domingo, 23 de novembro de 2025

       DOMINGO I do ADVENTO      
  ANO A   -   30/12/2025:



Tema do 1º Domingo do Advento:


Iniciamos hoje a caminhada do advento. Ao longo dos próximos dias, passo a passo, iremos preparar o caminho para que Jesus possa vir ao nosso encontro e nós possamos reconhecê-l’O e acolhê-l’O quando Ele chegar. A Palavra de Deus que escutaremos nestes dias vai ajudar-nos a balizar esse caminho. A liturgia deste
primeiro domingo do Advento diz-nos: “vigiai”, “estai atentos”, “não vos deixeis adormecer”. Seria dramático se, por comodismo, por desleixo, por indiferença, por distração, perdêssemos a oportunidade de acolher Aquele que vem libertar o mundo e imprimir um dinamismo novo à história dos homens.
Na primeira leitura, o profeta Isaías partilha connosco o seu sonho da paz universal e da comunhão fraterna de todos os povos e nações. Trata-se de uma utopia ingénua e impossível? Trata-se de uma promessa de Deus; e as promessas de Deus não costumam cair em saco roto. Jesus, Aquele cujo nascimento celebraremos no final do advento, foi enviado por Deus ao nosso encontro para concretizar essa promessa.

Na segunda leitura, Paulo de Tarso avisa os cristãos de Roma – e os cristãos de todas as épocas e lugares – que o tempo está a passar e que se aproxima o dia da nossa libertação definitiva. Portanto, é altura de abandonarmos as “obras das trevas” e de nos revestirmos das “armas da luz”. O Senhor Jesus vai chegar; temos de estar preparados para o encontro com Ele.

Evangelho traz-nos parte de um discurso de Jesus pronunciado diante dos discípulos, no Monte das Oliveiras, poucos dias antes da Sua paixão e morte. A indicação que Jesus deixa é clara: “Vigiai, estai sempre preparados, não vos deixeis distrair por futilidades, vivei atentos aos desafios que Deus vos lança, não esqueçais a Boa nova que vos propus, olhai com amor e misericórdia os irmãos que caminham ao vosso lado, empenhai-vos a cada instante na construção de um mundo mais justo, mais humano e mais feliz”. Para os discípulos de Jesus, o desleixo, a preguiça, a indiferença, o conformismo, não são opção.
Para Vós, Senhor, elevo a minha alma. Meu Deus, em Vós confio.
Não seja confundido nem de mim escarneçam os inimigos.
Não serão confundidos os que esperam em Vós.


ANTÍFONA DE ENTRADA Cf. Sl 24, 1-3
Para Vós, Senhor, elevo a minha alma. Meu Deus, em Vós confio.
Não seja confundido nem de mim escarneçam os inimigos.
Não serão confundidos os que esperam em Vós.



Não se diz o Glória.



ORAÇÃO DA COLETA
Despertai, Senhor, nos vossos fiéis
a vontade firme de se prepararem, pela prática das boas obras,
para irem ao encontro de Cristo,
de modo que, chamados um dia à sua direita,
mereçam alcançar o reino dos céus.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.




LEITURA I Is 2, 1-5
O Senhor chama todos os povos à paz eterna do reino de Deus

Isaías é o profeta do Advento. Desde este primeiro dia, ele aponta para o monte elevado, no cimo do qual aparece o Templo do Senhor, lugar simbólico do encontro de Deus com o seu povo no reino de Deus, onde reina a paz perpétua. Anunciam-se, assim, desde já, a última vinda do Senhor e as próximas solenidades da manifestação do Filho de Deus no meio dos homens, para onde nos encaminhamos. Qualquer dessas vindas do Senhor há de congregar os homens na paz.


Leitura do Livro de Isaías
Visão de Isaías, filho de Amós, acerca de Judá e de Jerusalém: Sucederá, nos dias que hão de vir, que o monte do templo do Senhor se há de erguer no cimo das montanhas e se elevará no alto das colinas. Ali afluirão todas as nações e muitos povos acorrerão, dizendo: «Vinde, subamos ao monte do Senhor, ao templo do Deus de Jacob. Ele nos ensinará os seus caminhos e nós andaremos pelas suas veredas. De Sião há de vir a lei e de Jerusalém a palavra do Senhor». Ele será juiz no meio das nações e árbitro de povos sem número. Converterão as espadas em relhas de arado e as lanças em foices. Não levantará a espada nação contra nação, nem mais se hão de preparar para a guerra. Vinde, ó casa de Jacob, caminhemos à luz do Senhor.
Palavra do Senhor.




