domingo, 16 de novembro de 2025

 

    Domingo XXXIV do Tempo Comum    
   Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo - Rei do Universo   
 ANO C  -  23/11/2025:


Tema do  34º Domingo do Tempo Comum:



A
“Festa de Cristo Rei” foi instituída pelo Papa Pio XI, a 11 de dezembro de 1925, através da Carta Encíclica “Quas Primas”. Ao instituir esta festa, Pio XI quis propor ao mundo – saído há pouco da tragédia da I Guerra Mundial e mergulhado ainda em contradições que pareciam insanáveis – o regresso a Cristo, o reconhecimento da soberania de Cristo sobre a História e sobre a vida dos homens, o reencontro da humanidade com os valores cristãos e com a paz que só Cristo pode dar. Celebrada inicialmente no último domingo de outubro, esta festa acabou mais tarde por fixar-se no último domingo do ano litúrgico.

primeira leitura recorda-nos o momento em que David foi ungido como rei de todo o Israel. Com David iniciou-se uma época de felicidade e de abundância que ficou na memória de todo o Povo de Deus. O reinado de David tornou-se símbolo e anúncio de um tempo novo, de uma era de justiça, de bem-aventurança e de paz sem fim. O Povo de Deus vivia dessa esperança e aguardava ansiosamente a sua concretização.

Evangelho mostra a peculiar resposta de Deus à expetativa de Israel. Jesus é o “ungido de Deus”, o Messias-Rei enviado pelo Pai para inaugurar o reinado de Deus. Contudo, a realeza de Jesus soa estranha e paradoxal aos olhos do mundo: as armas que esse rei leva consigo são o amor e a misericórdia; a autoridade que esse rei reivindica é a do serviço simples e humilde; o trono que este rei ocupa é uma cruz onde Ele derrama o seu sangue em benefício de todos; os soldados que rodeiam esse rei são gente desarmada, que Ele irá enviar pelo mundo a anunciar o amor e a paz; os súbditos desse rei são todos aqueles que aceitam colocar as suas vidas ao serviço de Deus e dos irmãos. Decididamente, a realeza de Deus não funciona segundo a lógica dos grandes da terra.

Na segunda leitura, Paulo apresenta-nos um hino que celebra a grandeza universal de Cristo, aquele que tem soberania sobre toda a criação e que é a cabeça da Igreja. O hino exorta os crentes a fazerem de Cristo a sua referência e a viverem em comunhão com Ele. Por Cristo passa, indubitavelmente, o caminho que conduz à vida eterna.



ANTÍFONA DE ENTRADA Ap 5, 12; 1, 6
O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder e a riqueza,
a sabedoria, a honra e o louvor.
Glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.




Diz-se o Glória.




ORAÇÃO DA COLETA
Deus todo-poderoso e eterno,
que no vosso amado Filho, Rei do universo,
quisestes instaurar todas as coisas,
concedei propício
que todas as criaturas, libertas da escravidão,
sirvam a vossa majestade e Vos glorifiquem eternamente.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.





LEITURA I 2Sm 5, 1-3
«Ungiram David como rei de Israel»

O rei David, antepassado de Jesus, é uma figura de Cristo, Pastor e Rei. A leitura refere-se à unção de David como rei de Israel. David fez a união de todas as tribos do povo do Antigo Testamento, e recebeu a promessa de que da sua descendência nasceria o Messias, o enviado de Deus. De facto, Jesus, descendente de David, é o verdadeiro Ungido de Deus, como indica o nome de “Cristo”, e é Ele o verdadeiro unificador e pastor, não só das tribos de Israel, mas de todos os homens, por quem Ele deu o Sangue na Cruz, “para trazer à unidade os filhos de Deus que andavam dispersos”. (Jo 11, 5-2).


Leitura do Segundo Livro de Samuel
Naqueles dias, todas as tribos de Israel foram ter com David a Hebron e disseram-lhe: «Nós somos dos teus ossos e da tua carne. Já antes, quando Saul era o nosso rei, eras tu quem dirigia as entradas e saídas de Israel. E o Senhor disse-te: ‘Tu apascentarás o meu povo de Israel, tu serás rei de Israel’». Todos os anciãos de Israel foram à presença do rei, a Hebron. O rei David concluiu com eles uma aliança diante do Senhor e eles ungiram David como rei de Israel.
Palavra do Senhor.





