai-nos, Senhor, o vosso rosto e seremos salvos. Repete-se
Pastor de Israel, escutai,
Vós estais sobre os Querubins, aparecei.
Despertai o vosso poder
e vinde em nosso auxílio.
(Refrão)
Deus dos Exércitos, vinde de novo,
olhai dos céus e vede, visitai esta vinha;
protegei a cepa que a vossa mão direita plantou,
o rebento que fortalecestes para Vós.
(Refrão)
Estendei a mão sobre o homem que escolhestes,
sobre o filho do homem que para Vós criastes.
Nunca mais nos apartaremos de Vós,
fazei-nos viver e invocaremos o vosso nome.
(Refrão)
LEITURA II Hebr 10, 5-10
«Eu venho para fazer a vossa vontade»
A entrada de Jesus no mundo está orientada para o drama da Cruz e o triunfo da Páscoa. O mistério da Encarnação é inseparável do mistério da Redenção. O esplendor da Páscoa ilumina já a aurora do Natal.
O Filho de Deus, preexistente na natureza divina, desde o momento da Sua entrada no mundo pela Encarnação oferece-Se como vítima. E esta oblação divina e humana santifica e salva desde esse momento, virtualmente, unida à sua expressão prática na oblação da Cruz.
Ao assumir a nossa condição humana, para a salvar, aceita os desígnios de Deus sobre Ele e ensina-nos a viver a vida como realização quotidiana da Vontade de Deus, na santificação interior, pela obediência e o amor.
Leitura da Epístola aos Hebreus
Irmãos: Ao entrar no mundo, Cristo disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, mas formaste-Me um corpo. Não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado. Então Eu disse: ‘Eis-Me aqui; no livro sagrado está escrito a meu respeito: Eu venho, ó Deus, para fazer a tua vontade’». Primeiro disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado». E no entanto, eles são oferecidos segundo a Lei. Depois acrescenta: «Eis-Me aqui: Eu venho para fazer a tua vontade». Assim aboliu o primeiro culto para estabelecer o segundo. É em virtude dessa vontade que nós fomos santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita de uma vez para sempre.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Mt 1, 38
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eis a escrava do Senhor:
faça-se em mim segundo a vossa palavra. Refrão
EVANGELHO Lc 1, 39-45
«Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»
As intervenções de Deus na História da Salvação são, por vezes, designadas como «visitas» do Senhor ao Seu povo. A última intervenção de Deus, com a Encarnação, é também para S. Lucas uma «visita» do Senhor aos Seus (Lc. 1, 68; 7, 16), sendo a família do Precursor a primeira a participar dela e a beneficiar.
Maria aparece intimamente unida a esta «visita» do Senhor ao Seu povo. Ela é, na verdade, a morada de Deus entre os homens, a nova Arca da Aliança, perante a qual, João, ungido pelo Espírito que repousa sobre o Messias, exulta de alegria, à semelhança de David (2 S. 6, 2-16). Em Maria concretiza-se, de algum modo, o encontro de Deus com a humanidade. Ela inicia a era messiânica. É a mulher que assegura ao seu povo a vitória absoluta sobre o pecado e o mal (a saudação de Isabel lembra a que foi dirigida a Judite, após a vitória sobre os seus inimigos).
Esta união continuará no prolongamento da «visita» do Senhor a todos os homens, que é a vida da Igreja.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».
Palavra da salvação.
Diz-se o Credo.
ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Irmãos e irmãs: Nós, que aguardamos a vinda de Cristo, imploremos, para a Igreja e para o mundo, os dons que só o Pai lhes pode dar, dizendo (ou: cantando), humildemente:
R. Ouvi-nos, Senhor.
Ou: Cristo ouvi-nos, Cristo atendei-nos.
Ou: Senhor, venha a nós o vosso reino.
1. Pelos bispos, presbíteros e diáconos, para que guardem uma fidelidade irrepreensível e levem os fiéis a progredir na santidade, oremos.
2. Pelos que, pela dor e desilusão, já não esperam nada nem ninguém, para que acreditem nas promessas do Senhor, oremos.
3. Pelos que vivem na indiferença para com Deus e pelos que deixaram embriagar-se pela vida, para que o dia do Senhor os não surpreenda, oremos.
4. Pela humanidade, para que progrida na justiça, pelos que sofrem, para que Deus os alivie, e pelos que morrem, para que ressuscitem para a Vida, oremos.
5. Pelos membros da nossa assembleia, para que, no convívio de uns com os outros, o Senhor nos faça crescer na caridade, oremos.
(Outras intenções: grandes problemas mundiais; catecúmenos...). Senhor, nosso Deus, que nos prometeis a paz e a felicidade, guardai-nos vigilantes na oração e atentos aos sinais anunciadores da vinda do vosso Filho Jesus Cristo. Ele que vive e reina por todos os séculos dos séculos.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, os dons que trazemos ao vosso altar
e santificai-os com o mesmo Espírito
que, pelo poder da sua graça,
fecundou o seio da Virgem santa Maria.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio II ou II-A do Advento.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Is 7, 14
A Virgem conceberá e dará à luz um filho.
O seu nome será Emanuel, Deus-connosco.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Tendo recebido, neste sacramento, o penhor da redenção eterna,
nós Vos pedimos, Senhor:
quanto mais se aproxima a festa da nossa salvação,
tanto mais cresça em nós o fervor
para celebrarmos dignamente o mistério do Natal do vosso Filho.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene.
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