SALMO RESPONSORIAL Salmo 121 (122), 1-2.4-5.6-7.8-9 (R. cf. 1)
Refrão: Vamos com alegria para a casa do Senhor. Repete-se

Alegrei-me quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos
às tuas portas, Jerusalém. 
(Refrão)

Para lá sobem as tribos, as tribos do Senhor,
segundo o costume de Israel,
para celebrar o nome do Senhor;
ali estão os tribunais da justiça,
os tribunais da casa de David.
(Refrão)

Pedi a paz para Jerusalém:
«Vivam seguros quantos te amam.
Haja paz dentro dos teus muros,
tranquilidade em teus palácios».
(Refrão)

Por amor de meus irmãos e amigos,
pedirei a paz para ti.
Por amor da casa do Senhor,
pedirei para ti todos os bens.
(Refrão)




LEITURA II Rm 13, 11-14
Está perto a salvação

É preciso conservar sempre a consciência de que o Senhor vem, de que a sua vinda está agora mais perto ainda do que no momento em que, pelo batismo, entramos na comunidade do povo de Deus. Cada ano nos leva mais ao encontro do Senhor que vem. Foram as palavras da segunda parte desta leitura que decidiram S. Agostinho a dar o passo decisivo da sua conversão (Confiss. 8,12).


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Vós sabeis em que tempo estamos: Chegou a hora de nos levantarmos do sono, porque a salvação está agora mais perto de nós do que quando abraçámos a fé. A noite vai adiantada e o dia está próximo. Abandonemos as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, evitando comezainas e excessos de bebida, as devassidões e libertinagens, as discórdias e ciúmes; não vos preocupeis com a natureza carnal para satisfazer os seus apetites, mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo.
Palavra do Senhor.




ALELUIA Salmo 84, 8
Refrão: Aleluia. Repete-se
Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia
e dai-nos a vossa salvação. Refrão




EVANGELHO Mt 24, 37-44
Vigiai, para que estejais preparados

Com o Advento, começa a organização do ciclo anual das leituras e, de maneira geral, de toda a liturgia. O evangelista donde são tiradas, ao domingo, as leituras, ao longo deste ano, não havendo razões especiais em contrário, é S. Mateus. Sublinha ele de modo muito especial, que Jesus é o Messias, Aquele que realiza em Si tudo o que estava predito a seu respeito no Antigo Testamento. Assim, ele nos aponta hoje aquela atitude fundamental do cristão, sobretudo no Advento, que tanto faltou a muitos dos homens de antes de Cristo: a vigilância, própria de quem está à espera para dar acolhimento.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Como aconteceu nos dias de Noé, assim sucederá na vinda do Filho do homem. Nos dias que precederam o dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca; e não deram por nada, até que veio o dilúvio, que a todos levou. Assim será também na vinda do Filho do homem. Então, de dois que estiverem no campo, um será tomado e outro deixado; de duas mulheres que estiverem a moer com a mó, uma será tomada e outra deixada. Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a sua casa. Por isso, estai vós também preparados, porque na hora em que menos pensais, virá o Filho do homem.
Palavra da salvação.


Diz-se o Credo.




ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Irmãos e irmãs: Peçamos ao Pai, que está nos céus, que as próximas solenidades do Natal tragam luz e esperança ao coração de cada ser humano, dizendo (ou: cantando), com toda a confiança: 

R. Ouvi-nos, Senhor. 
Ou: Cristo, ouvi-nos. Cristo, atendei-nos. 
Ou: Senhor, venha a nós o vosso reino. 

1. Pelos pastores e fiéis da santa Igreja, para que vivendo dignamente, como em pleno dia, sejam sinal da vinda próxima do Senhor, oremos. 

2. Pelas nações do mundo inteiro e seus governos, para que, abandonando os caminhos da guerra, convertam as armas em instrumentos de paz, oremos. 

3. Por todas as Igrejas e comunidades cristãs, para que se revistam dos sentimentos de Jesus e apressem a reconciliação tão desejada, oremos. 

4. Pelas crianças e jovens dos grupos de catequese, para que em Cristo, Filho de Deus e de Maria, descubram Aquele que dá sentido às suas vidas, oremos. 

5. Pelos que, nesta comunidade (paroquial) ou em qualquer outra, estão de vela junto aos doentes e aos moribundos, para que o Senhor seja a sua recompensa, oremos. 