SALMO RESPONSORIAL Salmo 121 (122), 1-2.4-5 (R. cf. 1)
Refrão: Vamos com alegria para a casa do Senhor. Repete-se

Alegrei-me quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos
às tuas portas, Jerusalém. 
(Refrão)

Jerusalém, cidade bem edificada,
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor.
(Refrão)

Para celebrar o nome do Senhor,
segundo o costume de Israel;
ali estão os tribunais da justiça,
os tribunais da casa de David.
(Refrão)




LEITURA II Col 1, 12-20
«Transferiu-nos para o reino do seu Filho muito amado»

Esta leitura é um verdadeiro hino, possivelmente um cântico da Igreja primitiva, incluído por S. Paulo nesta carta, em honra de Jesus Cristo, conforme a fé com que o povo de Deus sempre O soube contemplar: o “Primogénito de toda a criatura” e o “Primogénito de entre os mortos”, “Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo”, vértice e plenitude de todo o Universo.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
Irmãos: Damos graças a Deus Pai, que nos fez dignos de tomar parte na herança dos santos, na luz divina. Ele nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, o perdão dos pecados. Cristo é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda a criatura; Porque n’Ele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, visíveis e invisíveis, Tronos e Dominações, Principados e Potestades: por Ele e para Ele tudo foi criado. Ele é anterior a todas as coisas e n’Ele tudo subsiste. Ele é a cabeça da Igreja, que é o seu corpo. Ele é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos; em tudo Ele tem o primeiro lugar. Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude e por Ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo sangue da sua cruz, com todas as criaturas na terra e nos céus.
Palavra do Senhor.





ALELUIA Mc 11, 9.10
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendito O que vem em nome do Senhor!
Bendito o reino do nosso pai David! Refrão




EVANGELHO Lc 23, 35-43
«Lembra-Te de mim, Senhor, quando vieres com a tua realeza»

A fé na realeza de Jesus é a que nós confessamos quando chamamos a Jesus Cristo, nosso “Senhor”. Esta “Senhoria” ou realeza de Jesus, reconheceu-a o bom ladrão no meio dos sofrimentos da Cruz, revelou-se claramente na glória da Ressurreição, e esperamo-la nós quando ela se manifestar a todos os homens na última vinda do Senhor, que este Domingo simbolicamente antecipa para alimento da nossa fé e da nossa esperança.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, os chefes dos judeus zombavam de Jesus, dizendo: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos judeus». Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más ações. Mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de Mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».
Palavra da salvação.



Diz-se o Credo.




ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Irmãos e irmãs: Unidos a todos os cristãos do Oriente e do Ocidente, voltemo-nos para Deus com humildade e peçamos pela Igreja e pelo mundo, dizendo (ou: cantando): 

R. Senhor, venha a nós o vosso reino. 
Ou: Ouvi-nos, Senhor. 
Ou: Ouvi, Senhor, a nossa oração. 

1. Pela santa Igreja e pelos seus pastores, pelos cristãos de todos os continentes e nações e pelos Judeus, Muçulmanos e descrentes, oremos. 

2. Por todos os homens pelos quais Cristo morreu, por aqueles que O insultam e desprezam e por todos os que na cruz chamam por Ele, oremos. 

3. Pelos que detêm autoridade neste mundo, pelos homens que estão em guerra e passam fome e pelas vítimas do ódio e da violência, oremos. 

4. Por aqueles que vivem longe de Deus e pelos que abrem o coração à voz de Cristo, que lhes promete o perdão e o Paraíso, oremos. 

5. Por nós mesmos e pelas nossas famílias, pelos que servem a Cristo nos mais pobres e pelos que já partiram para o Reino, oremos. 

(Outras intenções: grandes problemas mundiais; acontecimentos nacionais importantes; factos relevantes da vida paroquial...). 
Deus, amigo dos homens, que, em Jesus, nos dais a conhecer o nosso Rei, fazei-nos escolher, como Ele, o amor como força invencível e o serviço como única grandeza. Por Cristo Senhor nosso.





ORAÇÃO UNIVERSAL (DOS FIÉIS)
Aceitai, Senhor, este sacrifício da reconciliação humana
e, pelos méritos de Cristo vosso Filho,
concedei a todos os povos o dom da unidade e da paz.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.




Prefácio Cristo Rei do universo
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.


Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte:
Com o óleo da alegria consagrastes Sacerdote eterno e Rei do universo
o vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo,
para que, oferecendo-Se no altar da cruz, como vítima de paz,
consumasse o mistério da redenção humana
e, submetendo ao seu poder todas as criaturas,
oferecesse à vossa infinita majestade um reino eterno e universal:
reino de verdade e de vida,
reino de santidade e de graça,
reino de justiça, de amor e de paz.
Por isso, com os anjos e os arcanjos,
os tronos e as dominações e todos os coros celestes,
proclamamos a vossa glória, dizendo (cantando) numa só voz:
Santo, Santo, Santo.





ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sl 28, 10-11
O Senhor está sentado como Rei eterno; O Senhor abençoará o seu povo na paz.




ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão da imortalidade,
fazei que, obedecendo com santa alegria
aos mandamentos de Cristo, Rei do universo,
mereçamos viver para sempre com Ele no reino celeste.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

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