(Outras intenções: grandes problemas mundiais; catecúmenos ...). Senhor, nosso Deus, não nos deixeis andar sonolentos, no meio das injustiças deste mundo, mas dirigi o nosso coração e o nosso olhar para Aquele que nos vem trazer a paz. Por Cristo Senhor nosso.




ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, estes dons
que recebemos da vossa bondade
e fazei que os sagrados mistérios
que celebramos no tempo presente
sejam para nós penhor de redenção eterna.
Por Cristo nosso Senhor.


Prefácio I ou I-A do Advento.




ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sl 84, 13
O Senhor nos dará todos os bens
e a nossa terra produzirá o seu fruto.




ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei frutificar em nós, Senhor,
os mistérios que celebramos,
pelos quais, durante a nossa vida na terra,
nos ensinais a amar os bens do céu
e a viver para os valores eternos.
Por Cristo nosso Senhor.

Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene.

 








domingo, 16 de novembro de 2025

 

    Domingo XXXIV do Tempo Comum    
   Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo - Rei do Universo   
 ANO C  -  23/11/2025:


Tema do  34º Domingo do Tempo Comum:



A
“Festa de Cristo Rei” foi instituída pelo Papa Pio XI, a 11 de dezembro de 1925, através da Carta Encíclica “Quas Primas”. Ao instituir esta festa, Pio XI quis propor ao mundo – saído há pouco da tragédia da I Guerra Mundial e mergulhado ainda em contradições que pareciam insanáveis – o regresso a Cristo, o reconhecimento da soberania de Cristo sobre a História e sobre a vida dos homens, o reencontro da humanidade com os valores cristãos e com a paz que só Cristo pode dar. Celebrada inicialmente no último domingo de outubro, esta festa acabou mais tarde por fixar-se no último domingo do ano litúrgico.

primeira leitura recorda-nos o momento em que David foi ungido como rei de todo o Israel. Com David iniciou-se uma época de felicidade e de abundância que ficou na memória de todo o Povo de Deus. O reinado de David tornou-se símbolo e anúncio de um tempo novo, de uma era de justiça, de bem-aventurança e de paz sem fim. O Povo de Deus vivia dessa esperança e aguardava ansiosamente a sua concretização.

Evangelho mostra a peculiar resposta de Deus à expetativa de Israel. Jesus é o “ungido de Deus”, o Messias-Rei enviado pelo Pai para inaugurar o reinado de Deus. Contudo, a realeza de Jesus soa estranha e paradoxal aos olhos do mundo: as armas que esse rei leva consigo são o amor e a misericórdia; a autoridade que esse rei reivindica é a do serviço simples e humilde; o trono que este rei ocupa é uma cruz onde Ele derrama o seu sangue em benefício de todos; os soldados que rodeiam esse rei são gente desarmada, que Ele irá enviar pelo mundo a anunciar o amor e a paz; os súbditos desse rei são todos aqueles que aceitam colocar as suas vidas ao serviço de Deus e dos irmãos. Decididamente, a realeza de Deus não funciona segundo a lógica dos grandes da terra.

Na segunda leitura, Paulo apresenta-nos um hino que celebra a grandeza universal de Cristo, aquele que tem soberania sobre toda a criação e que é a cabeça da Igreja. O hino exorta os crentes a fazerem de Cristo a sua referência e a viverem em comunhão com Ele. Por Cristo passa, indubitavelmente, o caminho que conduz à vida eterna.



ANTÍFONA DE ENTRADA Ap 5, 12; 1, 6
O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder e a riqueza,
a sabedoria, a honra e o louvor.
Glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.




Diz-se o Glória.




ORAÇÃO DA COLETA
Deus todo-poderoso e eterno,
que no vosso amado Filho, Rei do universo,
quisestes instaurar todas as coisas,
concedei propício
que todas as criaturas, libertas da escravidão,
sirvam a vossa majestade e Vos glorifiquem eternamente.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.





LEITURA I 2Sm 5, 1-3
«Ungiram David como rei de Israel»

O rei David, antepassado de Jesus, é uma figura de Cristo, Pastor e Rei. A leitura refere-se à unção de David como rei de Israel. David fez a união de todas as tribos do povo do Antigo Testamento, e recebeu a promessa de que da sua descendência nasceria o Messias, o enviado de Deus. De facto, Jesus, descendente de David, é o verdadeiro Ungido de Deus, como indica o nome de “Cristo”, e é Ele o verdadeiro unificador e pastor, não só das tribos de Israel, mas de todos os homens, por quem Ele deu o Sangue na Cruz, “para trazer à unidade os filhos de Deus que andavam dispersos”. (Jo 11, 5-2).


Leitura do Segundo Livro de Samuel
Naqueles dias, todas as tribos de Israel foram ter com David a Hebron e disseram-lhe: «Nós somos dos teus ossos e da tua carne. Já antes, quando Saul era o nosso rei, eras tu quem dirigia as entradas e saídas de Israel. E o Senhor disse-te: ‘Tu apascentarás o meu povo de Israel, tu serás rei de Israel’». Todos os anciãos de Israel foram à presença do rei, a Hebron. O rei David concluiu com eles uma aliança diante do Senhor e eles ungiram David como rei de Israel.
Palavra do Senhor.





SALMO RESPONSORIAL Salmo 121 (122), 1-2.4-5 (R. cf. 1)
Refrão: Vamos com alegria para a casa do Senhor. Repete-se

Alegrei-me quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos
às tuas portas, Jerusalém. 
(Refrão)

Jerusalém, cidade bem edificada,
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor.
(Refrão)

Para celebrar o nome do Senhor,
segundo o costume de Israel;
ali estão os tribunais da justiça,
os tribunais da casa de David.
(Refrão)




LEITURA II Col 1, 12-20
«Transferiu-nos para o reino do seu Filho muito amado»

Esta leitura é um verdadeiro hino, possivelmente um cântico da Igreja primitiva, incluído por S. Paulo nesta carta, em honra de Jesus Cristo, conforme a fé com que o povo de Deus sempre O soube contemplar: o “Primogénito de toda a criatura” e o “Primogénito de entre os mortos”, “Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo”, vértice e plenitude de todo o Universo.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
Irmãos: Damos graças a Deus Pai, que nos fez dignos de tomar parte na herança dos santos, na luz divina. Ele nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, o perdão dos pecados. Cristo é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda a criatura; Porque n’Ele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, visíveis e invisíveis, Tronos e Dominações, Principados e Potestades: por Ele e para Ele tudo foi criado. Ele é anterior a todas as coisas e n’Ele tudo subsiste. Ele é a cabeça da Igreja, que é o seu corpo. Ele é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos; em tudo Ele tem o primeiro lugar. Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude e por Ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo sangue da sua cruz, com todas as criaturas na terra e nos céus.
Palavra do Senhor.





ALELUIA Mc 11, 9.10
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendito O que vem em nome do Senhor!
Bendito o reino do nosso pai David! Refrão




EVANGELHO Lc 23, 35-43
«Lembra-Te de mim, Senhor, quando vieres com a tua realeza»

A fé na realeza de Jesus é a que nós confessamos quando chamamos a Jesus Cristo, nosso “Senhor”. Esta “Senhoria” ou realeza de Jesus, reconheceu-a o bom ladrão no meio dos sofrimentos da Cruz, revelou-se claramente na glória da Ressurreição, e esperamo-la nós quando ela se manifestar a todos os homens na última vinda do Senhor, que este Domingo simbolicamente antecipa para alimento da nossa fé e da nossa esperança.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, os chefes dos judeus zombavam de Jesus, dizendo: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos judeus». Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más ações. Mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de Mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».
Palavra da salvação.



Diz-se o Credo.




ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Irmãos e irmãs: Unidos a todos os cristãos do Oriente e do Ocidente, voltemo-nos para Deus com humildade e peçamos pela Igreja e pelo mundo, dizendo (ou: cantando): 

R. Senhor, venha a nós o vosso reino. 
Ou: Ouvi-nos, Senhor. 
Ou: Ouvi, Senhor, a nossa oração. 

1. Pela santa Igreja e pelos seus pastores, pelos cristãos de todos os continentes e nações e pelos Judeus, Muçulmanos e descrentes, oremos. 

2. Por todos os homens pelos quais Cristo morreu, por aqueles que O insultam e desprezam e por todos os que na cruz chamam por Ele, oremos. 

3. Pelos que detêm autoridade neste mundo, pelos homens que estão em guerra e passam fome e pelas vítimas do ódio e da violência, oremos. 

4. Por aqueles que vivem longe de Deus e pelos que abrem o coração à voz de Cristo, que lhes promete o perdão e o Paraíso, oremos. 

5. Por nós mesmos e pelas nossas famílias, pelos que servem a Cristo nos mais pobres e pelos que já partiram para o Reino, oremos. 

(Outras intenções: grandes problemas mundiais; acontecimentos nacionais importantes; factos relevantes da vida paroquial...). 
Deus, amigo dos homens, que, em Jesus, nos dais a conhecer o nosso Rei, fazei-nos escolher, como Ele, o amor como força invencível e o serviço como única grandeza. Por Cristo Senhor nosso.





ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Aceitai, Senhor, este sacrifício da reconciliação humana
e, pelos méritos de Cristo vosso Filho,
concedei a todos os povos o dom da unidade e da paz.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.




Prefácio Cristo Rei do universo
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.


Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte:
Com o óleo da alegria consagrastes Sacerdote eterno e Rei do universo
o vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo,
para que, oferecendo-Se no altar da cruz, como vítima de paz,
consumasse o mistério da redenção humana
e, submetendo ao seu poder todas as criaturas,
oferecesse à vossa infinita majestade um reino eterno e universal:
reino de verdade e de vida,
reino de santidade e de graça,
reino de justiça, de amor e de paz.
Por isso, com os anjos e os arcanjos,
os tronos e as dominações e todos os coros celestes,
proclamamos a vossa glória, dizendo (cantando) numa só voz:
Santo, Santo, Santo.





ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sl 28, 10-11
O Senhor está sentado como Rei eterno; O Senhor abençoará o seu povo na paz.




ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão da imortalidade,
fazei que, obedecendo com santa alegria
aos mandamentos de Cristo, Rei do universo,
mereçamos viver para sempre com Ele no reino celeste.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

domingo, 9 de novembro de 2025


     Domingo XXXIII do Tempo Comum     
 -   ANO - C   -   16/11/2025:



Tema do 33.º Domingo do Tempo Comum:



Quase no final do ano litúrgico, a Palavra de Deus convida-nos a lançar um olhar sobre a história dos homens e sobre aquilo que nos espera quando o nosso caminho na terra terminar. Garante-nos que caminhamos ao encontro de Deus, da vida verdadeira. A história dos homens não é uma história de perdição, mas sim uma história de salvação. É tendo diante dos olhos esse horizonte que enfrentamos a vida de todos os dias e derrotamos as dificuldades que o caminho apresenta.

Na primeira leitura, um “enviado de Deus” anuncia a uma comunidade desanimada que, ao contrário do que dizem alguns céticos, Javé não abandonou o seu Povo nem deixou o mal assumir as rédeas da história dos homens. No tempo oportuno Deus vai atuar, vai limpar o mundo, vai derrotar as forças da opressão e da morte que privam os homens de vida. Das cinzas do mundo velho Deus vai fazer nascer um mundo novo, iluminado pela luz da salvação.

No Evangelho Jesus conversa com os seus discípulos sobre o sentido da história humana. Garante-lhes que a história dos homens não terminará num fracasso: no final do caminho estará Deus para oferecer aos seus queridos filhos a salvação, a vida definitiva. Essa certeza deve proporcionar-nos a força de que necessitamos para enfrentar as crises, os abalos, as convulsões da história, até mesmo as condenações e perseguições que se apresentarão em cada curva do caminho.

Na segunda leitura o apóstolo Paulo pede aos cristãos de Tessalónica – e aos cristãos de todas as épocas e lugares – que não se instalem na mediocridade, na apatia, na ociosidade, mas sejam protagonistas da história, gente comprometida com a construção do Reino de Deus. Viver de olhos postos em Deus não significa colocar-se à margem da construção do mundo.



ANTÍFONA DE ENTRADA Jr 29, 11-12.14
Os meus pensamentos são de paz e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos de todos os lugares da terra.




ORAÇÃO DA COLETA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.




LEITURA I Ml 3, 19-20a
«Para vós nascerá o sol de justiça»

O profeta anuncia o “Dia do Senhor”, expressão que na Bíblia significa uma intervenção especial de Deus, por vezes de castigo, mas sempre em ordem à salvação. Nesta leitura, o Dia do Senhor apresenta-se como dia de castigo, “ardente como uma fornalha”, para os ímpios; mas para os justos, para os que temem o nome do Senhor, esse dia verá brilhar o “Sol da Justiça”, que traz “a salvação nos seus raios”. O “Sol da Justiça” é finalmente Jesus Cristo.


Leitura da Profecia de Malaquias
Há-de vir o dia do Senhor, ardente como uma fornalha; e serão como a palha todos os soberbos e malfeitores. O dia que há de vir os abrasará – diz o Senhor do Universo – e não lhes deixará raiz nem ramos. Mas para vós que temeis o meu nome, nascerá o sol de justiça, trazendo nos seus raios a salvação.
Palavra do Senhor.




SALMO RESPONSORIAL Salmo 97 (98), 5-9 (R. cf. 9)
Refrão: O Senhor virá governar com justiça. Repete-se

Ou: 

Refrão: O Senhor julgará o mundo com justiça. Repete-se.

Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei. 
(Refrão)

Ressoe o mar e tudo o que ele encerra,
a terra inteira e tudo o que nela habita;
aplaudam os rios
e as montanhas exultem de alegria.
(Refrão)

Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra;
julgará o mundo com justiça
e os povos com equidade.
(Refrão)




LEITURA II 2 Tes 3, 7-12
«Quem não quer trabalhar, também não deve comer»

A consciência que os cristãos têm do fim dos tempos e da vida futura em nada os deve afastar de olharem para esta vida com interesse, entregando-se ao trabalho de cada dia, porque continua a ser verdade que cada um há de comer o pão com o suor do seu rosto. Os Tessalonicenses, julgando próxima a vinda do Senhor, não estavam a entender isto muito bem.


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo
aos Tessalonicenses
Irmãos: Vós sabeis como deveis imitar-nos, pois não vivemos entre vós na ociosidade, nem comemos de graça o pão de ninguém. Trabalhámos dia e noite, com esforço e fadiga, para não sermos pesados a nenhum de vós. Não é que não tivéssemos esse direito, mas quisemos ser para vós exemplo a imitar. Quando ainda estávamos convosco, já vos dávamos esta ordem: quem não quer trabalhar, também não deve comer. Ouvimos dizer que alguns de vós vivem na ociosidade, sem fazerem trabalho algum, mas ocupados em futilidades. A esses ordenamos e recomendamos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que trabalhem tranquilamente, para ganharem o pão que comem.
Palavra do Senhor.




ALELUIA Lc 21, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se
Erguei-vos e levantai a cabeça,
porque a vossa libertação está próxima. Refrão




EVANGELHO Lc 21, 5-19
«Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas»

Jesus anuncia a ruína de Jerusalém, e previne os seus discípulos contra os falsos profetas, os falsos rebates com que muitos os pretendiam arrastar. Anuncia-lhes que eles terão certamente muito a sofrer, mas promete-lhes a sua assistência até ao fim e será no fim que se encontrará a plenitude da salvação.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, comentavam alguns que o templo estava ornado com belas pedras e piedosas ofertas. Jesus disse-lhes: «Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído». Eles perguntaram-Lhe: «Mestre, quando sucederá isto? Que sinal haverá de que está para acontecer?». Jesus respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: ‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim». Disse-lhes ainda: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá fenómenos espantosos e grandes sinais no céu. Mas antes de tudo isto, deitar-vos-ão as mãos e hão de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Assim tereis ocasião de dar testemunho. Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa. Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer. Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós e todos vos odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas».
Palavra da salvação.




ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Irmãs e irmãos: Voltemos o nosso olhar para o Senhor e, como já recebemos em herança a fé no mundo que há-de vir, peçamos-Lhe (ou: cantemos-Lhe), confiadamente: 

R. Concedei-nos, Senhor, a vossa graça. 
Ou: Pela vossa misericórdia, ouvi-nos, Senhor. 
Ou: Ouvi, Senhor, a nossa súplica. 

1. Pelos pastores e fiéis da santa Igreja, perseguidos por causa do nome de Jesus, para que o Espírito lhes dê palavras de sabedoria, oremos. 

2. Pelos que sofrem a injustiça de outros homens e pelas vítimas de flagelos naturais, para que Deus os ampare na provação, oremos. 

3. Pelos que trabalham dia e noite com esforço e por todos os que estão desempregados, para que a ninguém falte o pão de cada dia, oremos. 

4. Pelos homens angustiados pelo futuro ou tentados pelos muitos messianismos, para que Jesus Se lhes revele e lhes dê paz, oremos. 

5. Por todos os cristãos desta Paróquia e pelos que se reúnem cada domingo em assembleia, para que o Espírito lhes renove os corações, oremos. 

(Outras intenções: Seminários; educadores da fé; fiéis defuntos ...). 
Senhor,Pai Santo, concedei a todos os homens e mulheres a graça de saberem que são vossos filhos e de construírem na terra as suas vidas, na esperança de Vos conteplar no Céu. Por Cristo Senhor nosso.




ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Cristo nosso Senhor.




ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sl 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.

Ou: Cf. Mc 11, 23.24

Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.




ORAÇÃO DEPOIS COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Cristo nosso Senhor.